Como falamos recentemente, o modelo de assistência à saúde tem falhas de comunicação e coordenação (cuidado fragmentado), desperdícios, muitas vezes foca suas atenções para o tratamento da doença, e não do indivíduo. Por isso, lançamos o “Texto para Discussão n° 78 - Cuidados Coordenados: uma chave estratégica para um melhor sistema de saúde suplementar” que apresenta informações e ferramentas para a integração da atenção em todo o sistema.
O relatório lembra que em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou oito práticas prioritárias que indicam o que deve ser feito para garantir a continuidade e a coordenação do cuidado:
Mostra, portanto, como uma maior coordenação dos cuidados tem o potencial de auxiliar na redução de custos. O mesmo relatório da OMS aponta que a boa coordenação do cuidado irá melhorar a experiência dos pacientes que possuem doenças crônicas ou complexas, além de aprimorar as experiências dos prestadores, otimizar os resultados e ampliar o desempenho do sistema de saúde.
Do outro lado, a questão também fica evidente. A falta de coordenação pode resultar, por exemplo, em má qualidade dos serviços prestados, cuidados fragmentados, inseguros, desperdícios (como com procedimentos, consultas e exames duplicados), erros de medicação (má reconciliação) e internações e reinternações evitáveis.
A publicação reforça alguns conceitos apontados pela OMS:
Ainda sobre essa questão, apresenta um estudo da Universidade Johns Hopkins, que desenvolveu o “Guided Care“ (ou modelo de Assistência Guiada). No programa, um enfermeiro registrado e treinado é responsável por pacientes com várias condições crônicas de saúde realiza uma avaliação inicial, conversa diretamente com os profissionais de atenção primária para desenvolver um plano de assistência detalhado e coordena o atendimento.
Um estudo do modelo demonstrou que os pacientes idosos do Guided Care apresentaram, em média, 24% menos dias em hospital, 15% menos atendimentos de emergência, 29% menos episódios de atendimento domiciliar e 9% mais visitas de especialistas. Essas diferenças na utilização representaram uma economia anual líquida de US$ 1.364 por paciente.
Aliás, a figura do coordenador de cuidados é tema de publicação futura. Não perca! Acesse aqui o material na íntegra e continue acompanhando nossas publicações nos próximos dias
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