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Prêmio IESS: trabalho vencedor de 2015 auxilia no combate racional ao câncer de mama

Junho 2016
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Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, atualmente em sua sexta edição, é a mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar no Brasil. Com o objetivo de incentivar a pesquisa e valorizar estudos com qualidade técnica capazes de contribuir para a melhoria da gestão no setor de saúde suplementar, o Prêmio IESS conta com algumas centenas de trabalhos avaliados que, temos certeza, contribuíram para a melhoria do setor da Saúde Suplementar. 

Nas próximas semanas, vamos apresentar alguns dos trabalhos vencedores. Caso, por exemplo, da “Análise da Utilização de Mamografia e seus Desdobramentos em um Plano de Autogestão de Saúde”. Trabalho de autoria de Marcia Rodrigues Braga, vencedora da categoria Promoção de Saúde e Qualidade de Vida do V Prêmio IESS (edição de 2015). 

A produção destaca que o câncer de mama é a segunda maior causa de morte pela doença nos países desenvolvidos, somente atrás do câncer de pulmão, além de ser a maior causa de morte por câncer em mulheres em países em desenvolvimento. No Brasil, representa a neoplasia mais comum e a principal causa de morte por câncer na população feminina, com taxa de mortalidade ajustada pela população mundial de 12,1 óbitos a cada grupo de 100 mil mulheres. Contudo, até o momento, a mamografia é o único método de rastreamento de câncer de mama com comprovada efetividade.

Frente a este cenário, Marcia analisou os fatores que podem estar associados aos padrões de utilização de mamografia na população estudada (127.044 beneficiárias de um plano de autogestão com beneficiários de todas as regiões do País) e seus efeitos no tratamento da doença.

O grande destaque dos resultados foi a detecção de um alto número de pedidos de mamografia para mulheres muito jovens. Procedimento desnecessário que sobrecarrega o uso desse recurso, gerando desperdício tanto de recursos financeiros quanto de alocação de equipamentos e operadores, que poderiam ser empregados na realização e exames em um público apropriado. Além disso, a maior utilização desses recursos por um público mais jovem do que o ideal culminou no aumento de resultados falsos positivos e de exames inconclusivos, que implicam na utilização de mais exames e investigação desnecessárias.

Para equacionar a distorção de solicitação desnecessária de mamografias, a autora ressalta a importância do desenvolvimento de estratégias de comunicação às mulheres quanto aos riscos e benefícios do rastreamento mamográfico. Faz-se imprescindível também, segundo ela, a atuação sobre a comunidade médica, para que as recomendações do Ministério da Saúde e os resultados dos estudos de rastreamento publicados nos últimos anos sejam amplamente conhecidos por esses profissionais, contribuindo para uma decisão mais crítica e individualizada quanto à necessidade do rastreamento e minimizando as situações de solicitação "automática" de mamografia para mulheres acima de 40 anos de idade que comparecem às consultas.

Se você também tem um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, inscreva-se, gratuitamente, até 15 de setembro. Veja o regulamento completo.

Os dois melhores trabalhos de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.

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