Todo mundo sabe que para envelhecer com saúde é preciso ter uma série de cuidados, como realizar exames preventivos, manter uma dieta balanceada e, principalmente, praticar exercícios físicos. Hoje, já há uma série de estudos que apontam a necessidade dessas práticas e a importância de programas de promoção de saúde nesse sentido.
Nenhum deles, contudo, tão amplo quanto o que foi recentemente conduzido pelo departamento de Ciências Biomédicas da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul. O estudo “Changes in exercise frequency and cardiovascular outcomes in older adults”, publicado pelo European Heart Journal, analisou dados de 1,2 milhão de homens e mulheres com mais de 60 anos entre 2009 e 2016.
A equipe de pesquisadores, liderada pelo prof. Kyuwoong Kim, detectou que os idosos que reduziram seus níveis de atividade física ao longo do período analisado tiveram uma probabilidade 27% maior de desenvolver problemas cardíacos do que aqueles que mantiveram um ritmo regular de atividades ao longo dos anos. Já entre os que ampliaram a quantidade/intensidade de exercícios, o risco de ter problemas cardiovasculares diminuiu 11%. É importante lembrar que também estão nesse segundo grupo os idosos que não praticavam nenhuma atividade física e passaram a se exercitar.
Apesar de os próprios pesquisadores indicarem que os dados não podem ser automaticamente aplicados para populações em outros países, por conta de fatores como nível poluição e diferentes hábitos alimentares, entre outros, a pesquisa dá uma importante contribuição ao demonstrar a importância de combater o sedentarismo, principalmente na população idosa.
Especialmente porque a população global está envelhecendo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo contava com 900 milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2015 e o montante deve ultrapassar a marca de 2 bilhões até 2050. O movimento de envelhecimento da população e fim do bônus demográfico – já comentado aqui – pelo qual estamos passando no Brasil faz parte desse cálculo.
O assunto também foi foco de apresentação de nosso superintendente executivo, José Cechin, em evento do Correio Braziliense, relembre. Quer saber mais sobre o impacto do envelhecimento na saúde? Confira nossa Área Temática.
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https://www.editoraroncarati.com.br/v2/Artigos-e-N...A cada 5 adultos, um não pratica atividades físicas suficientes de acordo com a edição 2017 da pesquisa Vigitel Saúde Suplementar, produzida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Ministério da Saúde (MS). Entre os adolescentes, o número é ainda mais alarmante: quatro a cada cinco estão nessa situação. No total, a pesquisa indica que 45,8% dos brasileiros não praticam atividade física suficiente e 53,7% têm excesso de peso.
Ainda mais alarmante do que o porcentual da população que não realiza atividades suficientes para manter boas condições de saúde é o total que afirma não ter realizado qualquer atividade nos últimos 3 meses, caracterizando inatividade: 14,6%. Analisando os dados da última edição da pesquisa é possível perceber que as beneficiárias de planos de saúde são mais inativas que os beneficiários. Em 2017, 15,7% das mulheres afirmam não ter praticado qualquer atividade física nos três meses anteriores à pesquisa. Já entre os homens, o porcentual foi ligeiramente menor: 13,2%.
Por outro lado, o resultado também aponta um aumento da inatividade entre os homens e uma redução entre as mulheres em relação aos dados registrados em 2016. No universo feminino, o total de inativas caiu 0,8 ponto porcentual (p.p.) (de 16,5% para 15,7%); já no masculino, ouve aumento de 1,8 p.p. (de 11,4% para 13,2%).
O levantamento ainda aponta que João Pessoa (PB) é a capital com a maior proporção de inativos: 20,3%. Já Palmas (TO) é capital com a menor proporção de inativos: 11,2%.
Os resultados dão importante indicativos para a formulação de programas de promoção de saúde e inputs valiosos para os gestores e tomadores de decisão do setor. Por isso, nos próximos dias, não perca nossas análises sobre os demais indicadores da publicação.
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