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Setembro 2022
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IESS Educação: Inscreva-se nos cursos gratuitos sobre saúde suplementar    

O setor da saúde é muito dinâmico e complexo, estando em contínuo processo de aperfeiçoamento. Por isso é importante ficar atento e buscar por capacitação e novos conhecimentos. Pensando em diferentes públicos, o IESS Educação, em parceria com a Escola Nacional de Seguros (ENS) oferece uma série de cursos gratuitos de curta duração com conteúdo voltado para difundir e esclarecer as bases que fundamentam a operação da saúde suplementar no País. 

De forma on-line e gratuita, com linguagem acessível, as videoaulas são voltadas para diversos públicos, como beneficiários de planos médico-hospitalares, alunos de pós-graduação em saúde, magistrados, órgãos governamentais e empresas que atuam no setor. As videoaulas têm duração de 30 a 90 minutos e são lecionadas por renomados especialistas do setor.

Confira os temas dos cursos disponíveis:

•    Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH);
•    Atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde e Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS);
•    Imperfeições de mercado e a necessidade de regulação do setor de saúde suplementar brasileiro; 
•    Modelos de remuneração de prestadores de serviço de saúde; 
•    Regras para reajuste de planos de saúde no Brasil; 
•    Gestão da Atenção Primária à Saúde; 
•    Meios Alternativos de Solução de Conflitos em Planos Coletivos Empresariais;
•    Transparência em Saúde e Indicadores de Valor.

Após a inscrição, o aluno tem acesso aos conteúdos por 30 dias. Acesse o site https://www.ens.edu.br/ e faça já a sua inscrição. É gratuito.

Junho 2022
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https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2022/06/5017218-beneficiario-obeso-custa-rs-33-mil-por-ano-para-a-saude-suplementar.html

Maio 2019
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Na última semana, aqui, comentamos o relatório da Willis Towers Watson que projeta o crescimento 15,3% no custos médico-hospitalares em 2019 no Brasil. Agora, foi a vez da Aon Hewitt lançar o 2019 Global Medical Trends Rates Report, outro dos relatórios que usamos como base para o TD 69 – "Tendências da variação de custos médico-hospitalares: comparativo internacional"

De acordo com o levantamento da Aon, o avanço dos custos médico-hospitalares no Brasil deve ser de 17% em 2019. Acima, portanto, dos 15,3% estipulados pela Towers. Outra diferença entre os dois relatórios é a quantidade de países analisados. Enquanto o da Towers traz a projeção para 77 países, o da Aon avalia 103. Apesar de ligeiras diferenças nos relatórios, o resultado de ambos destacam a necessidade de reavaliar o setor no País e avançar em uma agenda de combate à desperdícios e maior transparência, como comentamos ontem

O relatório da Aon foi analisado em uma boa reportagem do UOL. Então, como as conclusões são basicamente as mesmas, gostaríamos de aproveitar para retomar outro importante debate: o da diferença entre a variação dos custos médico-hospitalares e da inflação geral. Inclusive porque a reportagem do Uol compara as duas coisas quando, na realidade, elas não são comparáveis. 

O motivo é simples. Enquanto a inflação considera apenas a variação média dos preços em uma cesta de produtos, a variação dos custos médico-hospitalares (VCMH) é composta não apenas pela variação de valores dos serviços de saúde (consultas, exames etc.), mas também pela frequência de utilização destes. 

O que torna possível, inclusive, que o custo dos serviços de saúde caia, mas a variação dos custos médico-hospitalares suba. Por exemplo: se as consultas médicas custavam, em média, R$ 100 e passaram a custar R$ 95, indicadores como a inflação registrariam uma queda de 5%. Contudo, se eram realizadas 1.000 consultas e passaram a ser realizadas 1.100, o custo médico-hospitalar subiu 4,5%, avançando de R$ 100 mil (R$ 100 por consulta x 1.000 consultas) para R$ 104,5 mil (R$ 95 por consulta x 1.100 consultas). 

Claro, a tendência não é que os custos médios de cada procedimento caiam, assim como não temos deflação no País. E, apesar do rompimento de cerca de 3 milhões de vínculos desde 2014, o setor não tem registrado redução no uso de serviços médicos. Então, é natural que a VCMH continue acima da inflação. O que não é natural é comparar as duas coisas como se fossem iguais. 

Maio 2019
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Quem nos acompanha há um tempo, sabe que um dos temas que mais comentamos é sobre os modelos de remuneração no setor de saúde suplementar. A questão é crucial para o desenvolvimento do segmento e evita desperdícios e fraudes em toda a cadeia.  

Afinal, como já falamos aqui e em diversas outras oportunidades – em nossa Área Temática você pode ver todas rapidamente –, o fee-for-service, o modelo de pagamento mais adotado no Brasil, premia o desperdício ao remunerar por serviço executado e não por desfecho clínico.  

Vale lembrar os dados da nossa publicação “Impacto das fraudes e dos desperdícios sobre gastos da Saúde Suplementar”. O estudo mostra que, só em 2017, quase R$28 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares do País com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários. 

É importante ver, portanto, que não só o setor tem se movimentado cada vez mais sobre a questão, mas a própria imprensa tem pautado o tema e repercutido para o público em geral. Importante reportagem o jornal O Globo publicada na última semana mostra um pouco melhor o funcionamento da remuneração no setor. 

A própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem buscado incentivar atualizações nos modelos. “A cada atendimento, exame, cirurgia, é feito um pagamento ao prestador, não importando a qualidade do serviço, e não importando o resultado em saúde para aquele paciente. O Brasil é, por exemplo, o campeão mundial em realização de ressonância magnética. Isso ocorre porque há um estímulo à produção. Os profissionais ganham quanto mais eles produzirem”, disse recentemente Rodrigo Aguiar, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS. À época, a agência lançou o Guia para Implementação de Modelos de Remuneração baseados em valor, cartilha que apresenta 5 modelos que podem ser adotados pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS). 

Vale lembrar também dos esforços da Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde). No último ano, a entidade realizou o 4º Fórum da Saúde Suplementar com especialistas nacionais e internacionais para fomentar e aprofundar os debates no setor sobre diferentes áreas. Na ocasião, foram apresentadas 11 medidas para fortalecer o setor, como já falamos aqui

Para entender melhor cada um dos modelos, recomendamos a leitura do TD 64 – "Fatores associados ao nível de gasto com saúde: a importância do modelo de pagamento hospitalar”, que destaca os benefícios de modelos de pagamento prospectivos. Em caso de dúvidas, estamos à disposição. 

Março 2019
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Não é de hoje que falamos dos desafios de se buscar o equilíbrio financeiro dos sistemas de saúde no país frente a um cenário de mudança demográfica e envelhecimento populacional, já enfrentado por outros países, como Reino Unido, França e Alemanha. Como já mostramos aqui, as despesas assistenciais do SUS podem atingir R$ 115 bilhões por ano em 2030. Hoje elas estão na casa de R$ 45 bilhões. 

E isso tem motivos. As doenças crônicas que atingem a população idosa impactam fortemente nestes números. Para se ter uma ideia, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que o Brasil contará com mais de 223 milhões de brasileiros em 2030. Desses, 18,62% com 60 anos ou mais. Em 2000, essa faixa etária correspondia a 8,21%, para uma população de 173,45 milhões. 

Já as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030. O montante representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017 e acende uma luz de alerta para o setor, segundo a “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”

Exatamente pela importância do tema que incluímos o estudo “Atendimento Ambulatorial Fragmentado e Utilização Subsequente de Cuidados de Saúde Entre os Beneficiários do Medicare” na 24º edição do “Boletim Científico IESS”.  

O trabalho buscou determinar as associações entre a atenção ambulatorial fragmentada e as consultas subsequentes de emergências e internações hospitalares. As conclusões reforçam a necessidade de assistência contínua e integrada para o bem-estar do paciente e do sistema de saúde. 

Entre aqueles com 1 a 2 ou 3 a 4 condições crônicas, ter o maior número de atendimentos fragmentados aumentou significativamente tanto o risco de uma consulta de emergência quanto de internação. Já aqueles com 5 ou mais condições crônicas, o atendimento mais fragmentado aumentou significativamente o risco de uma consulta de emergência, mas diminuiu o de uma internação.  

O atendimento ambulatorial fragmentado e posterior utilização varia conforme o número de condições crônicas desses pacientes. Beneficiários com uma carga moderada de condições crônicas (1-2 ou 3-4) parecem estar em maior risco de excesso de visitas e internações devido a cuidados fragmentados.

Fevereiro 2019
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O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares teve a primeira alta na comparação anual desde 2014. De acordo com a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), que acabamos de publicar, o segmento encerrou 2018 com 47,4 milhões de beneficiários, alta de 0,4% em relação ao ano anterior. No total, foram firmados 200,2 mil novos vínculos de janeiro a dezembro. 

Acreditamos que mesmo após a revisão periódica que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realiza, é provável que o setor tenha registrado uma alta real no número de vínculos entre 2017 e 2018. 

O movimento foi impulsionado pelo resultado do setor no Nordeste do País. 82,8 mil novos vínculos foram firmados na região que conta com 6,6 milhões de beneficiários. Avanço de 1,3%. 

Os números do Centro-Oeste também merecem destaque. A região registrou avanço de 3,6% ao longo de 2018. Apesar do aumento porcentual expressivo, em números absolutos o resultado foi semelhante ao do Nordeste. Foram firmados 111,8 mil novos vínculos no período e, como isso, a região passa a atender 3,2 milhões de beneficiários (pouco menos da metade do total de beneficiários na região Nordeste).  

Apesar de o Sudeste ter registrado 0,1% mais vínculos em dezembro de 2018 do que no mesmo mês de 2017, a revisão futura da ANS ainda pode indicar que não houve um aumento real no número de beneficiários na região, mas redução. Ainda assim, avaliamos que o resultado é positivo na comparação com os anos anteriores. 

Principalmente porque São Paulo, o maior mercado de planos de saúde do País, fechou o ano com impulso de 0,3% no total de vínculos médico-hospitalares. O que significa 58,3 mil novos vínculos firmados em um Estado que responde por mais de um terço (36,3%) do total do mercado nacional.  

Ressalvamos, entretanto, que o processo de recuperação de beneficiários está atrelado ao desenvolvimento econômico e a geração de empregos formais, especialmente nos setores de comércio e serviço dos grandes centros urbanos. Esperamos ter indicadores econômicos positivos ao longo de 2019, mas se isso não acontecer o setor pode permanecer estagnado por mais um tempo.