Open Health: o que a Estônia pode ensinar ao Brasil sobre dados, confiança e menos burocracia
Você confiaria seus dados médicos a um sistema digital único, acessível em qualquer lugar, sem ter que repetir tudo a cada consulta? Na Estônia, isso já é rotina. No Brasil, ainda parece obra de ficção científica — mas talvez não por muito tempo.
O nosso estudo sobre Open Health, parte da série Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035, mostra que essa iniciativa pode ser o ponto de virada para modernizar todo o sistema de saúde – público e suplementar – a partir de medidas eficientes, cortes de desperdícios, agilidade de autorizações e envolver o paciente no controle da sua jornada de cuidado – e isso implica em mais responsabilidades.
Para entender o potencial dessa transformação, basta olhar para quem já faz bem feito: a Estônia é referência mundial em governo digital e integração de dados de saúde. Com blockchain desde 2012, o país garante rastreabilidade de cada acesso ao prontuário eletrônico. Tudo é transparente: o cidadão sabe quem consultou suas informações, quando e com qual finalidade.
Além disso, a experiência estoniana prova que abrir dados de forma segura não significa expor informações sensíveis, mas sim aumentar a confiança na gestão pública. Lá, governo, profissionais de saúde e cidadãos enxergam a interoperabilidade como um direito básico, não uma ameaça.
No Brasil, alguns passos já foram dados: ConecteSUS, RNDS, estratégias de saúde digital até 2028 e pilotos com blockchain em Minas Gerais mostram que temos base para evoluir. Um ponto central que o Open Health viabiliza é permitir que a pessoa carregue, de forma detalhada e segura, seu histórico de saúde para onde for — seja atendida na rede pública ou na privada, sem ficar refém de prontuários perdidos ou informações fragmentadas.
Mas esse futuro só será possível quando de fato enfrentarmos e superarmos um gargalo da digitalização da saúde: a interoperabilidade. Hoje, sistemas diferentes não conversam entre si como deveriam — e isso mantém a experiência do paciente fragmentada, cara e ineficiente.
E não se trata de copiar modelos prontos. É sobre criar um Open Health com identidade brasileira, respeitando nossa legislação, diversidade regional e os princípios de solidariedade que sustentam o setor.
Adiar essa discussão custa caro: exames duplicados, autorizações lentas, diagnósticos imprecisos. Um Open Health bem estruturado é investimento em um sistema mais humano, ágil e sustentável.
Quer entender como isso pode funcionar? Leia o estudo, participe do debate, pressione por avanços. O futuro da saúde suplementar precisa ser construído agora.
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