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Maio 2018
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Não é de hoje que falamos sobre a necessidade de uma migração cada vez maior do setor de saúde para a era digital. Mesmo com ambientes, procedimentos e relações cada vez mais tecnológicas, o setor de saúde (tanto pública quanto privada) continua analógico. Por mais que a tendência de utilização dos recursos de Tecnologia da Informação (TI) nos diferentes segmentos seja realidade, a eHealth, Internet das Coisas e outras modalidades ainda engatinham no segmento.

Já reforçamos acerca dessa necessidade lá em 2016 com o TD “Prontuário Eletrônico do Paciente e os benefícios para o avanço da saúde”. Por mais que haja uma série de iniciativas, o uso do prontuário eletrônico ainda é acanhado no país e os dados são pouco compartilhados entre médicos, instituições de saúde (como clínicas e hospitais), pacientes e outros envolvidos na cadeia. A ampliação dessa prática representaria ganho de eficiência na gestão, menos desperdícios e maior qualidade na assistência.

Claro que a adoção dos diferentes processos passa por uma série de fatores e preocupações. A principal diz respeito à segurança das informações do paciente e instituições. Como apontou o relatório “Building the Hospital of 2030”, 89% das organizações de saúde que adotaram estratégias da Internet das Coisas sofreram algum tipo de violação das informações.  

Exatamente nesse sentido é que se faz necessário o investimento em Certificação Digital na área da saúde, conforme artigo divulgado por Julio Cosentino, presidente da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD). Segundo o texto, o Prontuário Eletrônico do Paciente amplia o caráter de sustentabilidade, já que elimina o uso de papel. “Todas as assinaturas são possíveis em meio eletrônico, assim como anotações e apontamentos, com todo o valor jurídico e segurança”, diz o especialista. 

Segundo determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa lançada em 2016, laboratórios de análises clínicas devem utilizar o Certificado Digital para a assinatura de laudos emitidos pela internet. A norma busca garantir a integridade e autenticidade do documento. Em um cenário em que a segurança dos dados de pacientes e instituições é fundamental para a maior disseminação do uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), o uso da certificação pode ser um passo primordial para seu uso em larga escala e a consequente melhoria da eficiência operacional.

O autor defende que, em um cenário de envelhecimento da população e no natural crescimento demográfico, é necessário garantir mais celeridade nas diferentes formas de assistência ao paciente, otimizando o tempo dos profissionais e os espaços físicos disponíveis. “Pode-se controlar estoques de medicamentos, disponibilidade de vagas, agendamentos de consultas, escalas médicas, carga horária dos profissionais

Abril 2018
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Não há como negar a facilidade e comodidade que os avanços tecnológicos trazem em nossa rotina. Como reforçamos em diferentes situações, a correta utilização da tecnologia pode auxiliar nos serviços de saúde para diferentes necessidades, seja facilitando o acesso do paciente, melhorando a comunicação entre todos os elos da cadeia e outras aplicações.  No entanto, a saúde no Brasil ainda continua sendo analógica, mesmo em um mundo cada vez mais digital.

Uma nova pesquisa mostra que, em 10 anos, as interações médicas serão cada vez mais com o uso de câmeras, sensores e dispositivos robóticos, já que as organizações de saúde em todo o mundo estão modernizando os diferentes serviços para a chamada “Internet das Coisas” (IoT).

O relatório “Building the Hospital of 2030” foi produzido pela Aruba, empresa especializada em soluções digitais, e é resultado de uma série de entrevistas realizadas com especialistas e líderes do setor. Para eles, é importante que se crie ambientes de saúde mais inteligentes, com incorporação de tecnologias móveis e de nuvem, melhorando o atendimento e transformando a experiência do paciente.

Uma das previsões do estudo é exatamente sobre a integração dos dados, como já mostramos aqui. Com maior quantidade de informações e condições do tratamento, os profissionais conseguem ter avaliações mais precisas da saúde do paciente em tempo real para auxiliar na tomada de decisão. 

No entanto, a segurança das informações do paciente e instituições ainda é uma preocupação. O relatório mostra que 89% das organizações de saúde que adotaram estratégias da Internet das Coisas sofreram algum tipo de violação das informações.  Neste sentido, fica o alerta e a lição de casa: com o aumento dos dispositivos tecnológicos nos próximos anos, um dos principais desafios é a visibilidade e confidencialidade da segurança desses dados. Sendo assim, é fundamental a implementação de ferramentas para proteger a privacidade do paciente.

Novembro 2016
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acaba de normatizar a compra de planos de saúde por plataformas digitais (internet, tablets e smartphones). Estivemos, nos últimos meses, acompanhando algumas das discussões públicas que o órgão regulador desenvolveu a respeito do tema. Em termo efetivos, houve algum espaço para discussões do setor e não há dúvidas de que essa iniciativa é bem-vinda.

Em resumo, antes de finalizar a contratação, o contratante receberá informações do produto e registro na ANS; tipo de contratação; segmentação assistencial; área geográfica de abrangência do plano; área de atuação; padrão de acomodação em internação; formação do preço; e serviços e coberturas adicionais. A regra prevê que o consumidor deverá preencher suas informações e encaminhar a documentação. A operadora deverá, no prazo máximo de 25 dias corridos (contados a partir da data de envio das informações necessárias), concluir o processo de contratação e disponibilizar as opções de pagamento e, se houver necessidade de perícia ou de entrevista qualificada, a operadora deverá oferecer ao consumidor no mínimo três opções de data e horário, dentro do prazo de 25 dias corridos. Outros detalhamentos foram estabelecidos de forma a resguardar o consumidor e também as operadoras.

Esse avanço deve, na nossa visão, ser acompanhado por outras inovações no campo digital. A começar pela expansão de oferta de produtos, especialmente por meio da adoção de franquias e coparticipação. Especificamente no campo empresarial, temos mostrado importantes experiências internacionais, extremamente positivas, nos planos de saúde com contas de poupança e franquias anuais.

A venda online de planos de saúde é um importante instrumento para empoderar o consumidor/beneficiário. Mas é insuficiente. Temos apontado, nesse espaço, a necessidade de o País avançar – e a ANS pode ser um elemento importante nesse processo – na construção e divulgação de indicadores de qualidade de prestadores de serviços, especialmente para hospitais, mas também pode ser estendido para clínicas e laboratórios.

Da mesma forma, seria uma oportunidade muito interessante, a partir da adoção de novos planos de coparticipação e franquias, que o beneficiário pudesse comparar, no ambiente virtual, os valores cobrados pelos prestadores, permitindo a comparação. O poder de comparação gerado pelas informações de custos por uso, rankings de qualidade e aquisição online dos planos de saúde se tornariam um conjunto poderoso de transparência da cadeia produtiva da saúde, geraria maior equilíbrio nas relações, busca por uma precificação mais justa e, obviamente, maior competição entre os agentes, algo que os consumidores certamente vão aprovar. Logo, as iniciativas de venda online podem ser o início de uma agenda mais ampla de transparência e comparabilidade no setor.