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Espírito Santo, um mercado a ser analisado

Setembro 2019
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O Estado do Espírito Santo é o único da região Sudeste do Brasil que tem registrado aumentos contínuos no total de beneficiários de planos médico-hospitalares. Apenas entre julho de 2019 e o mesmo mês do ano passado, foram firmados 15,8 mil novos vínculos de acordo com a última edição da NAB. No mesmo período, foram registrados 100,2 mil rompimentos de contratos com esse tipo de plano na região; 91,1 mil apenas em São Paulo. 

Para entender por que o mercado de saúde suplementar tem apresentado esse comportamento no Espírito Santo, analisamos as contratações por região do Estado, tipo de plano, faixa etária e, também, o comportamento do saldo de empregos formais por atividade econômica. Para possibilitar uma comparação mais precisa, já que nem todas as informações estão disponíveis para o mês de julho, utilizamos como base comparativa os dados de junho. 

A primeira coisa que fica clara é que, dos quatro Estados do Sudeste, apenas o Espírito Santo apresentou incremento no total de beneficiários entre junho de 2016 e junho de 2019. O avanço de 0,5% no período representa a entrada de 5,6 mil novos beneficiários. Um comportamento que pode parecer modesto, mas é expressivo se comparado às retrações de 1,4% (-71,5 mil vínculos) em Minas Gerais; 5,4% (-305,9 mil vínculos) no Rio de Janeiro; e, 3% (-526,5 mil vínculos) em São Paulo. 

O resultado positivo foi impulsionado, principalmente, pela contratação de planos por pessoas com 60 anos ou mais, que cresceu 11% entre junho de 2019 e o mesmo mês de 2016. Um total de 14,3 mil novos vínculos. A contratação de planos por pessoas com idade de 40 anos até 44 anos também foi expressiva. Foram registrados 13,9 mil novos vínculos nessa faixa etária, o que equivale a um aumento de 16,8%. Além disso, houve impulso de 8,9% no total de beneficiários de 35 anos a 39 anos, totalizando mais 10,2 mil contratações de planos médico-hospitalares. 

No mesmo período, o número de planos coletivos avançou 2,6% enquanto os planos individuais/familiares recuaram 12,9%. Os homens têm contratado mais do que as mulheres, sendo que o total de beneficiários masculinos cresceu 1,6% enquanto o de femininos recuou 0,5%. 

Outro dado importante é que a contratação de planos recuou 2,4% na capital, Vitória, mas teve incremento de 1,2% no interior e litoral do Estado. Fato que está diretamente relacionado à geração de postos de trabalho com carteira assinada, especialmente no ramo de atividade das Indústrias de Transformação. Segmento que responde por 23% do total de planos coletivos no País e, apenas esse ano, gerou mais de 3,1 mil empregos formais no Espírito Santo. 

Os números mostram, em nossa opinião, que a recuperação do mercado de saúde suplementar deve acontecer a partir do aquecimento gradual da economia nacional e da retomada da geração de empregos formais, especialmente nos setores da indústria de modo geral e, nos centros urbanos, dos segmentos de comércio e serviços. Um processo que ainda deve levar algum tempo para engrenar. 

 

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