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Julho 2016
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Destacamos recentemente, aqui em nosso blog, que a cirurgia bariátrica não deve ser encarada simplesmente como um procedimento estético. Os riscos relacionados a intervenção cirúrgica sem o diagnóstico adequado e o respeito aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde podem ser altos, conforme destacamos no TD 59 “Impactos da cirurgia bariátrica”.

As principais complicações cirúrgicas imediatamente após o procedimento são: hemorragia com ou sem necessidade de nova internação, ulceração, herniação incisional, trombose venosa e embolia pulmonar (obstrução das artérias do pulmão).

O estudo ainda destaca a Síndrome de Dumping, ou vazamento gástrico, como um problema muito comum, que pode afetar 44% dos operados. Além da síndrome dificultar a absorção de nutrientes (o que aumenta o tempo de recuperação) é acompanhada de uma série de sintomas e complicações, como: náuseas, dor abdominal, sudorese, vômito, diarreia, tonteiras, taquicardia, desmaio e, às vezes, hipoglicemia.

Distúrbios alimentares também estão na lista das complicações frequentes. Os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica têm maior risco de desenvolver deficiências nutricionais devido a ingestão limitada e absorção de diferentes nutrientes. Essas deficiências são causadas principalmente pela menor ingestão de micronutrientes e de calorias, menor produção de ácido clorídrico pelo estômago, superfície de contato para a absorção reduzida e produção limitada de fatores necessários para a absorção (por exemplo, enzimas digestivas).

Há ainda o risco do reganho de peso. Apesar de diversos estudos terem apresentado resultados diferentes tanto quanto ao porcentual de pacientes que têm um reganho de peso expressivo quanto ao porcentual do peso que é recuperado, está claro que este é um problema real e recorrente.

Como já falamos, claro que o procedimento tem pontos positivos e é um método eficiente para tratar da obesidade quando os demais tratamentos não apresentam os resultados esperados.  Mas deveria ser encarado apenas como última opção, principalmente considerando que 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação,  por decorrência de problemas relacionados a intervenção.