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Teleodontologia reduz despesas e melhora acesso

Dezembro 2017
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Já dissemos em diferentes oportunidades como o avanço da tecnologia impacta diretamente nos serviços de saúde em todo o mundo. Mais do que tendência, as diferentes tecnologias empregadas na assistência já são uma realidade em diversos países para diferentes finalidades. Já falamos, por exemplo, da frequência, eficiência e economia no uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) nos Estados Unidos aqui ou ainda sobre como o recebimento de exames por meios digitais facilita a vida de pacientes, médicos e clínicas em outra publicação

O artigo “Cost savings from a teledentistry model for school dental screening: an Australian health system perspective” (Modelo de teleodontologia na triagem escolar como forma de redução dos gastos: uma perspectiva do Sistema de saúde na Austrália) publicado na 19º edição do Boletim Científico, busca avaliar os custos deste serviço nas escolas do país em relação ao modelo tradicional de assistência bucal oferecido hoje em dia. 

Para contextualizar, o Serviço Odontológico Escolar australiano fornece o atendimento odontológico gratuito ou de baixo custo para crianças em idade escolar. Entre 2013 e 2014, a despesa nacional total em cuidados dentários na Austrália aumentou de US$ 6 para US$ 9 bilhões, sendo 60% desses gastos estimados como despesa out-of-pocket (desembolso direto pelos indivíduos). 

O trabalho analisou os custos fixos e variáveis do tratamento num período de 12 meses dos dois modelos de triagem dentária para todas as crianças em escolas (2,7 milhões de crianças) de 5 a 14 anos. A análise de custo envolveu remuneração da equipe, o custo de deslocamento, custo de hospedagem, além do material utilizado.  

Como esperado, o estudo apontou uma redução significativa nos gastos com a aplicação de teleodontologia. O custo estimado foi de US$ 50 milhões, compreendendo custo fixo da educação em teleodontologia de US$ 1 milhão e os salários de pessoal (tele-técnicos, supervisores, bem como o suporte à tecnologia da informação), que somam os outros US$ 49 milhões. A redução de custos com salários nesse novo modelo foi de US$ 56 milhões e em relação às despesas com a viagem e material foram de US$ 16 milhões e US$ 14 milhões, respectivamente, uma redução anual de US$ 85 milhões no total. 

Esta é uma solução que pode ser aplicada não só no país do estudo, mas em âmbito global e também em outras áreas da saúde. A redução dos custos com viagem e hospedagem, além da melhora e do aprimoramento na verificação de exames e rapidez no encaminhamento para outros profissionais especializados, pode ser usada, por exemplo, em áreas rurais ou de difícil acesso. Essa redução de custos garante a possibilidade de investimento em outras áreas da saúde. 

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