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VCMH bate em 19,3%, um recorde preocupante

Maio 2016
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O índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH), que produzimos desde 2007, acaba de bater um recorde preocupante: alta de 19,3% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2015. Desde 2011, o índice cresce continuamente acima de dois dígitos. A se manter esse padrão, o futuro do setor de saúde suplementar corre realmente sério risco.

Parece claro que as operadoras e os contratantes dos planos não têm condições de continuar absorvendo a escalada de custos nessa magnitude. O aumento da inflação da saúde superior à inflação média da economia é um fenômeno mundial, mas, como temos demonstrado em diversos estudos, assume proporções amplamente superiores no Brasil.

Basicamente, o aumento dos custos se dá pelo processo de envelhecimento populacional e pela constante incorporação de novas tecnologias, sempre mais caras do que as anteriores. Isso também acontece no mercado brasileiro, mas, aqui, a situação se agrava por fatores estruturais.

Como temos dito, o sistema brasileiro de saúde se caracteriza por um conjunto grande de falhas de mercado, sobretudo por assimetria de informações, o que provoca distorções de preços e dificuldade de comparação de qualidade e preço. Isso acontece principalmente no segmento de materiais e medicamentos e foi um dos fatores-chave a elevar os custos das internações, apurado pelo VCMH/IESS, na ordem de 10,7% no período acumulado até dezembro de 2015.

Passou do momento de o mercado de saúde suplementar rediscutir o modelo de remuneração de serviços prestados e premiar a qualidade e a eficiência, deixando de absorver a ineficiência e o desperdício. Voltaremos ao tema.

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