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Prêmio IESS: incentivo à economia social

Julho 2016
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Desde que anunciamos o VI Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, aqui no Blog, passamos a apresentar alguns dos trabalhos vencedores das edições anteriores e prometemos, também, uma entrevista com cada um dos avaliadores da premiação. As entrevistas com o Dr. Alberto Ogata, avaliador da categoria Qualidade de Vida e Promoção da Saúde, e Luiz Felipe Conde, avaliador da categoria Direito, você já conferiu. Hoje, trazemos a entrevista do avaliador da categoria Economia: Antonio Carlos Coelho Campino.

Doutor em economia e professor titular da USP desde a década de 1970, Campino é, provavelmente, o maior nome em “Economia do Bem-Estar”, tendo desenvolvido trabalhos nas áreas de economia da saúde, avaliação de tecnologias em saúde, farmacoeconomia, sistemas de saúde comparados, equidade em saúde, custo do tratamento da Aids, economia da alimentação e nutrição, economia da educação e demografia econômica, entre outros.

Ansioso com o que espera encontrar nos trabalhos inscritos para a sexta edição do Prêmio IESS, Campino revelou a crescente dificuldade que tem sido avaliar os trabalhos inscritos, cada vez melhores, apontou alguns assuntos que podemos esperar ver nesta e nas próximas edições do Prêmio e explicou o que torna a premiação tão importante, para ele e para o setor.

Leia a entrevista abaixo e não deixe de inscrever, gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida. Veja o regulamento completo.

Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.

Blog do IESS – O que torna o Prêmio IESS tão importante?

Antonio Campino – O Prêmio IESS é a principal premiação da saúde suplementar e tem uma enorme importância acadêmica por ser capaz de estimular trabalhos em uma área que eu denomino de economia social, que é formada pelas especialidades de educação, nutrição e saúde e que, historicamente, atrai a dedicação de menos pesquisadores do que o setor financeiro. Sem dúvidas, a importância e o charme do Prêmio IESS estão ligados à visibilidade que ele dá aos vencedores.

Blog – O que é necessário para ganhar o Prêmio IESS?

Campino – O Prêmio agracia o que há de melhor na produção científica, mas só isso não basta. Para se sagrar vencedor, além da excelência técnica, um trabalho também deve ser relevante para aprimorar o setor e ter utilidade significativa para a sociedade.

Blog – Com isso em mente, o que o senhor espera dos trabalhos deste ano?

Campino – A qualidade dos trabalhos submetidos tem sido cada vez melhor, o que torna bastante difícil nossa tarefa de escolher os vencedores. Os melhores trabalhos costumam apresentar, além da revisão de assuntos importantes, evidências de que a implantação de algumas mudanças pode trazer vantagens tanto para os planos de saúde quanto para os pacientes. É o caso, por exemplo, do trabalho vencedor de 2015, que avaliou a produtividade de hospitais brasileiros e os ganhos que poderiam ser alcançados com a implantação do DRG (trabalho já apresentado aqui, no Blog).

Blog – Algum assunto específico que podemos esperar ver nos trabalhos deste e de próximos anos?

Campino – Podemos esperar temas como: as implicações das mudanças demográficas para a saúde suplementar; a adoção do DRG e outros modelos de remuneração; integração vertical da saúde suplementar; e outros ligados à organização industrial aplicados à saúde suplementar. Essa é uma área muito fértil para a pesquisa, com questões que têm a capacidade de proporcionar mudanças relevantes e aprimoramentos necessários na gestão do setor.

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