Ocupação informal cresce mais de 6% no Brasil
O número de pessoas ocupadas no Brasil subiu 1,6% entre o terceiro trimestre de 2017 e o mesmo período do ano passado. O que representa o acréscimo de 1,4 milhão de trabalhadores no País, totalizando 91,3 milhões de pessoas ocupadas, segundo a nova edição do boletim Conjuntura Saúde Suplementar.
A notícia pode parecer boa, uma vez que, como já apontamos outras vezes, o mercado de planos de saúde provavelmente não verá uma recuperação efetiva enquanto a economia nacional não reagir e passamos a ver uma retomada do total de postos de trabalho.
Contudo, o aumento registrado no Conjuntura não refletiu em um incremento no total de vínculos com planos de saúde coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores, que recuaram 0,7% no mesmo período.
Isso porque este incremento foi puxado pelos empregos informais e trabalhos autônomos. O total de trabalhadores informais aumentou 6,2% no período analisado. Já o de autônomos, avançou 4,8%.
Considerando apenas o total de postos de trabalho com carteira assinada, houve uma redução de 2,8% no total de empregos entre o terceiro trimestre de 2017 e o mesmo período de 2016. Sem carteira assinada, trabalhando na informalidade ou de maneira autônoma, os profissionais não recebem benefícios como o plano de saúde médico-hospitalar ou odontológico das empresas onde atuam.
Mesmo que o avanço da taxa de ocupação se concentrasse integralmente no mercado formal ainda seria cedo para falar em recuperação do setor de saúde suplementar. Uma vez que no últimos anos, o setor perdeu mais de 3 milhões de beneficiários, 2 milhões apenas nos planos coletivos empresariais.