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Prêmio IESS: ligação entre a teoria acadêmica e a gestão prática

Julho 2016
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Conforme prometemos, hoje começamos a publicar as entrevistas com os avaliadores do VI Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.

Responsável por avaliar os trabalhos da categoria Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, o Dr. Alberto Ogata é diretor técnico da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), presidente da Associação Internacional de Promoção da Saúde no Ambiente de Trabalho (IAWHP) e coordenou o Laboratório de Inovação Assistencial da OPAS e ANS.

Entusiasta do Prêmio IESS, Ogata afirma que o Brasil, infelizmente, ainda utiliza muitas informações e modelos desenvolvidos em outros países para a análise do sistema de saúde, mesmo tendo características muito singulares. Segundo ele, para mudar esse cenário e propiciar bases mais solidas para as decisões dos gestores do setor, é fundamental que tenhamos, cada vez mais, pesquisas bem realizadas utilizando dados nacionais, com foco nos sistemas de regulação e financiamento locais. “Entre outras iniciativas do IESS, o Prêmio (IESS) tem estimulado a divulgação da produção científica nacional nesse sentido”, ressalta ao lembrar que os trabalhos inscritos têm contribuído para sanar esta lacuna.

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Leia, a seguir, o que Ogata espera dos trabalhos inscritos este ano e porque ele julga o Prêmio IESS como fundamental para o desenvolvimento do setor.

E não deixe de inscrever, gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida. Veja o regulamento completo.

Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.

Blog do IESS – O que torna o Prêmio IESS tão importante?

Dr. Alberto Ogata – Esta é a principal premiação da saúde suplementar no Brasil porque permite aos vencedores a oportunidade de divulgar o seu trabalho e vê-lo utilizado em inúmeros locais, de maneira aplicada e no dia a dia das organizações.

Blog – Isso é raro? 

Dr. Ogata – Muitas vezes, são produzidos trabalhos de alta qualidade na área acadêmica que seriam muito úteis para a aplicação no cotidiano do setor saúde. Contudo, é comum o pesquisador ficar frustrado ao ver seu trabalho limitado à publicação em uma revista especializada sem ser aplicado na pratica. 

Blog – E os trabalhos vencedores têm conseguido “romper essa barreira”?

Dr. Ogata – Sem dúvida. Trabalhos de grande relevância foram identificados nas últimas edições do Prêmio IESS e muitos têm embasado discussões e projetos no setor, além de estimular novas pesquisas. São trabalhos que têm contribuído para o aperfeiçoamento da gestão no setor.

Blog – O que o senhor espera ver na edição deste ano?

Dr. Ogata – O aumento na prevalência das doenças crônicas e o envelhecimento da população tornam absolutamente estratégica a adoção de programas bem estruturados de promoção da saúde. As recentes pesquisas populacionais mostraram que o cenário em relação aos fatores de risco (inatividade física, tabagismo, alimentação inadequada, uso abusivo do álcool e obesidade) não tem melhorado. Isso demonstra que é preciso utilizar ações e programas de alcance populacional que sejam realmente custo-efetivos. As melhores medidas de gestão em internações hospitalares, uso de tecnologia e auditoria são insuficientes se cada vez mais tivermos pessoas com doenças crônicas demandando tratamentos complexos e caros. 

Esses são alguns dos maiores problemas do setor hoje. Naturalmente, abordá-los é fundamental para a sustentabilidade do setor de saúde suplementar e, portanto, devemos ver trabalhos muito interessantes nesse sentido.

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