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Setembro 2022
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Durante o ano de 2021, os beneficiários de planos de saúde foram mais ao médico do que em 2020, ano do início da pandemia de Covid-19. No ano passado, foram registradas 190,2 milhões de consultas médicas, 15,7% a mais em relação a 2020. Os dados são da Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2016 e 2021, publicação do IESS.

Porém, apesar do crescimento no número geral de consultas, ao analisar os dados referentes às especialidades, a geriatria foi a única que registrou queda entre os dois anos. Em 2021, o número de consultas foi de 1,33 milhão, 2,5% a menos do que em 2020, quando a marca foi de 1,37 milhão. 
Já a especialidade com maior procura por consultas no período está relacionada às consequências da Covid-19. A tisiopneumologia, que trata de doenças respiratórias, teve aumento de 37,6%. Em 2020, foram 1,13 milhão e, em 2021, 1,56 milhão. 

As idas ao angiologista, especialidade que cuida de veias e artérias, também aumentaram. Fato que pode estar associado à pandemia, uma vez que a trombose está entre as sequelas da doença. No ano passado, o número de consultas foi de 1,8 milhão, 31,2% a mais do que em 2020, cujo registro foi de 1,37 milhão.

Para acessar o estudo do IESS, na integra, clique aqui.
 

Setembro 2022
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Em 2021, comparativamente a 2016, foi registrada uma queda de 14% no volume de consultas médicas ambulatoriais e em prontos-socorros no sistema de saúde suplementar do País. O dado extraído da Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil, que acabamos de produzir, indica uma queda de 272,9 milhões de consultas, em 2016, para 234,6 milhões, em 2021. O resultado está diretamente ligado aos efeitos da pandemia mundial de Covid-19 e representou uma espécie de “represamento” de consultas no período pandêmico. Agora – ainda que a pandemia do Coronavírus não tenha sido definitivamente debelada –, os sinais são de que todo esse represamento passado repercute no aumento de demanda, especialmente por conta do elevado índice de vacinação da população brasileira.

O levantamento aponta que as consultas ambulatoriais estão divididas em 25 especialidades. Dessas, a maior parte (17), entre elas pediatria, dermatologia, neurologia e nefrologia, apresentaram variações negativas no período de cinco anos analisados. Apenas oito especialidades tiveram registros positivos, como por exemplo, geriatria (32,9%), hematologia (31,5%) psiquiatria (29,6%), oncologia (13,5%) e mastologia (4,9%).   

No período entre 2020 e 2021, referente à pandemia da Covid-19, houve queda nas médias de consultas por beneficiário. Em 2016 e 2017 o registro foi de 5,7, e em 2019 atingiu um pico de 5,9. No ano seguinte as taxas sofreram uma redução e ficaram em 4,4, para apresentar um novo crescimento até 4,8 em 2021, representando um crescimento de 12,8%.
            
Vale ressaltar que o número médio de consultas ambulatoriais por beneficiário da saúde suplementar brasileira (3,9) é superior ao de países como Grécia (2,7), e Áustria (3,8) de acordo com dados de 2021. No Sistema Único de Saúde (SUS), essa média foi de 1,6 consultas/habitante. No Brasil, a média de consultas médicas por habitante por ano, sugerida nos parâmetros assistenciais do SUS, é de 2 a 3 consultas por habitante/ano.   

Clique aqui para conferir, na íntegra, a Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil – Entre 2016 e 2021. 
 

Janeiro 2022
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A “Análise do Mapa Assistencial – Panorama da Odontologia Suplementar no Período da Pandemia de Covid-19”, apurada pelo IESS com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostrou alguns dos impactos causados pelo coronavírus no setor. Em 2020, por exemplo, R$ 2,7 bilhões (valores nominais) foram gastos com assistência à saúde odontológica dos beneficiários. O montante foi 19% menor em comparação a 2019.

Do total apurado, as maiores despesas foram com procedimentos preventivos (R$ 407 milhões), seguido de consultas odontológicas iniciais (R$ 160 milhões), próteses odontológicas unitárias – coroa total e restauração metálica fundida (R$ 132 milhões), próteses odontológicas (R$ 106 milhões) e de exodontias simples de permanentes – 12 anos ou mais (R$ 39 milhões).

Vale ressaltar que as despesas de planos exclusivamente odontológicos têm características específicas, que, normalmente, têm custos assistenciais maiores no início do período contratual. Isso acontece porque muitos beneficiários não têm histórico de cobertura anterior, ocasionando uma demanda reprimida no setor. Já entre planos médico-hospitalares, por exemplo, as despesas aumentam de acordo com a idade dos beneficiários.

Outra diferença entre os segmentos é que, na odontologia, as novas tecnologias não costumam impactar os gastos das operadoras, bem como tratamentos de custos elevados e ocorrências imprevisíveis são menos recorrentes em comparação aos planos médico-hospitalares. Por fim, a idade é um fator que também influencia no perfil de patologia e tratamentos, porém pouco afeta os custos, e a demanda por diagnósticos clínicos são de menor custo.

Para mais detalhes, acesse a análise do IESS.

Novembro 2021
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A expectativa de vida da população brasileira segue em expansão. De acordo com o IBGE, em 2020, a média nacional era de pouco mais de 76 anos. Além disso, o número de idosos também aumentou: entre 2015 e 2019, por exemplo, a parcela da população com 65 anos ou mais cresceu de 8,41% para 9,52% e deve atingir mais de 13% em 2030. Isso requer cuidados de saúde específicos para a manutenção do bem-estar e os resultados se refletiram no aumento de consultas com geriatras no período. É o que aponta a “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2015 e 2020”, produzida pelo IESS com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) .

De 2015 a 2019, a avaliação com um profissional da especialidade cresceu de 1.016.384 para 1.663.838 milhão na saúde suplementar – alta de 63,7%. Contudo, os idosos integram um dos principais grupos de risco para a Covid-19, por isso, com a chegada da pandemia, o número de consultas caiu 17,5% entre 2019 e 2020. Cabe destacar que a geriatria não substitui outras especialidades médicas como, por exemplo, cardiologia ou urologia. Mas sim atua de forma complementar e integrada.

Os geriatras buscam promover a qualidade de vida, auxiliar na prevenção e detecção precoce de doenças que mais atingem essa parcela da população, com foco em proporcionar um bom envelhecimento, principalmente em idades mais avançadas. Por fim, outro aspecto importante da atuação de um geriatra é evitar o uso excessivo de remédios, também conhecido como polifarmácia. Esse hábito pode causar consequências indesejáveis para a vida dos idosos, sendo até mesmo necessário a desprescrição de alguns medicamentos.

Veja a íntegra da análise aqui.

Novembro 2021
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Análise do IESS mostra que aumento foi puxado pela elevação do número de terapias e atendimentos ambulatoriais

O total de despesas assistenciais na saúde suplementar avançou de R$ 117,2 bilhões para R$ 164,8 bilhões (valores nominais) entre 2015 e 2020, de acordo com dados da “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2015 e 2020”, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Os gastos foram puxados pelo crescimento no volume de terapias (hemodiálise, quimioterapia, radioterapia etc.) e atendimentos ambulatoriais, com aumento de 112,4% e 78,6%, respectivamente.

A apuração do IESS mostra também que, no intervalo analisado, houve avanço nas despesas com internações (54,6%), demais custos médico-hospitalares (44,1%), e exames complementares (43%). Dentro desse recorte, as principais variações na saúde suplementar no período foram: aumento de 57,8% nas despesas com exame de hemoglobina glicada; e, avanço de 84,6% nos custos com vasectomias.

O impacto da Covid-19 na saúde suplementar

Os dados no comparativo entre 2019 e 2020 já mostram alguns dos efeitos da pandemia no setor. Nesse intervalo, as despesas assistenciais foram 8,1% menores. Na mesma comparação, as reduções mais expressivas foram no número de consultas médicas não identificadas (-82,5%), seguidas de consultas ao pronto socorro (-25,2%).

“O ano de 2020 foi sem precedentes tanto na área da saúde, quanto no âmbito econômico e social, devido às medidas de isolamento necessárias para barrar o avanço da Covid-19. Alguns impactos podem ser observados nos agravos à saúde dos beneficiários em comparação a 2019”, analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS. Entre 2019 e 2020, os números revelam aumento de internações por infarto no miocárdio (15,2%), insuficiência cardíaca congestiva (9,8%) e diabetes mellitus (6,7%), segundo apuração do IESS.

Em 2020, as despesas com internações responderam por R$ 75,6 bilhões; já os gastos com exames complementares representaram R$ 32 bilhões; seguido por R$ 20,5 bilhões com consultas médicas. A íntegra da análise está disponível no portal do IESS.

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Mais informações

LetraCerta Inteligência em Comunicação

Vinícius Silva – [email protected]

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Jander Ramon – [email protected]

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Novembro 2021
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Os efeitos da pandemia de Covid-19 no setor da saúde são evidentes no atendimento médico-hospitalar no comparativo entre os resultados de 2019 e 2020. A “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2015 e 2020”, produzida pelo IESS, indicou queda nos serviços dos principais grupos de assistência aos beneficiários de planos de saúde.

No intervalo analisado, o resultado mostra retração no número de consultas médicas (-25,1%); terapias (-23,7%) – como hemodiálise, quimioterapia etc.; outros atendimentos ambulatoriais (-17,4%); internações (-14,7%); e, exames complementares (-14,6%). Também houve redução de 7,2% nas despesas dos serviços assistenciais: de R$ 179,4 bilhões para R$ 164,8 bilhões.

A análise do IESS mostrou também que o período de isolamento e o medo de contágio pela Covid-19 afastou os beneficiários do acompanhamento médico. Esses fatores podem estar associados ao aumento de internações por infarto agudo do miocárdio (15,2%), insuficiência cardíaca congestiva (9,8%) e diabetes (6,7%).

Contudo, apenas em longo prazo será possível avaliar com maior precisão os impactos na saúde dos beneficiários com a diminuição da assistência médica regular, especialmente em relação às doenças crônicas. Para acessar a análise completa, clique aqui.

Janeiro 2021
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Recentemente divulgamos a publicação “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019”, que trouxe um panorama da saúde feminina no período analisado e apontou queda de 12% na taxa de cesarianas e aumento de 5,6% na quantidade de partos normais. Acesse aqui.

Por entender que a população feminina requer programas de prevenção e cuidados específicos de saúde, a análise especial tem o objetivo de acompanhar alguns procedimentos de assistência realizados pelas mulheres beneficiárias da Saúde Suplementar coletados do “Mapa Assistencial da Saúde Suplementar” da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A publicação ainda traz informações relativas ao câncer e métodos contraceptivos. O estudo mostra que a procura por exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) também tem recuado. Em 2014, esse procedimento diagnóstico preventivo foi realizado em 47,9 de cada 100 mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos. Em 2019, essa taxa foi de 46,1 e, em 2018, de 44,2 na saúde suplementar.

Embora mostre um leve avanço entre 2018 e 2019, os números mostram que é fundamental que as mulheres dessa faixa etária fiquem atentas a este importante aspecto da promoção da saúde e prevenção no que se refere ao câncer de colo de útero.

O levantamento ainda aponta que o número de internações para a realização da laqueadura tubária (procedimento de anticoncepção definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU) tem crescido exponencialmente.

Na comparação entre 2014 e 2019 houve aumento de 15,4% no número de internações para laqueadura tubária, saltando de 14,9 mil para 17,2 mil. Já o aumento no número de procedimentos de implante do DIU mais que quadruplicou no período, avançando de 50,9 mil para 205,2 mil.

Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente para a saúde suplementar. A publicação pode ser acessada na íntegra aqui.

Dezembro 2020
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Acelera o ritmo de queda do número de cesáreas entre as beneficiárias de planos de saúde. Os dados fazem parte da publicação “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019”, que acabamos de publicar. De acordo com o estudo, houve queda de 12% na taxa de cesarianas e aumento de 5,6% na quantidade de partos normais no período analisado.

Segundo estudo de 2018 da Universidade de Gante, na Bélgica, publicado na revista Lancet, a América Latina é a região com maior número de cesáreas no mundo, com 44,3% dos nascimentos, e o Brasil é o segundo país que mais realiza esta cirurgia, atrás apenas da República Dominicana.

Claro que a decisão sobre o tipo de procedimento adotado no parto deve ser avaliada caso a caso pela mãe e a equipe médica de sua confiança. Entretanto, a saúde suplementar tem avançado em iniciativas que buscam melhorar a qualidade assistencial durante a gestação, o parto e o período neonatal. E esse debate tem avançado no que diz respeito aos novos modelos de remuneração dos obstetras, resgate do papel essencial das enfermeiras nos partos de baixo risco e mudança de mentalidade em toda a cadeia.

No intervalo analisado em nosso estudo, o número de cesarianas foi de 466 mil em 2014 para 410 mil em 2019, uma queda de 12%. No mesmo período, o número de partos normais avançou de 78 mil para 82 mil, crescimento de 5,6%. Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável que 15% dos partos sejam feitos por cesárea. Contudo, os partos desse tipo respondem por 55% do total no país. Embora em queda, o número de cesáreas ainda é muito expressivo. O que reforça uma necessidade premente de campanhas de conscientização sobre os riscos e vantagens de cada procedimento.

Em 2015, a ANS instituiu o programa “Parto Adequado”, que busca reduzir o percentual de cesarianas desnecessárias. Nessa época, a taxa de partos normais no conjunto dos hospitais participantes era de cerca de 20%. Em sua terceira fase, a iniciativa evitou 20 mil cesarianas desnecessárias desde o lançamento.

A “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019” também traz dados relativos ao câncer, partos e métodos contraceptivos.

Acesse aqui na íntegra. Seguiremos abordando os números da publicação.

Novembro 2020
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Mesmo representando menos de 1% do total de procedimentos na saúde suplementar, as internações detêm a maior parcela das despesas do segmento. O alerta está na “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019”. No período analisado, as despesas com esse tipo de procedimento tiveram elevação de 70,1%, saltando de 47,3 bilhões em 2014 para 80,4 bilhões em 2019.

Em 2019, as internações responderam por 44,8% do total das despesas do setor, seguidas por R$ 36 bilhões com exames complementares, o que representa 20,1%, e R$ 25,8 bilhões com consultas médicas, 14,1% dos gastos. Além das despesas com terapias e demais despesas médico-hospitalares.

Em 2019 foram realizadas quase 8,6 milhões de internações entre os beneficiários da saúde suplementar, número 13,9% maior na comparação com 2014. O que mostra que a taxa de internação no setor está aumentando, tendo passado de 15,1%, em 2014 e para 18,4% em 2019.

O Brasil passa por um fenômeno de transição demográfica e envelhecimento populacional. Claro que é um avanço da sociedade e da medicina, mas isso traz um aumento das despesas médicas e acende um alerta para a necessidade de se pensar mecanismos para garantir equilíbrio econômico-financeiro, satisfação e qualidade para todos os envolvidos na cadeia, sejam beneficiários, operadoras e prestadores de serviços.

Para se ter uma ideia, o número de internações por fraturas de fêmur entre idosos (60 ou mais anos) quase dobrou, passando de 10,8 mil para 20,7 mil. Outro dado que chama a atenção é do número de internações por problemas cardíacos, também fortemente relacionados com o envelhecimento da população. A internação por infarto agudo do miocárdio cresceu 38,5% entre 2014 e 2019 e para implantação de marcapasso passou de 10,4 mil para 13,7 mil, avanço de 31,8%. As internações por doenças do aparelho circulatório e respiratório representaram cerca de 11,6% do total de internações em 2019.

Nós já mostramos aqui que o setor de planos de saúde médico-hospitalares registrou aumento das despesas na assistência à saúde, mesmo com redução do número total de beneficiários e também o avanço na quantidade de procedimentos de assistência médico-hospitalar realizados no mesmo período. Veja aqui.

Com o objetivo de contribuir ainda mais com a disseminação de dados da assistência à saúde no Brasil, o IESS elaborou o documento com base nos números do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Acesse aqui o estudo aqui.

Novembro 2020
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Nós já mostramos aqui que o setor de planos de saúde médico-hospitalares registrou aumento das despesas na assistência à saúde, mesmo com redução do número total de beneficiários. A “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019” também mostra que cresceu a quantidade de procedimentos de assistência médico-hospitalar realizados no mesmo período. No intervalo analisado, o número total passou de 1,19 bilhão para 1,43 bilhão, aumento de 19,6%.

Nesse período, observamos que houve um aumento de 28,1% no número de procedimentos por beneficiário, o que corresponde a um salto de 14 exames complementares por beneficiário em 2014, por exemplo, para 19 em 2019. O número de brasileiros com planos de saúde foi de 50,1 milhões para 47,0 milhões, redução de 6,1%, no mesmo intervalo de tempo.

A análise mostra que todos os procedimentos apresentaram aumento, em especial dos exames complementares, com crescimento de 28,7%; terapias, com avanço de 27,7%; e internação, que registrou aumento de 13,9%. Em 2019, foram realizados 916,5 milhões de exames complementares, 277,5 milhões de consultas médicas ambulatoriais, 158,8 milhões de outros atendimentos ambulatoriais (sessões/consultas com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, psicólogos e outros), 72,0 milhões de terapias e 8,6 milhões de internações.

Importante lembrar que os dados podem significar que os brasileiros estão mais conscientes da importância de se ter um acompanhamento médico ao longo da vida do que realizar visitas pontuais aos prontos-socorros. No entanto, é fundamental estarmos atentos para a superutilização de exames e procedimentos. A publicação reforça a necessidade de repensar o setor, aprimorar sua gestão e enfrentar desafios como a adoção de programas efetivos de promoção da saúde.

Para se ter uma ideia, a análise mostra que, na saúde suplementar brasileira, o número de exames de ressonância magnética por mil beneficiários passou de 115,4 em 2014 para 179,0 em 2019. Essa taxa é superior à média dos Estados Unidos (128,0), da Islândia (109,3) e do Canadá (54,5), por exemplo. Países com os valores mais altos entre os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Continuaremos apresentando novos dados da “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019”. Acesse o estudo aqui.