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Agosto 2021
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Os empregos na área da saúde mantiveram tendência de alta no Brasil entre os meses de fevereiro e maio deste ano. De acordo com o “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, produzido pelo IESS, o setor teve aumento de 2,5% no número de contratações, totalizando 4.558.895 profissionais empregados somando os setores público e privado. 

Esse número se mostra bastante expressivo quando comparado à geração de empregos na soma de todos os setores da economia. O Brasil registrou, neste mesmo intervalo, crescimento de 1,5% no número de admissões de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os valores ganham ainda mais relevância quando o percentual de crescimento no país é analisado excluindo a cadeia da saúde. Sem ela, o crescimento percentual total de empregados no Brasil fica em 1,3%. 

Do total de 4,5 milhões de empregados na cadeia da saúde até maio desse ano, 3,6 milhões estavam no setor privado com carteira assinada, o que representa 79% do total, um ponto percentual acima dos dados de fevereiro. No setor público, são e 979 mil (21%) considerando todas suas modalidades (estatutários, CLT, cargos comissionados, entre outros). 

Sudeste e Centro Oeste foram as regiões onde os empregos na cadeia da saúde mais cresceram: 2,8% nos últimos três meses. Esta última reflete em uma elevação tão expressiva que, excluindo o setor da soma de todas as esferas da economia, a variação fica negativa, com decréscimo de 1,8%. Essas mesmas regiões foram as duas únicas, inclusive, que o setor público empregou mais que demitiu. Na soma das esferas público e privada, somente o Norte apresentou variação negativa (-2,1%), número puxado pelos contratos públicos, uma vez que a rede privada se manteve em alta (2,8). 

Foi o setor privado, inclusive, responsável pelo resultado positivo total. Dentro dessa divisão, o que mais gerou empregos na cadeia de saúde foi o de Prestadores, com 128.617 novos postos. O subsetor de Fornecedores gerou novos 37.912 contratações. Neste mesmo período, as operadoras registraram 5.072. No total, o saldo do setor privado foi de 171.601 novas vagas, ou 13,8% do total acumulado pela economia brasileira. 

O relatório pode ser acessado na íntegra em LINK 

Julho 2021
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A produção de dados e monitoramento dos hábitos e estilos de vida da população é fundamental para o entendimento das necessidades e orientação da criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças. E é exatamente esse o objetivo do nosso Texto para Discussão n° 82 “Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares – principais mudanças entre 2013 e 2019”.

A publicação analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e comparou informações das edições 2019 e 2013, notando-se que a publicação da pesquisa é bem recente. Com isso, busca descrever a prevalência de hábitos alimentares e estilo de vida de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no Brasil de acordo com características sociodemográficas das duas edições da pesquisa.

O estudo apresenta detalhes relacionados aos hábitos alimentares, atividade física e sedentarismo, consumo de álcool e tabagismo, entre outros, e ressalta que muitas doenças podem ser evitadas com prevenção primária de riscos como excesso de peso ou obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares ruins e alcoolismo, por exemplo.

Os resultados mostram dados positivos e negativos sobre os hábitos dos beneficiários planos de saúde. Vale destacar, por exemplo, o aumento do percentual de pessoas com consumo regular de frutas, que foi de 55% em 2013 para 60% em 2019. Além disso, caiu o percentual daqueles que consomem alimentos doces, 25,5% contra 16,8%, e de carne vermelha, 35,2% para 28,8%.

Por outro lado, aumentou a prevalência do consumo de bebidas alcóolicas entre os beneficiários residentes nas capitais, indo de 46,3% para 53,3%. Já nas faixas etárias, houve avanço de 48,8% para 55% entre 19 e 59 anos, e de 32% para 38% para aqueles acima de 60 anos.

Ações voltadas para a promoção e prevenção à saúde buscam reduzir a ocorrência de doenças, a mortalidade e combater o aumento da frequência de fatores de risco envolvendo a saúde dos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito fatores de risco representam 61% das mortes cardiovasculares (consumo de álcool, uso de tabaco, pressão alta, alto índice de massa corporal, níveis elevados de colesterol, altos níveis de glicemia, baixa ingestão de frutas e vegetais e inatividade física).

A pesquisa utiliza os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, pesquisa mais recente disponível. A PNS é um inquérito domiciliar realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério da Saúde (Fiocruz).

Acesse aqui a íntegra da publicação. Continuaremos repercutindo os dados nos próximos dias.

Julho 2021
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A saúde mental é um assunto importantíssimo e, felizmente, cada vez mais debatido. Dentre os diagnósticos mais comuns se encontra a Síndrome de Burnout, doença ocupacional caracterizada por exaustão ou esgotamento mental, usualmente acompanhada de sentimentos negativos relacionados ao próprio trabalho e perda de efetividade nas tarefas diárias. A confusão acerca da doença no Código Internacional de Doenças (CID 10) teve, ao menos, o efeito positivo de estimular debates sobre essa e outras doenças mentais.

Mesmo assim, ainda há muito a ser debatido para que a questão ganhe a relevância que merece, ao menos em nossa opinião. É preciso desmistificar o termo “doenças mentais”. Aliás, usado para classificar problemas de saúde muito diversos, que vão desde a demência até depressão, passando por transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), autismo, síndrome de Down, dislexia e muitos outros.

Talvez você se lembre que falamos recentemente sobre o Burnout entre os profissionais de saúde. O Observatório Anahp e a 6ª Nota Técnica do Observatório consolidam os cenários até março de 2021 e mostram a tendência para os próximos meses. Na análise, pode-se concluir que 2021 continuará sendo muito desafiador para os sistemas de saúde com perspectivas de ‘ondas’ de Covid-19, taxa de ocupação de leitos, perfil epidemiológico, entre outros.

O relatório revelou um grave desafio enfrentado pelo setor ao longo de 2020. Junto com as novas contratações, cresceu também o absenteísmo. O contágio de profissionais da saúde e o esgotamento (burnout) são fatores que explicam o forte aumento na taxa, que saiu de 2,16% em 2019 para 3,56% em 2020.

Mas e a população em geral? Entre os assuntos em pauta nas mesas de reunião, a saúde mental conquistou espaço. De acordo com uma pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ), em 2020 os casos de ansiedade e sintomas de estresse agudo dobraram. Além disso, um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) revelou que 40% dos brasileiros sentiram tristeza ou depressão na pandemia e que o percentual de consumo de cigarro e álcool aumentou, enquanto o de realização de atividades físicas diminuiu.

Em meio ao cenário tão complexo para o bem-estar da mente, o ambiente de trabalho, naturalmente, não se manteve imune à situação. A Síndrome de Burnout também se intensificou. O Brasil carrega o status de ser, segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), o segundo país do mundo com mais casos da doença – somente atrás do Japão.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país é o líder mundial em casos de ansiedade. E para piorar, uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), demonstrou que, entre maio, junho e julho de 2020, 80% da população brasileira ficou ainda mais ansiosa.

Pesquisa quantitativa sobre saúde complementar do SESI e da ANS, publicada em novembro de 2020, mostra que 69% das indústrias avaliadas possuem a saúde mental dentro dos programas de promoção. 65% delas, inclusive, intensificaram os cuidados com o tema junto aos trabalhadores, em especial as de grande porte.

No levantamento, você encontra essas e outras informações sobre a relação das indústrias com saúde suplementar. Para acessar, clique AQUI.

Junho 2021
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Temos comentado, recorrentemente, sobre as mudanças que novas tecnologias, não só específicas do setor saúde, mas também Big Data, Blockchain e outras têm proporcionado ao dia a dia dos prestadores de serviço, operadoras de planos e pacientes. Um cenário que tem sido ampliado ainda mais em função das necessidades trazidas pela pandemia pelo novo Coronavírus.

Um exemplo é a Inteligência Artificial (IA). Até então focada em automatizar processos manuais no setor da saúde, essa tecnologia passou a ser usada para ajudar a resolver problemas clínicos e não clínicos com a atual crise sanitária.

Nos últimos anos, a inteligência artificial tem sido cada vez mais utilizada para auxiliar o diagnóstico e estimar o prognóstico de pacientes com diversas doenças — algo que também tem se mostrado promissor neste momento de pandemia. Um estudo recém-publicado no periódico NatureScientific Reports aponta que modelos agregados de aprendizado de machine learning são capazes de prever resultados em pacientes com Covid-19.

O trabalho desenvolvido pela equipe do Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde (LABDAPS) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) utiliza dados laboratoriais, clínicos e demográficos para treinar cinco algoritmos de aprendizado de máquina. A pesquisa foi feita em uma amostra de 1.040 pacientes com covid-19 admitidos na Beneficência Portuguesa de São Paulo entre março e junho de 2020.

O portal Medscape mostrou que parte da amostra (70%) foi utilizada para treinar os algoritmos de forma que eles fossem capazes de prever resultados negativos: ventilação mecânica, admissão na unidade de terapia intensiva (UTI) e óbito. Com isso, os resultados mostram que todos os algoritmos apresentaram desempenho preditivo muito alto.

Um dos autores da pesquisa, o cientista da computação Fernando Fernandes, apontou que o algoritmo poderia ser aplicado, por exemplo, no pronto atendimento, onde já há coleta de dados mínima para uso da ferramenta, como a solicitação de hemogramas. “Cabe ressaltar que o algoritmo, por si só, não toma a decisão, apenas fornece estimativas de risco para dar subsídios para melhores decisões. O médico terá sempre a palavra final”, reforça.

Veja os dados mais aprofundados do trabalho no portal Medscape.

Dezembro 2020
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Em setembro, o segmento privado impulsionou o crescimento de empregos na saúde brasileira. Os dados são do “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, que acabamos de publicar. No mês, o saldo de emprego da cadeia de saúde foi de 6.705 novas vagas. Embora o setor público tenha registrado mais desligamentos do que admissões, resultando em 5,1 mil vagas a menos, a saúde privada registrou o saldo positivo de 11,7 mil postos de trabalho no mesmo mês.

Considerando os empregos diretos e indiretos nos dois setores, a saúde brasileira teve crescimento de 0,9% em relação a junho de 2020. Essa é a primeira vez, desde que começamos a levantar esses dados, que o emprego na cadeia da saúde cresce menos que o mercado de trabalho total. Já que a economia registrou grandes saldos negativos especialmente no primeiro semestre desse ano, o crescimento de setembro ocorre sobre uma base mais baixa. Já a cadeia de saúde manteve elevado ritmo de crescimento do emprego ao longo de todo esse ano.

Os números de emprego na saúde são reflexo do bom desempenho do setor privado ao longo do ano. De janeiro a setembro, o saldo de emprego nessa área foi de aproximadamente 87,5 mil postos de trabalho. O subsetor que mais gerou empregos foi o de Prestadores, com saldo de 82 mil vagas formais. O dado mostra que os hospitais, clínicas, laboratórios e demais prestadores de serviços do setor reforçaram seus quadros de colaboradores para garantir o bom atendimento aos pacientes durante a pandemia do novo Coronavírus.

No setor público (estatutários, CLT, comissionados, temporários), houve crescimento de 1,6% no emprego entre os municípios e de 1,1% nos estados em relação a junho de 2020. Já na esfera federal, o emprego público em saúde teve queda de 0,4% no período analisado.

No Brasil, não existe uma base de dados com o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. Por isso, o IESS está levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da população nacional.

O boletim completo pode ser acessado por meio do link http://bit.ly/Emprego_IESS

Novembro 2020
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Recentemente falamos aqui sobre o desempenho do emprego em saúde no Brasil. Em três meses, o total de pessoas empregadas na saúde brasileira cresceu 2,2%. Mostramos que no mesmo intervalo de tempo, entre maio e agosto, o emprego total no país aumentou 1,0%. Excluindo os postos gerados na cadeia de saúde, esse crescimento foi de 0,8%. Se na primeira publicação falamos um pouco mais sobre o setor privado, importante, agora, apontar os dados do setor público.

Nos entes da Federação, o maior crescimento do número de vagas na saúde pública entre maio e agosto foi registrado nos estados, com avanço de 3,4%. Nos municípios contidos do levantamento do IESS, o crescimento foi de 2,1%. Na esfera federal, o emprego público em saúde teve queda de 1,3% no período.

O emprego público na saúde aqui contabilizado diz respeito a funcionários ativos nas três esferas da administração pública (estatutários, CLT, comissionados, temporários). Embora a região mais populosa seja a região Sudeste, a Nordeste se destaca por possuir o maior número de funcionários estaduais com um total de 130,1 mil.

Mesmo com a lenta e gradual retomada do mercado de trabalho formal brasileiro, o avanço da cadeia de saúde repercute na economia como um todo. A criação de novas vagas influencia a renda das famílias, sua capacidade de consumo, de acessar crédito e mesmo a confiança da população.

Em agosto, o saldo de emprego da cadeia de saúde foi de aproximadamente 29 mil novos postos públicos e privados, ou seja, 12% das 249,4 mil vagas criadas na economia como um todo no mesmo mês. O setor público registrou saldo positivo de 10,4 mil empregos e o privado, de 19,0 mil.

Não existe no Brasil uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. Por isso, o IESS está levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da população nacional.

Acesse a íntegra do “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”

Novembro 2020
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O total de pessoas empregadas na saúde brasileira cresceu 2,2% em três meses. É o que aponta o “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, que acabamos de publicar. Com isso, o segmento atinge a marca de 4,3 milhões de pessoas empregadas, considerando setor público e privado com empregos diretos e indiretos.

Os números ressaltam o impacto positivo que a cadeia da saúde tem sobre o mercado de trabalho brasileiro. No mesmo intervalo de tempo, entre maio e agosto, o emprego total no país aumentou 1,0%. Excluindo os postos gerados na cadeia de saúde, esse crescimento foi de 0,8%.

O setor responde por cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e representa 8,7% da força de trabalho no Brasil. Ou seja, uma participação intensa no mercado nacional. A pandemia do novo Coronavírus reforçou essa importância e a tendência deve se manter nos próximos anos, até mesmo pela demanda crescente que será gerada com o envelhecimento da população.

Do total de 4,3 milhões de empregados na cadeia da saúde em agosto desse ano, 3,3 milhões estavam no setor privado com carteira assinada, o que representa 76,5%, e 1,0 milhão, ou 23,5%, eram empregos do setor público, considerando todas suas modalidades (estatutários, CLT, cargos comissionados, entre outros).

No acumulado do ano, a saúde privada teve saldo positivo de 75,6 mil, o que demonstra o bom dinamismo mesmo com a crise econômica e sanitária desse período de pandemia, já que a economia como um todo registrou saldo negativo em aproximadamente 850 mil vagas formais entre janeiro e agosto. O resultado do setor privado foi puxado pelo bom desempenho do subsetor de Fornecedores, com saldo de 75,7 mil vagas, enquanto os Prestadores avançaram em 2 mil e as Operadoras registraram queda 2 mil vagas.

Traremos mais dados do setor nos próximos dias. Você pode acessar aqui a íntegra do “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”. 

Novembro 2020
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O setor de planos de saúde médico-hospitalares registrou aumento das despesas na assistência à saúde, mesmo com redução do número total de beneficiários. É o que mostra a “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019” que acabamos de publicar. No intervalo analisado, as despesas passaram de R$ 105 bilhões para R$ 179 bilhões, crescimento de 70,8%.

Nesse período, observou-se um aumento de 37,7% do gasto per capita. Com isso, as despesas com terapias e outros atendimentos ambulatoriais mais que dobraram, registrando aumento de 150,0% e 107,4%, respectivamente. No mesmo intervalo de tempo, o número de brasileiros com planos de saúde foi de 50,1 milhões para 47,0 milhões, redução de 6,1%.

As terapias e outros atendimentos ambulatoriais, foram seguidos pelas internações, que tiveram avanço de 70,1%, consultas em pronto-socorro, com alta de 61,8%, e dos exames complementares, que subiram em 59,6%.

Apesar das internações serem uma parcela pequena da quantidade de procedimentos assistenciais, com menos de 1%, elas ainda representam a maior quantia em termos financeiros. Em 2019, essas despesas chegaram aos R$ 80,4 bilhões, o que representa 44,8% do total, uma alta de 70,1% no período analisado. O que reforça a necessidade de o sistema de saúde privado estar atento ao processo de envelhecimento populacional, que irá demandar um maior número de consultas, exames e internações.

Com o objetivo de contribuir ainda mais com a disseminação de dados da assistência à saúde no Brasil, a “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019” foi elaborado com base nos números do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O relatório ainda traz números de exames, consultas, terapias e internações no período assinalado, além de comparar com dados de outros países para avançar nas discussões sobre ações de prevenção de doenças e promoção da saúde, políticas e práticas do setor. 

Acesse na íntegra 

Janeiro 2020
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A cadeia produtiva da saúde concentra 21,9% dos novos empregos gerados nos últimos 12 meses. De acordo com o Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, 491,9 mil vagas de trabalho formal foram criadas entre outubro de 2019 e o mesmo mês de 2018. Destas, 107,6 mil concentram-se no setor de saúde.

As atividades econômicas ligadas à saúde têm agido como um grande motor da economia ao longo deste ano, principalmente no setor privado. No período analisado, o setor público registrou saldo negativo de 3 mil postos de trabalho (estatutários, CLT e comissionados). Já o setor privado abriu 110,7 mil novas vagas formais.

No total, a cadeia produtiva da saúde emprega 5,1 milhões de brasileiros, sendo 1,5 milhão no setor público e 3,6 milhões no privado. O montante é 2,1% superior ao registrado em outubro de 2018 e representa 11,7% da força de trabalho no País.

O relatório ainda aponta que este porcentual está crescendo, com o setor respondendo por uma fatia cada vez maior dos empregos no Brasil. Na mesma época do ano passado, o setor respondia por 11,6% da força de trabalho. O crescimento de 0,1 ponto porcentual em 12 meses pode não parecer muito, mas é bastante expressivo e representa a criação de mais de 100 mil novos empregos. O resultado é especialmente positivo uma vez que a tendência é de crescimento continuado ao longo de 2020 e, também, dos próximos anos.

Por fim, vale destacar que o impulso notado nas contratações acontece em um momento em que não houve mudança significativa do total de beneficiários de planos de saúde. O que indica que esta cadeia produtiva está se equipando (com recursos humanos) para ofertar mais qualidade assistencial aos seus beneficiários presentes e futuros.

Os números podem ser consultados também no IESSdata.

Outubro 2019
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Recentemente, mostramos dados da pesquisa IESS/Ibope que indicam diferenças relevantes entre o comportamento de beneficiários e não beneficiários com relação ao uso de serviços de saúde – relembre. Mas a pesquisa também apontou hábitos distintos na realização de exames entre os dois grupos, que vamos analisar hoje. 

De modo geral, a quantia de beneficiários que realizam exames de rotina é proporcionalmente maior do que a da população de não beneficiários. Contudo, em média, os não beneficiários realizam exames de triglicérides, colesterol, glicemia e aferição de pressão mais vezes por ano do que as pessoas que têm plano de saúde. 

Entre aqueles que têm vínculos com planos de saúde, por exemplo, 71% realizaram exames de glicemia. 20 pontos porcentuais (p.p.) acima do total de não beneficiários que realizaram o exame. Por outro lado, a população geral realizou, em média, 2,1 exames, enquanto a população com plano realizou 1,9 exame. 

O fato de termos proporcionalmente menos pessoas fazendo os exames mais vezes por ano pode indicar uma ineficiência do sistema, especialmente porque esses exames têm uma validade longa, que não justificariam sua repetição, em condições normais, dentro de tão pouco tempo. No entanto, é bem possível que a maior taxa de realização de exames entre não beneficiários se deva ao fato de estes realizarem exames já em situação de necessidade, ou seja, com uma condição clinica já instalada, requerendo portanto acompanhamento mais regular, o que exige a repetição mais frequente dos exames. 

Claro, esse comportamento também pode ser visto dentro da saúde suplementar, ainda que, aparentemente, em menor escala. Segundo a pesquisa IESS/Ibope, 93% dos beneficiários que realizam exames os retiram e retornam ao médico. Os outros 6% só retornam ao médico se o exame apontar algo negativo. Mas essa taxa de 99% dos exames retirados não significa que não há desperdício. 

Afinal, como já apontamos aqui, o uso de antibiótico é bom quando precisamos combater uma bactéria, mas se tomado sem necessidade, causa males à saúde. Do mesmo modo, realizar exames desnecessários é o mesmo que expor nosso corpo à radiação e outras substâncias que podem nos fazer mal. 

Confira a tabela de realização de exames segundo a última edição da pesquisa IESS/Ibope: 

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