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Brasil tem uma das 10 maiores VCMH do mundo

Abril 2018
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Como temos demonstrado nos últimos dias, a VCMH tem apresentado alta não apenas no Brasil, mas no mundo como um todo. De modo geral os motores dessa variação são os mesmos: incorporação de novas tecnologias (principalmente quando esse processo não é acompanhado da devida avaliação de custo-efetividade) e envelhecimento da população.

Além desses fatores, o Brasil conta com mais algumas particularidades, como o período de recessão econômica, aumento do desemprego que resultou na queda do total de beneficiários (sem uma correspondente redução de custos assistenciais), casos de judicialização da saúde e com os elevados custos de OPMEs.

Por conta desses problemas, de acordo com o TD 69 - "Tendências da variação de custos médico-hospitalares: comparativo internacional" –, embora as estimativas da VCMH variem um pouco entre os relatórios das principais consultorias que apuram o comportamento do indicador no mundo (Aon Hewitt, Mercer e Willis Towers Watson), a VCMH do ano de 2017 para planos empresariais médico-hospitalares do Brasil é de aproximadamente 17%, o que nos coloca entre os 10 países de maior VCMH do mundo.

De acordo com o relatório da Mercer, por exemplo, a VCMH do Brasil é de 17,1% o que classificaria o País como a 3° maior VCMH entre os países analisados. Atrás apenas da Argentina, com VCMH de 32,2%; e do Egito, com 37,3%. Já no relatório da AON, o Brasil apresenta VCMH de 17,2%, ficando com a 9° posição entre os países analisados; e no da Towers, o País ocupa a 10° colocação com VCMH de 17%.

Para tentar controlar o avanço dos custos médico-hospitalares não há soluções fáceis. Contudo, algumas medidas vêm sendo adotadas com êxito por diversos países, como: incentivar o uso de prestadores que possuem melhores indicadores de qualidade; conhecer a população coberta em cada plano, para que o serviço seja o mais personalizado possível; engajar as empresas contratantes de planos empresariais e seus beneficiários na promoção da saúde e prevenção de doenças; e, principalmente, adotar modelos de pagamento por valor para os prestadores de serviços de saúde.

A questão de modelos de pagamento, já foi abordada aqui no Blog por diversas vezes, como pode ser visto em nossa área temática que aponta mudanças fundamentais para evitar desperdícios como os que já sabemos acontecer com frequência no modelo de conta aberta adotado no Brasil.

Para ilustrar o controle (ou descontrole) dos países sobre o aumento dos custos médico-hospitalares, amanhã iremos apresentar um comparativo de quantas vezes a VCMH é superior à inflação geral da economia.

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