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Abril 2016
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A adoção de novas tecnologias em saúde e como encarar seus custos são um desafio que o mundo tem se organizado para enfrentar. Há, entre os países desenvolvidos, a busca por melhores métodos de classificação e categorização, além de regulação dos produtos que entram no mercado, afim de garantir que sejam seguros e eficientes. Esse é um modelo que o Brasil deve se inspirar, cada vez mais.

A análise é do médico Dr. Sam Rossolimos, membro do American College of Healthcare Executives, expressa durante palestra no Seminário Internacional "OPMEs: Análise setorial e adoção de boas práticas", realizado pelo IESS, em 2015.

Rossolimos observa que a reforma em curso no setor de saúde dos Estados Unidos tem como objetivo melhorar os resultados do paciente e reduzir os custos do serviço por meio da lei de proteção e cuidado ao paciente. Dentre as práticas, exige-se evidência científica nas práticas da Medicina e para tomada de decisões nas políticas de saúde.

Há, inclusive, um grupo de representantes de atividades reguladoras nos Estados Unidos, União Europeia, Austrália e Canadá, chamado “Força Tarefa de Harmonização Global”, que trabalha para homogeneizar os regulamentos para medical devices e melhorar a segurança, eficácia e qualidade desses dispositivos por meio de diretrizes que já começam a ser adotadas por muitos países.

A palavra de ordem é transparência. Rossolimos deixa clara a importância dos relatórios de transparência financeira e leis como o Sunshine Act dos Estados Unidos e França, que exigem relatórios dos fabricantes de medicamentos e dispositivos médicos sobre pagamentos a profissionais da saúde e hospitais, garantindo que não aconteçam conflitos de interesses.

Assista a apresentação completa do Dr. Rossolimos:

Abril 2016
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Em um mundo cada vez mais digital, o setor de saúde (tanto pública quanto privada) segue sendo analógico. A utilização cada vez mais frequente de Tecnologia da Informação (TI) nos mais diversos segmentos não é tendência, mas realidade. Na saúde, contudo, o emprego de TI ainda está engatinhando e a chamada eHealth é apenas especulação sobre o futuro.

Uma pesquisa feita pela CIOnet, a maior comunidade de executivos do setor de tecnologia da Europa, aponta que a eHealth deve se tornar realidade nos próximos 10 anos, atingindo 75% dos pacientes e profissionais de saúde ao redor do mundo. 

A mudança seria bem-vinda. Hoje, mesmo o prontuário dos pacientes continua sendo arquivado em papel. E quando o registro é eletrônico, os dados não são compartilhados entre médicos e pacientes, muito menos entre instituições de saúde (como clinicas e hospitais). O que evitaria gastos adicionais com exames já realizados, por exemplo, e resultaria em ganhos de eficiência na gestão de processos, na contenção de desperdícios e, mais importante, na qualidade do atendimento ao paciente.

A adoção de um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), importante passo para a incorporação de TI na saúde, já foi analisada pelo IESS. Segundo o TD “Prontuário Eletrônico do Paciente e os benefícios para o avanço da saúde”, a criação do Cartão Nacional de Saúde pelo Ministério da Saúde brasileiro é a iniciativa que mais se aproxima da implementação de um registro eletrônico nacional para usuários do Sistema Único de Saúde. Em São Paulo, o governo do Estado investiu R$ 56 milhões para que os pacientes pudessem ter acesso aos exames clínicos e laboratoriais via internet, um primeiro passo de uma longa jornada para a implementação plena de um sistema mais amplo. No Brasil, entre 5% e 9% dos hospitais já adotam o PEP desde 2010, mas o utilizam de forma isolada, sem comunicação entre os diversos elos da cadeia de saúde. A troca de informações entre estabelecimentos, no entanto, ainda é insuficiente para integrar o atendimento aos pacientes.

Nos EUA, por exemplo, a implementação do PEP a nível nacional tem sido considerada como política de governo desde 2011 e o investimento já chega a US$ 20 bilhões. O sistema norte-americano detém as seguintes informações: de consultas do paciente (dados da enfermidade e medicação receitada), informações para os medicamentos e gestão de resultado de exames. Como resultado, de 2001 a 2013, aumentou de 18% para 78% o total de médicos norte-americanos que utilizam algum tipo de PEP em seus consultórios.

O TD lista as vantagens e desvantagens da implementação do Prontuário:

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