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Setembro 2017
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Quando tratamos de saúde, descobrimos, infelizmente, que erros acontecem, assim como em qualquer outra área. Já destacamos, aqui no Blog, o estudo "Erros acontecem: A força da transparência no enfrentamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados", apontando que a cada três minutos, mais de dois brasileiros (2,47, exatamente) morrem em um hospital do sistema público ou privado em consequência de um evento adverso.

No mesmo estudo, apontamos que a partir de 2008, o CMS – órgão responsável pela administração do Medicare e Medicaid nos Estados Unidos – vetou o pagamento aos prestadores de serviço de saúde onde ocorreram eventos adversos que levaram a certas condições após a admissão na internação. As condições adversas que o CMS verificou nesses hospitais são: lesão por pressão, quedas e traumas, infecção associada à sonda vesical e infecção de corrente sanguínea associada à cateter venoso central.

Um levantamento recente, aferido pelo Castlight Health’s Analysis com base nos dados do The Leapfrog Group – instituição que já apresentamos aqui no Blog – demonstra que essa medida está gerando resultados. Apesar de apenas 35% dos mais de 1.800 hospitais avaliados terem alcançado a meta de nenhum caso de lesão por pressão em decorrência de eventos adversos, os números apontam uma redução entre 16% e 20% no total dos casos adquiridos após a entrada em hospital entre 2013 e 2016. 

Dados do The Leapfrog Group ainda indicam que casos de iatrogenia acontecem em uma a cada seis admissões hospitalares e matam pelo menos 500 pessoas por dia nos Estados Unidos.

Os resultados nos mostram, claramente, duas coisas. Primeiro, que precisamos urgentemente mudar nosso modelo de remuneração por outro que permita punir desperdícios, ao invés de remunerá-los; não só para reduzirmos custos desnecessários, mas também para servir de ferramenta de incentivo à melhora na qualidade assistencial. E segundo, que já passou da hora de criarmos ferramentas de coleta, análise e divulgação de dados de qualidade assistencial e segurança do paciente. Enquanto não dermos esses passos, vamos continuar a operar no escuro. 

Agosto 2017
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Enquanto os planos médico-hospitalares continuam a enfrentar dificuldades, como apresentamos na última sexta-feira (18/8) aqui no Blog, os planos exclusivamente odontológicos prosseguem crescendo. 

Nos 12 meses encerrados em julho deste ano, o setor avançou 7,6%. O que significa 1,6 milhão de novos vínculos. Com isso, o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos chegou a 22,6 milhões, de acordo com a última edição da NAB.

Considerando esses planos, São Paulo é o Estado com o maior número de novos vínculos: 728,3 mil. Alta de 10%. Proporcionalmente, contudo, há estados que apresentaram resultados ainda melhores, como Pernambuco, que registrou alta de 14,1% no total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos. O que representa 110,9 mil novos beneficiários. 

Mas esses e outros números regionais são assunto para os posts dos próximos dias.

Agosto 2017
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Nos últimos dias, apresentamos dois modelos de pagamento prospectivo que poderiam funcionar como alternativa para o fee-for-service (FFS), atualmente empregado no Brasil: o DRG e o Bundled Payment. Mas estas não são as únicas alternativas.

Outro modelo bastante interessante é o Pay for Performance (P4P) ou pagamento por performance. Um modelo que, como o próprio nome sugere, remunera médicos, hospitais, grupos médicos e outros profissionais e prestadores de serviços de saúde de acordo com seu desempenho, premiando esses servidores ao alcançarem certas metas de qualidade e eficiência e penalizando-os por resultados de saúde ruins, como erros médicos ou aumento de custos que não gerem melhorias no atendimento ou tratamento dos pacientes, por exemplo.

Um dos pontos fortes desse modelo é, justamente, incentivar a busca pelo melhor desfecho clínico. Por outro lado, no Brasil, o modelo enfrentaria a falta de indicadores de qualidade e transparência no serviço prestado tanto por profissionais de saúde quanto por hospitais, como já temos apontado aqui no Blog.  Além disso, experiências internacionais sugerem que algumas prática ruins podem surgir com a implantação desse modelo, como profissionais de saúde evitarem atender casos mais graves ou de alto risco, já que resultados negativos podem ser punidos financeiramente.

Nos próximos dias iremos apresentar mais dois modelos de pagamento prospectivo, Captation e Global budget.