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Outubro 2018
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Divulgada esta semana, a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apontou que o total de beneficiários de planos médico-hospitalares registrou ligeira variação positiva de 0,1% entre julho deste ano e o mesmo mês de 2017, o que representa 55,1 mil novos vínculos firmados nesse período. O desempenho está diretamente relacionado com o aumento dos planos coletivos empresariais em um momento em que o saldo de vagas com carteira assinada começa a apresentar crescimento.

Aparecendo nas últimas edições do boletim como um contraponto ao segmento médico-hospitalar, os planos exclusivamente odontológicos seguem em ritmo acelerado de crescimento. No período compreendido entre julho de 2017 e o mesmo mês desse ano, o setor ampliou em 1,45 milhão o número de beneficiários, representando um avanço de 6,6% no total do país. 

Vale destacar que todas as regiões do país tiveram crescimento acima de 6%. O melhor desempenho foi registrado no Centro-Oeste, com variação de 7,6%, seguido da região Sul, com crescimento de 6,9%. As regiões Sudeste, Norte e Nordeste apresentaram avanço de 6,8%, 6,5% e 6,4% respectivamente. 

Já em números absolutos, o Sudeste continua como o grande destaque no País. Os mais de 885 mil novos vínculos foram puxados pela performance de São Paulo, Estado com 461.824 beneficiários no período de 12 meses encerrado em julho, seguido pelo Rio de Janeiro, com 263.794.

Importante lembrar que mesmo Estados com menor crescimento em números absolutos, mostram grandes variações proporcionais. Nesse sentido, o Acre tem grande relevância na nova edição do boletim: os 1.709 novos beneficiários representam o maior avanço registrado no país, de 13,7%. 

Ou seja, a NAB mostra que, embora já venha apresentando taxas relevantes de crescimento já há algum tempo, o segmento de planos exclusivamente odontológicos ainda tem muito o que se desenvolver no país. Mesmo com custos mais “atraentes” e maior facilidade de acesso por parte da população quando comparado com os planos de saúde médico-hospitalares, a taxa de cobertura ainda é menos da metade da outra modalidade de assistência: 11,2% contra 22,6%.

Há muita margem para amadurecimento deste setor e os desafios para a garantia da boa saúde bucal no país ainda são grandes, mas o boletim mostra que a preocupação com o sorriso saudável tem crescido entre os brasileiros.

Julho 2018
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Publicado nesta semana na Revista Apólice, o artigo “Os dois lados da moeda dos planos de saúde”, de autoria de Roberto Parenzi, sócio Diretor da Capitólio Consulting, faz uma importante reflexão acerca das latentes discussões no setor de saúde suplementar nos últimos meses.

Para tanto, o autor retoma uma entrevista concedida no início dos anos 2000 em que afirma que “trata-se de um sistema em absoluto desequilíbrio, representado por uma mesa de 4 pés, cada um de um tamanho”.

Para exemplificar sua opinião, reforça números importantes do setor, como de sinistralidade, fraudes e desperdícios, judicialização e outras questões. Para se ter uma ideia, nesse último tema, o artigo aponta que o gasto das operadoras com ações judiciais atingiu R$ 1,2 bilhão em 2015, sendo que 25% desse valor foi de procedimentos não cobertos.

No que tange aos desperdícios na cadeia, Parenzi utilizou de publicação aqui do Blog em que mostramos como a ineficiência em diferentes áreas impacta diretamente o segmento, seja por meio de eventos adversos, exames duplicados, não retirados ou ainda no excesso de equipamentos e dispositivos médicos ou da superutilização de diferentes procedimentos. 

Como conclusão do artigo, o autor defende outra de nossas bandeiras: a transparência entre os diferentes agentes do setor e da sociedade, como consumidor, prestadores de serviços, imprensa e Judiciário. Todas essas esferas apontadas por Parenzi vão ao encontro da nossa atuação ao longo desses 11 anos de trabalho em prol do aperfeiçoamento do setor, municiando de informações os diferentes elos e tomadores de decisão no setor e na sociedade. 

De um lado, estas atividades favorecem a criação de ferramentas para garantir a sustentabilidade do setor. De outro, amplia também a visibilidade e o acesso dos diferentes públicos à informação e, sobretudo, à reflexão sobre ela. A agenda não poderia ser outra: estimular o debate sobre a saúde no país e fomentar a criação de mecanismos, políticas e instrumentos para a melhoria da saúde, ampliando a transparência para avançar em qualidade e competitividade.

Janeiro 2017
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Ao longo da última semana, com a divulgação do total de beneficiários que deixaram os planos de saúde em 2016, na NAB, temos visto, nas redes sociais e em diversos sites e jornais, surgir a tese de que os planos mais acessíveis ou “populares” propostos pelo Ministério da Saúde seriam uma solução para “conter a debandada dos planos de saúde”.

É muito importante entender duas coisas: primeiro, não há “debandada”; depois, os planos mais acessíveis não são nem serão solução para que beneficiários não rompam o vínculo com a operadora, principalmente porque não foram pensados com esse objetivo.

Os planos “populares”, conforme já falamos aqui, são uma boa ideia que pode colaborar para que mais brasileiros alcancem o sonho de ter um plano de saúde; que, aliás, é o terceiro maior desejo do brasileiro. Contudo, é importante destacar que esses planos teriam outras características e cobertura mais restrita em relação aos planos vendidos hoje no mercado, não podendo ser considerados substitutos destes.

Uma das diferenças fundamentais é que os planos populares devem estimular a contratação de planos individuais, enquanto o mercado hoje está vivenciando, principalmente e como já apontamos anteriormente, a perda de vínculos coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores). Ou seja, enquanto a economia brasileira não se restabelecer minimamente e o saldo de trabalhadores com carteira assinada não para de apresentar quedas nos níveis atuais, devemos continuar a registrar reduções no total de planos de saúde. 

Claro que a proposta de planos mais acessíveis, que nós apoiamos, é uma novidade no mercado brasileiro e, se for aprovada, poderá motivar alguns movimentos interessantes no mercado de saúde, inclusive com a migração de alguns planos do padrão atual para o novo modelo. Contudo, ainda é muito cedo para tentar prever quais serão esses movimentos e suas consequências para o mercado.

Nós continuaremos acompanhando todos os desdobramentos do setor.