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Junho 2022
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No dia 22 de junho, o IESS irá promover um seminário, em sistema híbrido, com o tema “Obesidade no Brasil: Impactos sociais e econômicos e como vencer essa pandemia”. O evento gratuito, com apoio da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), contará com palestras de especialistas e apresentação de dois estudos inéditos encomendados pelo Instituto.

A obesidade é uma condição que atinge grande parte da população mundial. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo possuem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior que 30 (650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças). Ela também estima, que nos próximos 3 anos, 167 milhões de pessoas – adultos e crianças – ficarão menos saudáveis em decorrência do sobrepeso e obesidade.

Dentro deste contexto, além de dados e informações, o objetivo é debater o tema e apresentar propostas para o enfrentamento desse problema de saúde pública, que afeta milhares de adultos e crianças.

Para assistir as palestras de maneira presencial, é necessário realizar a sua inscrição, de forma gratuita, neste link. Mas atenção, pois as vagas são limitadas.

O evento acontecerá no auditório da Abramge, na Rua Treze de Maio, 1540 - Bela Vista, São Paulo – SP, mas também será transmitido nas redes sociais do IESS.

 

PROGRAMAÇÃO

  • 8h30 -Credenciamento e Welcome Coffee

  • 9hAbertura e Contextualização | José Cechin, superintendente executivo do IESS

  • 9h10 -Recorte obesidade de estudo analítico na saúde suplementar | José Cechin

  • 9h20 Estudo de dimensionamento de impactos econômicos da obesidade na Saúde Suplementar | Drª. Ana Luisa Gomes, especialista em Saúde - Epidemiologista

  • 9h35 -Estudo “The economic burden of overweight and obesity in Brazil: perspectives for the Brazilian Unified Health System” | Dr. Fernando Adami, FMABC

  • 9h50Comentários sobre os estudos e perspectivas sobre incidência de obesidade no Brasil | Prof. Dr. Gonzalo Vecina, FSP-USP

  • 10h05 Cuidados alimentares para gestantes e crianças: como prevenir a obesidade futura | Dra. Ludmilla Rachid, endocrinologista pediátrica HC-FMUSP

  • 10h20A visão da saúde suplementar: sustentabilidade assistencial, social, econômica e financeira para combater a obesidade no País | Dr. Cassio Ide Alves, superintendente médico da Abramge 

  • 10h35Comentários e abertura dos debates, José Cechin

  • 10h55Debates (com interação online)

  • 12h Encerramento

 

Fonte: Dia Mundial da Obesidade 2022: acelerar ação para acabar com a obesidade

Maio 2022
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O problema da obesidade não é apenas uma realidade que afeta só o Brasil, a condição está presente em muitos países pelo mundo afora. Um relatório recente elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – intitulado WHO European Regional Obesity Report 2022 – revela que na região europeia, o sobrepeso e a obesidade afetam quase 60% dos adultos e quase uma em cada três crianças (29% meninos e 27% meninas). O estudo tem como objetivo examinar o crescente desafio e impacto da obesidade na Europa, com base em publicações anteriores e alinhado com iniciativas de combate ao câncer.

Dados recentes sugerem que o sobrepeso e a obesidade são o quarto fator de risco mais comum para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) na região, depois da hipertensão arterial, riscos alimentares e tabaco. A doença é também o principal fator de risco, causando 7% do total de anos vividos com incapacidade, além de apontar que a obesidade está ligada a maior morbidade e mortalidade por Covid-19. Estudos de vários países da Europa indicam que a prevalência de sobrepeso e obesidade aumentou em crianças e adolescentes durante a pandemia.

Além disso, nenhum país está a caminho de atingir a meta de deter o aumento da obesidade até 2025. Dado alarmante, já que estimativas recentes sugerem que a doença causa mais de 1,2 milhão de mortes todos os anos, número que representa mais de 13% do total de óbitos.

O relatório apresenta opções de políticas para prevenir a obesidade para consideração pelos Estados Membros da União Europeia, juntamente com um conjunto de abordagens em nível populacional. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vale lembra que pautas sobre obesidade são temas recorrentes em abordagens feitas pelo IESS, seja em estudos específicos -   Evolução da Obesidade no Brasil – ou até mesmo dentro de webinares como o do Outubro Rosa – A saúde da mulher no centro do cuidado, que também apresentou pontos importantes sobre o tema – relembre aqui.   

Dezembro 2021
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Um dos pontos mais importantes para o cuidado à saúde é combater o excesso de peso e a obesidade. Esses hábitos são ainda mais importantes quando levamos em conta dados recentes sobre o tema no Brasil, especialmente entre a população feminina. De acordo com o IBGE, de 2003 a 2019, a proporção de mulheres acima dos 20 anos com obesidade aumentou de 14,5% para 30,2%. Como comparativo, entre os homens a taxa passou de 9,6% para 22,8% no mesmo período.

Para Gláucia Albertoni, nutricionista especialista em Nutrição Ortomolecular e Nutracêutica, o controle de peso de acordo com a idade e a altura de cada indivíduo é fundamental para complicações à saúde. “A gente sabe que estar acima do peso, não fazer atividade física, deixa o nosso corpo em estado de inflamação, que é subclínico. Ele é baixo, mas é crônico”, afirmou durante a participação no Webinar IESS “Outubro Rosa – A saúde da mulher no centro do cuidado” – relembre aqui.

Essa mesma tendência, inclusive, já foi alertada pelo IESS em relação aos beneficiários de planos de saúde. O estudo especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)” revelou que a taxa de excesso de peso entre as mulheres saltou de 38,6% em 2008 para 50,8% em 2018. Já a prevalência da obesidade entre as beneficiárias foi de 11,2% para 18,9% – alta de 68,8% em 10 anos.

O aumento de ambos os índices está diretamente relacionado ao maior número de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, além de alguns tipos de câncer, entre eles o de mama – conforme o IESS mostrou. O cenário é preocupante, uma vez que os problemas relacionados ao excesso de peso não afetam apenas os brasileiros, mas os sistemas de saúde e as operadoras de planos.

Veja aqui a íntegra do estudo especial do IESS sobre o tema.

Agosto 2019
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“Parece que uma boa maneira de alcançar ou manter um peso saudável é eliminar ou ao menos reduzir a quantidade de alimentos ultraprocessados na sua dieta, favorecendo uma alimentação mais balanceada, natural e rica em nutrientes.” A afirmação de Francis Collins, diretor do National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, pode parecer lugar comum, mas a julgar pelo crescente consumo desse tipo de comida no mundo, a realidade é bem diferente. 

De acordo com o levantamento Ultra-processed foods, diet quality, and health using the NOVA classification system (Alimentos ultraprocessados, qualidade de dieta e saúde usando o sistema de classificação NOVA, em tradução livre), feito recentemente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o nível de obesidade deve avançar drasticamente se as tendências atuais forem mantidas. O artigo aponta que o total de pessoas obesas ou com sobrepeso deve avançar de 1,3 bilhão, em 2005, para 3,3 bilhões em 2030. O que equivaleria a um terço da população global, segundo projeções da Organização das Nações Unidas (OMS). O dado, ainda de acordo com o relatório, é especialmente preocupante porque não há registro de um País que tenha conseguido reverter o crescimento da obesidade uma vez que ele tenha se instalado. 

Para ajudar a mudar esse quadro e apoiar políticas de incentivo a uma dieta mais rica e balanceada, com o menor consumo possível de alimentos ultraprocessados, o trabalho da FAO apresenta o sistema de classificação NOVA que separa os alimentos em quatro categorias: não processados ou minimamente processados; ingredientes culinários processados (óleos, manteiga, gorduras, açúcares e sal); processados; e, ultraprocessados. 

A ideia básica é que os itens no primeiro grupo podem (devem) ser consumidos com maior frequência enquanto o uso de ingredientes nos grupos subsequentes deve ser gradativamente mais controlado, sendo ideal que se evite ao máximo os alimentos ultraprocessados. 

A metodologia foi elaborada com base especialmente no Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde (MS), tendo sido, inclusive, coordenada pelo mesmo pesquisador, Carlos Augusto Monteiro. 

Além da classificação, o estudo faz um apanhado de referências sobre os impactos dos alimentos ultraprocessados na saúde das pessoas e sua ligação com as doenças crônicas não transmissíveis. Se você tem interesse pelo tema, vale ler também o nosso TD 73 – “Hábitos alimentares, estilo de vida, doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013”, e acompanhe nosso blog. Esse é um assunto que sempre abordamos por aqui. 

Ah, e se você tem uma pesquisa acadêmica sobre o assunto, não deixe de inscrevê-la no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Consulte o regulamento

Novembro 2018
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O Ministério da Saúde e representantes da indústria alimentícia nacional firmaram um acordo para a redução de açúcares nos alimentos processados. Segundo o acerto, nos próximos cinco anos, 144 mil toneladas do produto devem deixar de ser utilizadas na composição de achocolatados, sucos de caixa, refrigerantes, iogurtes, biscoitos e bolos, como revelou reportagem da Folha de S.Paulo.

A medida é importante para combater a epidemia de obesidade pela qual passamos e já apontamos aqui no blog. Afinal, já somos o quinto país com maior número de obesos no mundo, segundo a OMS. Aproximadamente 20% da população nacional é obesa e 50% apresenta sobrepeso.

Números que também nos levam a ser um dos líderes globais em cirurgia bariátrica, com 88 mil operações por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Vale lembrar que além de todos os riscos associados a esse tipo de intervenção (veja nosso post sobre o assunto), mais de 4,5% das pessoas submetidas a algum tipo de cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação em decorrência de problemas relacionados ao procedimento. Ou seja, a questão está longe de se restringir ao campo da estética.

Outra ação do Ministério da Saúde no sentido de ajudar as famílias a se alimentarem melhor e reduzir o consumo de produtos processados e ultraprocessados – com excesso de açúcares, sódio e outras substâncias que podem ser nocivas para o organismo – é o Guia Alimentar para a população brasileira. O documento separa os produtos em quatro categorias: ingredientes in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários; alimentos processados; e, produtos ultraprocessados. Vale a leitura.

Novembro 2018
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Há pouco menos de um ano, em 20 de dezembro de 2017, inauguramos nossa Área Temática. Uma ação com o objetivo de facilitar, ainda mais, a navegação por nosso site e tornar sua experiência mais agradável e produtiva. Afinal, são quase 1.400 publicações em nosso acervo, abrangendo praticamente todas as questões relacionadas ao setor de saúde suplementar.

Apenas nos últimos 11 meses, foram pouco mais de 300 novos estudos, vídeos, artigos, press releases, análises etc. Além da preocupação com a produção desse material, temos um cuidado constante em garantir que nosso site permaneça intuitivo, possibilitando uma navegação ágil com fácil acesso aos conteúdos desejados.

Foi com esse “espírito” que lançamos a Área Temática e que agora julgamos necessário revisá-la e ampliá-la. Os 10 temas originais foram revisitados. Alguns permaneceram, outros mudaram de nome e alguns ainda foram divididos em mais de uma categoria. Além disso, incluímos outros assuntos. No geral, a lista cresceu e passou a contar com 17 entradas, mas transitar entre os assuntos desejados ficou ainda mais fácil. 

Conheça nossa nova lista de temas:

 

Aspectos jurídicos de planos de saúde

O acesso à Justiça é um dos pilares da sociedade e, portanto, judicialização é necessária sempre que o direito de alguém é violado. Contudo, no setor de saúde há excesso de intervenções, muitas vezes com falhas técnicas, por desconhecimento dos juízes da regulação (de fato complexa) do setor, que tem recursos escassos. Exatamente por isso, é necessário entender que é impossível dar tudo o tempo todo para todo mundo. Escolhas precisam ser feitas. Inclusive para garantir a sustentabilidade do setor e priorizar a qualidade assistencial.

 

Aspectos tributários de planos de saúde

Uma das maiores falácias a respeito da saúde suplementar é aquela que prega que os planos de saúde contam com renúncia fiscal para sua existência. O Código Tributário Brasileiro define que o Imposto de Renda incide sobre os acréscimos patrimoniais dos contribuintes, pessoas físicas e jurídicas. Já que a saúde é, pela Constituição, um direito do cidadão e um dever do Estado, toda vez que o contribuinte paga por um serviço de saúde privado, visando suprir suas necessidades básicas de existência, sofre, na prática, um decréscimo patrimonial. Seja via contratação direta, seja via plano de saúde. Logo, a dedução é um direito do cidadão e não uma renúncia do Estado.

 

Avaliação de tecnologias em saúde

A incorporação de novas tecnologias é um dos temas mais sensíveis para a saúde, sendo um dos principais impulsionadores dos custos do setor no mundo. Por isso, é um dos assuntos que mais buscamos analisar aqui no Portal do IESS. 

 

Beneficiários de planos médico-hospitalares

Nos últimos anos, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares recuou mais de 3 milhões. Apesar de os últimos meses terem apontado uma redução do ritmo de rompimento de vínculos com esses planos, ainda é cedo para falar em recuperação do mercado, especialmente por que não há sinais econômicos que indiquem uma mudança de rumo em curto prazo, como uma expressiva retomada da criação de empregos.

 

Cirurgia bariátrica e Obesidade

A obesidade é considerada uma epidemia pela OMS. No Brasil, dados do último Vigitel apontam que a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9% em 2016. O que significa que uma a cada cinco pessoas no país está obesa.

 

Envelhecimento

Desde 2012, temos estudado quais serão os impactos do envelhecimento da população no Brasil no sistema de saúde e, de uma forma mais particular, na saúde suplementar. Fica cada vez mais claro que, se houver planejamento e adoção de medidas corretas, o ciclo de mudança demográfica do Brasil vai representar uma imensa oportunidade para a saúde suplementar evoluir. Dito de outra forma, não encarar essa transformação com as devidas reformas estruturais, novas práticas de gestão e um novo jeito de enxergar a assistência à saúde pode, na prática, representar um risco imenso para o futuro desse setor.

 

Falhas de mercado na cadeia produtiva da saúde suplementar

A cada hora, 6 brasileiros morrem por erros e falhas nos hospitais. Contudo, erros de dosagem de medicamento, desatenção durante procedimentos médicos e outros eventos adversos impactaram uma quantidade muito maior de brasileiros. Já que além dos óbitos também podem gerar sequelas, comprometendo o exercício das atividades da vida do paciente e causando sofrimento psíquico.

 

Fraude, abuso e desperdício

Cerca de R$28 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares do País com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários.

 

Modelos de remuneração de prestadores

Por diversas vezes falamos da necessidade de mudar o modelo de pagamento do fee-for-service (FFS), que privilegia a quantidade de atendimentos, para outro que considere questões como qualidade, eficiência e o melhor desfecho clínico. Nesse processo, o DRG aparece como uma das alternativas mais interessantes, mas não é a única.

 

Novos produtos e soluções para a saúde suplementar

Os planos de saúde com franquia anual (HDHP, da sigla em inglês para high-deductible health plan) são um modelo aplicado com sucesso em outros países desde a década de 1990. Trata-se de um produto com mensalidade (ou prêmio) bem menor em relação aos planos tradicionais, oferecidos hoje no Brasil, mas que, por outro lado, contam com uma franquia. Ou seja, combinada à mensalidade, os beneficiários desse tipo de plano pagam valores por consultas, exames, terapias e internações até um limite pré-estabelecido. A partir desse limite, os gastos passam a ser cobertos pela operadora, integralmente ou em regime de coparticipação (quando o beneficiário paga uma parcela dos gastos). Os custos de consultas, exames e tratamentos preventivos e de promoção da saúde, em geral, são arcados exclusivamente pela operadora, mesmo antes de se atingir o valor da franquia anual, como uma forma de estimular os beneficiários a cuidarem da própria saúde. Casos de doenças crônicas costumam ter um tratamento diferenciado, uma vez que, em virtude da assiduidade da assistência, acaba consumindo mais rapidamente o montante da franquia.

 

OPMEs

Os elevados custos de OPMEs são uma questão que esbarra em problemas sérios do setor de saúde, como assimetria de informação e até mesmo fraudes, atuando como um dos motores da VCMH.

 

Perfil de uso dos serviços de saúde

Ao longo de 2016, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares recuou 3,1%. Foram 1,5 milhão de vínculos rompidos. Seria de se esperar, então, que os gastos assistenciais das operadoras também recuassem, diante de uma base menor de beneficiários. Mas não é o que a realidade mostra. No último ano, os gastos assistenciais subiram 12,6%, chegando a R$ 131,9 bilhões, motivados, entre outros fatores, pelo aumento do total de procedimentos médicos.

 

Planos odontológicos

Os planos exclusivamente odontológicos atraem cada vez mais beneficiários, crescendo mesmo quando os planos médico-hospitalares apresentam seguidas quedas. Mas isso não significa que o segmento não tenha desafios pela frente.

 

Promoção à saúde

Não há uma pessoa que nunca tenha ouvido a expressão “é melhor prevenir do que remediar”. Não poderia haver verdade mais inconteste no setor de saúde. Por isso se torna cada vez mais importante empresas, OPS e os próprios pacientes focarem em ações de promoção à saúde.

 

Qualidade assistencial e segurança do paciente

Somados, os hospitais públicos e privados do Brasil registraram, em 2017, seis mortes, a cada hora, decorrentes dos chamados “eventos adversos graves”, ocasionados por erros, falhas assistenciais ou processuais ou infecções, entre outros fatores. Desses, mais de quatro óbitos seriam evitáveis.

 

Regulação em saúde

Em nosso trabalho de buscar caminhos para o aprimoramento da gestão de saúde suplementar é comum buscarmos e apresentarmos as experiências internacionais. Contudo, como costumamos lembrar, nem todas essas experiências poderiam “simplesmente” ser implementadas por aqui. Além de diferenças socioculturais, perfil da população e perfil epidemiológico, entre outros pontos, quase sempre há questões de regulação que precisam ser levadas em conta. 

 

Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH)

O índice de Variação do Custo Médico-Hospitalar do IESS (VCMH/IESS) expressa a variação do custo das operadoras de planos de saúde com internações, consultas, terapias e exames entre dois períodos consecutivos de 12 meses. Contudo, diferentemente do IPCA e do IPCA Saúde, o VCMH não é calculado apenas com base na variação de preços, mas considera, também, a frequência com que um serviço é utilizado. 

Agosto 2018
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Já virou lugar comum falar sobre a necessidade de se buscar e cultivar bons hábitos de saúde. Até porque os dados sobre a situação do brasileiro são alarmantes. Como apontamos, a cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso. De acordo com o Vigitel Saúde Suplementar, em 2016, 17,7% dos brasileiros com plano de saúde eram obesos, ou seja, apresentaram índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30kg/m².

A média do brasileiro é ainda pior. Dados do Ministério da Saúde mostram que 18,9% da população acima de 18 anos nas capitais brasileiras é obesa. O percentual é 60,2% maior que o obtido na primeira vez que o trabalho foi realizado, em 2006, quando essa parcela era de 11,8%.

Em todo o mundo, a obesidade é uma das principais causas de morte e está relacionada a uma variedade de comorbidades. Além disso, a obesidade pode resultar em até 30% mais gastos com saúde do que em pacientes não obesos. Embora exista uma ampla literatura médico-econômica sobre os custos da obesidade, há poucas descrições na literatura sobre a utilização específica de recursos do Pronto-Socorro (PS).

Sendo assim, o trabalho “Obesity and emergency care in the French CONSTANCES cohort” (Obesidade e atendimento de emergência numa coorte populacional) publicado na 22º edição do Boletim Científico avaliou e comparou as taxas de visitas de emergência da população obesa (Índice de Massa Corporal - IMC ≥ 30kg/m²) em relação aos participantes com peso normal, levando em consideração comorbidades e situações socioeconômicas. 

Utilizou-se uma coorte epidemiológica francesa denominada “CONSTANCES”, uma amostra aleatoriamente selecionada de adultos franceses. Foram incluídos 21.035 participantes com peso normal e 5.003 obesos. O estudo concluiu que os participantes obesos visitaram o pronto-socorro com mais frequência do que os participantes com peso normal com uma taxa de 30,5% contra 26,7% entre os homens e 30,3% ante 24,4% entre as mulheres. 

Portanto, pode-se, de fato, apontar uma relação direta entre a obesidade e a utilização de recursos de cuidados de emergência, aumentando ainda mais em casos de obesidade severa. Sendo assim, esse aumento da população obesa no Brasil de 60,2% em 12 anos impacta diretamente nos desafios dos setores de saúde, que já buscam alternativas para lidar com a maior longevidade e, consequentemente, aumento de comorbidades da população, entre outros fatores.

Má alimentação, pouca atividade física e sedentarismo são fatores determinantes para excesso de peso e obesidade, em conjunto com outros hábitos de vida e consumo. Portanto, é cada vez mais clara a necessidade de políticas e ações voltadas para maior conscientização de diferentes populações sobre as consequências do estilo de vida.

Confira a última edição do Boletim Científico na íntegra. 

Abril 2018
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Cerca de 15 mil casos de câncer por ano são atribuíveis ao excesso de peso e obesidade no Brasil. O dado alarmante faz parte de pesquisa inédita realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Divulgado na revista científica Cancer Epidemiology no dia 28 de março, a pesquisa mostra que o excesso de peso está relacionado com o aumento no risco de neoplasias da mama (pós-menopausa), cólon e reto, corpo do útero, vesícula biliar, rim, fígado, mieloma múltiplo, esôfago, ovário, pâncreas, próstata, estômago e tireoide. Somados, esses 14 tipos de câncer representam metade dos mais de 400 mil casos de câncer diagnosticados anualmente no país.

Levando em consideração 10 anos para a ocorrência dos cânceres, os pesquisadores estimaram que, em 2012, cerca de 10 mil casos de câncer em mulheres e 5 mil em homens são atribuíveis ao sobrepeso e obesidade em 2002. Para elas, a maioria foi de mama (5 mil), corpo do útero (2 mil) e cólon (700), já nos homens, cólon (1 mil), próstata (900) e fígado (650) foram os mais comuns.

A notícia é ainda mais alarmante ao lembrar que a cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso, segundo a última pesquisa Vigitel Saúde Suplementar 2016. No total da pesquisa, 18,7% dos homens beneficiários de planos de saúde estão obesos enquanto, entre as mulheres, a proporção é de 17%. Como já mostramos aqui, esse número é ainda menor quando comparado com o total da população brasileira. Também em 2016, 1 a cada 5 brasileiros tinha IMC igual ou superior a 30 kg/m², o que caracteriza a obesidade.

Além disso, a prevalência desse mal entre os beneficiários de planos de saúde tem aumentado consideravelmente. Subiu de 14,2%, em 2008, para 18,7% em 2016 entre os homens e de 11,2% para 17% entre as mulheres no mesmo período. Vale lembrar que o sobrepeso – caracterizado por IMC maior ou igual a 25 kg/m² – atinge 53,7% dos beneficiários de planos de saúde, segundo o Vigitel Saúde Suplementar

Má alimentação, pouca atividade física e sedentarismo são fatores determinantes para excesso de peso e obesidade, em conjunto com outros hábitos de vida e consumo. Portanto, é cada vez mais clara a necessidade de políticas e ações voltadas para maior conscientização de diferentes populações sobre as consequências do estilo de vida.