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Fevereiro 2020
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Melhorar o acesso à saúde, gerando proteção financeira para famílias de baixa e média renda por meio de seguro e planos de saúde é uma preocupação de grande parte dos formuladores de políticas públicas ao redor do mundo. Enquanto, por aqui, ainda se debate se o governo dá, efetivamente, incentivos fiscais e se deveria fazê-lo, em outros países essa resposta parece já ser ponto pacificado há tempos: é fundamental conceder estímulos para a contratação destes planos e seguros – como já comentamos aqui, apenas para dar um exemplo.

Na 14° edição do Boletim Científico, o estudo “Avaliação dos efeitos de um novo esquema cooperativo de plano de saúde sobre a redução da pobreza causada por gastos altos em saúde na Província de Shaanxi, China” apontava que subsídios ofertados pelo governo local contribuíram para que 5% das famílias de zonas rurais beneficiadas superassem a linha da pobreza – relembre.

Agora, a pesquisa “Consequências para o bem-estar relacionadas ao acesso de famílias rurais ao seguro de saúde: evidências do ‘novo seguro médico cooperativo’ na China”, destacada na última edição do Boletim Científico, aponta que o  New Cooperative Medical Scheme (NCMS) já atende 97% da população rural local. O que equivale a cerca de 800 milhões de pessoas.

De acordo com o levantamento, este plano cobre apenas 20% dos serviços de saúde utilizados pelos beneficiários, o que indica a necessidade de ampliação da cobertura, mas garante um retorno social que excede os gastos públicos. Ou seja, a prática é positiva para todos os envolvidos.

A lógica não é exclusividade chinesa e pode ser percebida em outros países. Mesmo no Brasil, os gastos tributários com saúde representam economia para o governo ao mesmo tempo em que podem facilitar o acesso ao desejado plano de saúde. A proporção em que isto acontece será publicada em março, em um estudo que estamos terminando de produzir. Não perca.

Outubro 2016
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Fornecer subsídios para a aquisição de planos de saúde pode ajudar a reduzir a pobreza e aumentar a atividade econômica. Ao menos é o que indica o estudo “Assessing the Effects of the New Cooperative Medical Scheme on Alleviating the Health Payment-Induced Poverty in Shaanxi Province, China” (publicado no último Boletim Científico como o título “Avaliação dos efeitos de um novo esquema cooperativo de plano de saúde sobre a redução da pobreza causada por gastos altos em saúde na Província de Shaanxi, China”).

O estudo constatou que o número de famílias na província de Shaanxi (zona rural da China) que viviam abaixo da linha da pobreza diminuiu quase 5% após o governo local oferecer planos de saúde subsidiados para a população. De acordo com o estudo, essas famílias estavam tendo que arcar com despesas hospitalares muito elevadas para o padrão local. A partir do subsidio, essas famílias também passaram a apresentar maior poder de consumo, o que auxiliou a economia local. Apesar de não ser abordado no estudo, também é crível imaginar que com o acesso à saúde facilitado, essas famílias poderão se tornar mais produtivas, o que deve estimular um ciclo virtuoso de crescimento socioeconômico.

Apesar de ser uma experiência local, os resultados certamente estimulam sua aplicação em novas regiões.  

Janeiro 2016
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Nós três últimos dias, apresentamos novos produtos para a saúde suplementar que já são empregados com sucesso nos Estados Unidos. Mas não é somente no mercado norte-americano que esses produtos apresentam bons resultados. Cingapura, China e África do Sul também contam com cases interessantes que, certamente, podem servir de base de referência para que o Brasil também analise a adoção desses produtos.

O Medisave, instituído em Cingapura desde 1984, é uma conta poupança para saúde (HSA) em que todo trabalhador deve depositar, compulsoriamente, parte de seu salário. O montante exato varia de acordo com a idade, começando com 8% do salário para trabalhadores com 35 anos ou menos, e chegando a 10,5% para quem possui mais de 50 anos. O modelo está associado a um plano de franquia anual (HDHP), chamado Medishield.

Na China, também de maneira compulsória, o governo determinou que todos os trabalhadores devem possuir uma conta poupança para saúde (HSA) associada a um plano com franquia (HDHP) desde 1998. Lá, a medida foi adotada para aumentar a proporção de indivíduos segurados, proteger os indivíduos de situações inesperadas que exijam elevadas despesas médicas e, principalmente, aumentar a concorrência de preços e a qualidade no atendimento primário à saúde. 

A África do Sul é o único dos três países onde a conta poupança para saúde e os planos de franquia anual não são obrigatórios. Lá, HSA e HDHP foram adotados em 1994 com o objetivo de conter a escalada de gastos com saúde. Assim como acontece nos Estados Unidos, há incentivos ficais para manter uma conta poupança para saúde e, geralmente, não há franquia para medicamentos e atendimentos hospitalares relacionados à doenças crônicas. O maior diferencial na África do Sul é que as contas poupança são geridas diretamente pelas seguradoras e os recursos ficam aplicados no mercado de capitais.