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Março 2017
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Entre janeiro e fevereiro deste ano, o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares permaneceu praticamente estável, com uma leve variação positiva de 0,3%. O que equivale a 143,9 mil novos vínculos. 

A notícia, que pode parecer positiva, precisa ser analisada com muita cautela.

Em nossa opinião, os números de beneficiários devem ser analisados, sempre, com base na variação de 12 meses. Isso porque a variação mensal costuma ser imprecisa, pois além de ignorar comportamentos sazonais, os dados costumam ser corrigidos depois pela ANS.

Há um caso bastante recente para ilustrar porque recomendamos cautela: em agosto de 2016, o mercado ensaiou comemorar uma alta no total de beneficiários após 14 quedas consecutivas; contudo, no mês seguinte, os números foram corrigidos indicando outra retração.

Infelizmente, enquanto a situação econômica do País não mudar e, principalmente, o saldo de empregos voltar a crescer, provavelmente não teremos aumento significativo no total de beneficiários. No máximo, veremos alguns soluços. 

Analisando os 12 meses encerrados em fevereiro, como recomendamos que o mercado faça, os planos de saúde médico-hospitalares registraram 47,7 milhões de beneficiários, o que representa uma retração de 2,7% ou a perda de 1,3 milhão de vínculos. Conforme aponta a última edição da NAB.

A redução do total de beneficiários foi puxada pelos resultados da região Sudeste, que nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano perdeu 1,1 milhão de vínculos, mas isso é assunto para outro post. 

Fevereiro 2017
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O ano de 2017 começou com nova redução no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalar. Apenas em janeiro, 192,2 mil vínculos foram rompidos no país. No total, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares conta, agora, com 47,6 milhões de beneficiários, uma queda de 0,4% em relação a dezembro do ano passado.

Os números integrarão a NAB que estamos atualizando. Não deixe de ver o boletim completo, amanhã.

Janeiro 2017
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Ao longo da última semana, com a divulgação do total de beneficiários que deixaram os planos de saúde em 2016, na NAB, temos visto, nas redes sociais e em diversos sites e jornais, surgir a tese de que os planos mais acessíveis ou “populares” propostos pelo Ministério da Saúde seriam uma solução para “conter a debandada dos planos de saúde”.

É muito importante entender duas coisas: primeiro, não há “debandada”; depois, os planos mais acessíveis não são nem serão solução para que beneficiários não rompam o vínculo com a operadora, principalmente porque não foram pensados com esse objetivo.

Os planos “populares”, conforme já falamos aqui, são uma boa ideia que pode colaborar para que mais brasileiros alcancem o sonho de ter um plano de saúde; que, aliás, é o terceiro maior desejo do brasileiro. Contudo, é importante destacar que esses planos teriam outras características e cobertura mais restrita em relação aos planos vendidos hoje no mercado, não podendo ser considerados substitutos destes.

Uma das diferenças fundamentais é que os planos populares devem estimular a contratação de planos individuais, enquanto o mercado hoje está vivenciando, principalmente e como já apontamos anteriormente, a perda de vínculos coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores). Ou seja, enquanto a economia brasileira não se restabelecer minimamente e o saldo de trabalhadores com carteira assinada não para de apresentar quedas nos níveis atuais, devemos continuar a registrar reduções no total de planos de saúde. 

Claro que a proposta de planos mais acessíveis, que nós apoiamos, é uma novidade no mercado brasileiro e, se for aprovada, poderá motivar alguns movimentos interessantes no mercado de saúde, inclusive com a migração de alguns planos do padrão atual para o novo modelo. Contudo, ainda é muito cedo para tentar prever quais serão esses movimentos e suas consequências para o mercado.

Nós continuaremos acompanhando todos os desdobramentos do setor.

Janeiro 2017
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Esta terça, aqui no Blog, apresentamos o número consolidado de beneficiários que deixaram os planos de saúde em 2016, de acordo com a última edição da NAB http://iess.org.br/?p=publicacoes&id=839&id_tipo=18, e destacamos os números do Sudeste, responsável por 79,9% dos 1,37 milhão de beneficiários que romperam o vínculo com seus planos ano passado.

Contudo, não foi apenas essa região que fechou o ano com retração de beneficiários. Na realidade, todas as regiões passam por uma situação parecida e, assim como no Sudeste, a queda no total de empregos formais é o principal fator para a retração. 

Depois do Sudeste, proporcionalmente, o Norte foi onde mais beneficiários tiveram e deixar seus planos. Em 2016, a região registrou retração de 1,9% o que equivale a 35,2 mil beneficiários.

Em números absolutos, contudo, a região foi a que menos teve vínculos rompidos. No Centro-Oeste foram desfeitos 42,6 mil vínculos, queda de 1,4%. No Sul, também com retração de 1,4%, 95,8 mil beneficiários deixaram seus planos. Já o Nordeste, depois do Sudeste, foi a região com maior número absoluto de vínculos rompidos: 103,9 mil; o que representa recuo de 1,5% em 2016.

Apenas cinco estados encerraram o ano passado com aumento no total de beneficiários. No Estado de Sergipe, foram registrados 100 novos vínculos. Uma variação que não chega a 0,1%. Já no Ceará, 1,5 mil novos beneficiários passaram a contar com um plano de saúde. Apesar do resultado positivo, a variação do total de vínculos no estado permaneceu praticamente estável, com leve variação positiva de 0,1%. No Amazonas houve incremento de 0,4%, o que significa 2,3 mil novos beneficiários.

Tocantins e Piauí tiveram um resultado mais expressivo. Nos dois estados, o total de beneficiários subiu 2,7% em 2016. Em Tocantins, o resultado significa 2,9 mil novos vínculos. Já no Piauí, foram 7,9 mil beneficiários no período. 

Janeiro 2017
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A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apresenta, em tabelas e gráficos, o resultado consolidado de beneficiários de planos de saúde em 2016. Os dados são divididos por estados e regiões e por tipo de contratação e modalidade de operadoras. 

O destaque da 7° edição do novo boletim é a queda de 1,1 milhão de beneficiários apenas na região Sudeste. O resultado equivale a 79,9% dos 1,37 milhão de vínculos que foram rompidos (retração de 2,8%) no Brasil. 

Os dados serão analisados nas próximas postagens aqui do blog.

Novembro 2016
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O total de beneficiários de planos médico-hospitalares continua caindo. Entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2015, houve recuou de 3,1%. O que significa a perda de 1,5 milhão de vínculos, de acordo com a última edição da NAB.

A maior parte dos vínculos rompidos se concentra no Sudeste do País: foram 1,1 milhão nos 12 meses encerrados em setembro. Retração de 3,4%. Apenas no Estado de São Paulo, 449 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde. O número é maior do que a soma de vínculos rompidos em todas as outras regiões do Brasil. 

O Norte registrou o maior porcentual de pessoas que deixaram de contar com o benefício. Queda de 6,4% ou 120,5 mil vínculos desfeitos.

O Sul teve mais beneficiários deixando os planos do que o Norte. Foram 149,8 mil. O que representa recuo de 2,1%. 

Já o Centro-Oeste teve o menor número absoluto de beneficiários tendo que deixar seus planos: 62,4 mil. Uma queda de 2% no período analisado. 

Curiosamente, o Nordeste do País, que apresentou o maior crescimento de planos de saúde exclusivamente odontológicos (conforme mostramos aqui no Blog), também apresentou o menor recuo de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Entre setembro de 2015 e o mesmo mês desse ano, 76,5 mil vínculos foram desfeitos na região, o que significa retração de 1,1%.

Não é estranho, portanto, que dos 5 estados que apresentaram crescimento no total de beneficiários, 4 são do Nordeste. No Piauí, 8,6 mil pessoas passaram a contar com o benefício, um avanço de 3,1%; Em Sergipe, foram 3,2 mil novos vínculos, alta de 1%. Alagoas teve acréscimo de 0,7% no total de beneficiários, com a chegada de 2,7 mil novos vínculos; e, na Paraíba, o total de beneficiários cresceu 0,2%, o que representa 900 vínculos a mais do que que setembro de 2015.

O único estado fora do Nordeste que registrou aumento no total de beneficiários foi Tocantins, com 1,1 mil novos vínculos. Alta de 1,1%.

 

Novembro 2016
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A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apresenta, em tabelas e gráficos, os principais e mais recentes números relacionados à saúde suplementar. Os dados são divididos por estados e regiões e por tipo de contratação e modalidade de operadoras. 

O destaque da 4° edição do novo boletim é a queda de 3,1% no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares, que fechou setembro com 48,3 milhões de vínculos. O que representa 1,5 milhão a menos do que no mesmo mês do ano passado. Considerando o atual nível de endividamento das famílias brasileiras e o comportamento do mercado de trabalho, ainda há um potencial risco de agravamento do quadro de beneficiários nos próximos meses. 

Os dados serão analisados nas próximas postagens aqui do blog.

Julho 2016
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Na última quinta-feira (14/7), comentamos, aqui no Blog, alguns dos resultados do Mapa Assistencial da ANS, que apontavam a superutilização de exames, entre outros dados. Hoje, trazemos uma nova análise sobre alguns dos números disponíveis no documento. Os resultados destacam a necessidade de se repensar o setor, aprimorando sua gestão e enfrentando desafios como a adoção de programas efetivos de promoção da saúde e o redimensionamento da rede de atendimento. Vamos a eles:

A despesa assistencial das operadoras de planos de saúde médico-hospitalares com internações cresceu 10% entre 2014 e 2015, saltando de R$ 47,25 bilhões para R$ 51,97 bilhões, mesmo com a redução de 1 milhão no total de beneficiários. 

Os números estão em linha com as projeções de crescimento de 30% nas despesas com internações até 2030, que apresentamos no TD 57 – Atualização das projeções para a saúde suplementar de gastos com saúde: envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro. Também já comentado aqui no Blog.

Constatamos, também, que o aumento nas despesas assistenciais com internações se deve tanto ao incremento no custo de insumos hospitalares, quanto na frequência de utilização desse serviço. No total, o número de internações de beneficiários avançou 4,5%, saindo de 7,6 milhões, em 2014, para 7,9 milhões em 2015. Já o custo por internação subiu de R$ 6.229,96 para R$ 6.558,84, no mesmo período. Alta de 5,3%.

No total, em 2014, havia 0,15 beneficiário para cada internação. Já em 2015, com a diminuição de 1 milhão de vínculos principalmente em função da retração da economia, das perdas de emprego e da retração na renda das famílias – outro assunto que já debatemos no Blog –, foi registrada a razão de 0,16 beneficiário para cada internação. Caso o total de beneficiários de 2015 tivesse se mantido o mesmo do ano anterior, e a frequência de internações tivesse subido no mesmo ritmo, as despesas assistenciais de operadoras de planos de saúde com este serviço teriam chegado a ordem de R$ 53 bilhões. Nesse caso, as despesas com internações teriam avançado 12,2% entre 2014 e 2015.

O Mapa aponta, ainda, avanço de 17,7% nas despesas assistenciais com terapias, que totalizaram R$ 2,9 bilhões em 2015; e incremento de 11,6% nas despesas com exames, que totalizaram R$ 25,2 bilhões no mesmo ano.

Junho 2016
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O mercado brasileiro de planos de saúde perdeu 1,1 milhão de beneficiários nos primeiros cinco meses de 2016, encerrando maio com 48,6 milhões de vínculos. O que representa uma queda de 2,2%, segundo a ANS.

O movimento de diminuição do total de beneficiários, contudo, preocupa. Principalmente porque a queda de receitas não está sendo acompanhada pela diminuição da variação dos custos para o setor e, com a continuidade da redução do total de beneficiários, as receitas das operadoras tendem a cair em ritmo superior ao da queda de despesas assistenciais. O que coloca em xeque a sustentabilidade do setor.

Para combater os aumentos dos gastos e garantir a perenidade do setor de saúde suplementar, acreditamos que o setor precisa investir em gestão e ganhos de eficiência. Para tanto, é necessário, por exemplo, que o País repense a doção de Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) para a saúde suplementar, seguindo o modelo de trabalho que o Conitec desenvolve hoje para o SUS (Leia nosso estudo sobre o assunto). Outro ponto fundamental é combater a escalada da inflação médica. Um grande desafio que passa alteração do modelo de remuneração de hospitais atual para outro que privilegie a qualidade e puna o desperdício (também já abordamos esse assunto por aqui). Claro, tudo isso enquanto tentamos prever e nos preparar para o fim do bônus demográfico, em 2030, e as mudanças que ele deve trazer, tanto para a sociedade quanto para o setor de saúde suplementar. Mas isso é tema para outro post. 

Junho 2016
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O mercado brasileiro de planos de saúde perdeu 1,1 milhão de beneficiários nos primeiros cinco meses de 2016, encerrando maio com 48,6 milhões de vínculos. O que representa uma queda de 2,2%, segundo a ANS.

O movimento de diminuição do total de beneficiários, contudo, preocupa. Principalmente porque a queda de receitas não está sendo acompanhada pela diminuição da variação dos custos para o setor e, com a continuidade da redução do total de beneficiários, as receitas das operadoras tendem a cair em ritmo superior ao da queda de despesas assistenciais. O que coloca em xeque a sustentabilidade do setor.

Para combater os aumentos dos gastos e garantir a perenidade do setor de saúde suplementar, acreditamos que o setor precisa investir em gestão e ganhos de eficiência. Para tanto, é necessário, por exemplo, que o País repense a doção de Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) para a saúde suplementar, seguindo o modelo de trabalho que o Conitec desenvolve hoje para o SUS (Leia nosso estudo sobre o assunto). Outro ponto fundamental é combater a escalada da inflação médica. Um grande desafio que passa alteração do modelo de remuneração de hospitais atual para outro que privilegie a qualidade e puna o desperdício (também já abordamos esse assunto por aqui). Claro, tudo isso enquanto tentamos prever e nos preparar para o fim do bônus demográfico, em 2030, e as mudanças que ele deve trazer, tanto para a sociedade quanto para o setor de saúde suplementar. Mas isso é tema para outro post. 

meses de 2016, encerrando maio com 48,6 milhões de vínculos. O que representa uma queda de 2,2%, segundo a ANS.

O movimento de diminuição do total de beneficiários, contudo, preocupa. Principalmente porque a queda de receitas não está sendo acompanhada pela diminuição da variação dos custos para o setor e, com a continuidade da redução do total de beneficiários, as receitas das operadoras tendem a cair em ritmo superior ao da queda de despesas assistenciais. O que coloca em xeque a sustentabilidade do setor.

Para combater os aumentos dos gastos e garantir a perenidade do setor de saúde suplementar, acreditamos que o setor precisa investir em gestão e ganhos de eficiência. Para tanto, é necessário, por exemplo, que o País repense a doção de Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) para a saúde suplementar, seguindo o modelo de trabalho que o Conitec desenvolve hoje para o SUS (Leia nosso estudo sobre o assunto). Outro ponto fundamental é combater a escalada da inflação médica. Um grande desafio que passa alteração do modelo de remuneração de hospitais atual para outro que privilegie a qualidade e puna o desperdício (também já abordamos esse assunto por aqui). Claro, tudo isso enquanto tentamos prever e nos preparar para o fim do bônus demográfico, em 2030, e as mudanças que ele deve trazer, tanto para a sociedade quanto para o setor de saúde suplementar. Mas isso é tema para outro post.