Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Abril 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

A região Centro-Oeste registrou o maior crescimento proporcional de beneficiários de planos médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020. No total, 33,1 mil vínculos novos foram firmados, o que representa um avanço de 1%. Com isso, a região atende 3,2 milhões de beneficiários, segundo a última edição da NAB.

O comportamento destoa das demais regiões do País, que tiveram variação máxima de 0,4% para cima (Sudeste) ou para baixo (Sul). Para entender este resultado, realizamos uma análise especial dos indicadores econômicos e dos números de Operadoras de Planos de Saúde (OPS) no Centro-Oeste – confira a íntegra.

Primeiramente, nota-se que o avanço foi impulsionado pela contratação de planos em Mato Grosso, que firmou 17,8 mil novos vínculos (+3,1%), e Goiás, que passa a atender 22,1 mil novos beneficiários (+2%). Por outro lado, 5,3 mil pessoas deixaram de contar com seus planos em Mato Grosso do Sul (-0,9%), e 1,6 mil fizeram o mesmo no Distrito Federal (-0,2%). Como mostra a tabela abaixo.

tabela1

O passo seguinte foi entender de onde vieram os novos beneficiários, observando os números por tipo de contratação. O que nos trouxe outra surpresa. Diferentemente do restante do País, onde os números de planos coletivos – especialmente os empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) – são os que mais crescem, o impulso no Centro-Oeste foi motivado pela adesão a plano individuais/familiares.

No período analisado, 26,6 mil novos beneficiários aderiram a planos individuais/familiares. Alta de 5,5%. Já os planos coletivos empresariais tiveram avanço de 0,4%. O que equivale a 7,9 mil novas contratações. Ainda assim, esse continua sendo o tipo de plano com maior número de vínculos na região, como mostra a tabela abaixo.

tabela2

Como já apontamos em outras oportunidades, o crescimento do mercado de planos de saúde, especialmente o segmento médico-hospitalar, está associado ao comportamento econômico. Sendo fortemente influenciado pela criação de postos de trabalho formal e variação na renda das famílias.

Além disso, como a pesquisa IESS/Ibope indica, o plano de saúde é o 3° bem mais desejado pelo brasileiro. O que significa que é um dos últimos que a população se desfaz em época de crise e um dos primeiros que recontrata quando a situação econômica começa a melhorar. Veja gráficos sobre o assunto.

Assim, o crescimento de 4,9% no volume de vendas do comércio e de 3,3% na produção agrícola em Goiás foi determinante para o bom resultado registrado. Já no Mato Grosso, o grande propulsor econômico foi o comércio com 9% de aumento.

Também é importante notar que houve incremento de vínculos em todas as faixas etárias. Olhando o crescimento proporcional, o total de beneficiários com 59 anos ou mais é o que mais se destaca. Houve aumento de 1,9%, ou 7,2 mil vínculos. Comportamento que também vem sendo notado no restante do Brasil e indica que as pessoas procuram ter um plano de saúde para ter mais tranquilidade esta fase da vida. A tabela a seguir mostra a contratação nas outras faixas etárias.

tabela3

Os números podem ser vistos detalhadamente por Estado na análise especial da NAB.

Março 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

Muitas vezes é difícil comparar o crescimento de beneficiários em diferentes regiões do País. Isso porque um crescimento 10% no Sudeste significa 1,5 milhão de novos vínculos enquanto a mesma taxa no Nordeste do Brasil equivale ao acréscimo de 501,2 mil beneficiários.

Há, contudo, duas regiões que têm um total de vínculos relativamente semelhante: o Norte, com 1,2 milhão de vínculos; e o Centro-Oeste, com 1,6 milhão. E, de acordo com a última NAB, a diferença está se estreitando.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o Norte registrou 160,1 mil novos vínculos com planos exclusivamente odontológicos. Crescimento de 15,5%. Já no Centro-Oeste, o total de beneficiários deste tipo de plano avançou 7,2%, somando 108,7 mil novas contratações.

A NAB ainda revela que, no último trimestre, o ritmo de adesão a estes planos aumentou no Norte do País e desacelerou no Centro-Oeste. Houve crescimento de 36,9 mil beneficiários (+3,2%) na parte mais nortenha do Brasil e 17,3 mil (+1,1%) na região central.

Claro que no setor de saúde suplementar não podemos simplesmente replicar o resultado pelos próximos anos e decretar que as duas regiões teriam o mesmo número de pessoas (2,5 milhões) com planos exclusivamente odontológicos em 2028. Mas é possível afirmar que há uma tendência de que os números se aproximem. Nós, certamente, vamos continuar acompanhando e reportando o comportamento destes mercados.