Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Vamos falar de saúde mental?

Agosto 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

A saúde mental é um assunto importantíssimo e, felizmente, cada vez mais debatido. A confusão acerca da inclusão da Síndrome de Burnout – doença ocupacional caracterizada por exaustão ou esgotamento mental, usualmente acompanhada de sentimentos negativos ou cinismo relacionados ao próprio trabalho e perda de efetividade nas tarefas diárias – no Código Internacional de Doenças (CID 10) teve, ao menos, o efeito positivo de estimular debates sobre essa e outras doenças mentais. 

Mesmo assim, ainda há muito a ser debatido para que a questão ganhe a relevância que merece, ao menos em nossa opinião. É preciso desmistificar o termo “doenças mentais”. Aliás, usado para classificar problemas de saúde muito diversos, que vão desde a demência até depressão, passando por transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), autismo, síndrome de Down, dislexia e muitos outros. 

O assunto é especialmente importante se considerarmos que o Brasil é o País com a maior proporção de ansiosos no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população no País têm algum nível de transtorno de ansiedade. Além disso, ainda de acordo com a entidade, 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. O que nos coloca como o quinto País com maior taxa de depressivos no mundo. 

É fundamental entender que esses distúrbios não estão relacionados apenas ao indivíduo e suas faculdades mentais ou herança genética, mas também a questões socioculturais, cenário político-econômico, fatores ambientais e, inclusive, condições de trabalho. 

Questões que ainda precisam ser melhor compreendidas em todo o mundo. Um levantamento da OMS indica que entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamento adequado. Já nos países de baixa e média renda, o porcentual é ainda maior, ficando entre 76% e 85%. 

Outro indicativo da relevância do assunto é o destaque dado ao tema nos relatórios de tendências para o setor de saúde da AON HewittWillis Tower Watson e Mercer Marsh – já comentados aqui. Parece consenso que o valor gasto para o tratamento dessas doenças deve avançar nos próximos anos e se juntar à lista das enfermidades que mais “consomem” recursos no setor, ao lado de câncer, doenças cardiovasculares e musculoesqueléticas. 

Se você quer contribuir para esse debate e tem um estudo sobre o assunto, não perca essa oportunidade de colaborar para o aperfeiçoamento do setor de saúde no Brasil e inscreva-se já no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Confira o regulamento

Ah, se você quer saber um pouco mais sobre a história do tratamento de doenças mentais no Brasil e no mundo, recomendamos a leitura da entrevista do Dr. Valentim Gentil, psiquiatra responsável pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), no site do Dr. Drauzio Varella

Este conteúdo foi útil?