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Agosto 2021
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Em um ano marcado pela pandemia do novo Coronavírus, o comportamento dos beneficiários e não beneficiários de planos médico-hospitalares sofreu mudanças impostas pelo isolamento social e pelas ações destinadas a conter a doença. Diante desse cenário, o IESS preparou um novo texto para discussão para entender como a Covid e seus diversos sintomas impactaram nos brasileiros.

O documento traz informações sociodemográficas que ajudam a entender como a doença agiu em diferentes recortes. Com base nos microdados da Pnad Covid-19 do IBGE, o estudo traz dados como escolaridade e faixa etária e aponta quais os sintomas que mais foram alvos de queixas pelos entrevistados. Outro dado que você encontra no TD83 são os testes mais comuns realizados em todo o país. Quem acessar o relatório ainda encontra levantamento das comorbidades mais comuns entre beneficiários e não beneficiários. Abordaremos a seguir alguns destaques.  

Dentre os dados apresentados referente à população beneficiária de plano de saúde particular, de empresa ou de órgão público (58 milhões), em novembro de 2020, 317 mil relataram ter tido algum sintoma de gripe que pudesse estar relacionado à Covid-19, 256 mil disseram ter perdido o paladar ou o olfato e 15 milhões de beneficiários tinham alguma comorbidade.

Observou-se ainda que no período de maio a novembro de 2020, quanto maior o nível de escolaridade, maior o percentual de pessoas que realizaram testes para detecção do Coronavírus. Esse dado foi observado independentemente se a pessoa tem ou não plano de saúde. Para o total da população, essa relação foi de 7,3% entre os “sem instrução ou fundamental incompleto”, 17% entre os com “médio completo e superior incompleto” e 28% entre os com “superior completo ou pós-graduação”.

 

Entre faixas etárias, o grupo com maior percentual de testes foram os de 30 a 39 anos (19%), seguido de 40 a 49 (19%) e 50 a 59 (16%). Daqueles que possuem plano de saúde, 13 milhões disseram ter feito o teste para saber se estavam infectadas pelo vírus. O tipo mais realizado foi o SWAB, em que o material para análise é colhido direto no nariz: 6,7 milhões com 1,8 milhão de resultado positivo (26%). O segundo teste mais realizado foi o exame de sangue com furo no dedo: foram 4,8 milhões de beneficiários testados e 635 mil positivos (13%), seguido do exame de sangue através da veia do braço, com 3,9 milhões de exames e 829 mil positivos (21%).

tabela 1

 

tabela 2

 

tabela 3

Clique AQUI para acessar o TD83 - Mapeamento da situação de saúde dos beneficiários de planos de assistência médica no Brasil: microdados da PNAD Covid-19 de novembro de 2020.

Agosto 2019
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A região Sul foi a única que registrou recuo do total de beneficiários de planos médico-hospitalares de acordo com a última edição da NAB, que divulgamos esta semana. No total, a região teve 19,7 mil vínculos rompidos entre junho de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, retração de 0,3%. No Brasil, como já mostramos aqui, o total de beneficiários destes planos cresceu 0,2%, o que equivale a 108,1 mil novos vínculos. 

O resultado negativo da região Sul foi puxado pelos números do Rio Grande do Sul, que teve 30,1 mil vínculos rompidos no período analisado, a maior retração no País. Com a redução de 1,1%, o Estado passa a contar com 2,6 milhões de beneficiários. Santa Catarina também registrou queda. Foram 1,3 mil beneficiários que deixaram os planos médico-hospitalares, um recuo de 0,1%. No total 1,5 milhão de beneficiários são atendidos pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) no Estado. Já o Paraná seguiu em outra direção e teve incremento de 0,4% no total de vínculos, o que equivale a 11,6 mil novos beneficiários. 

No Sudeste do Brasil, o mercado permaneceu praticamente estável, com ligeira alta de 0,1% ou acréscimo de 37,2 mil vínculos. Sendo que São Paulo e Espírito Santo tiveram resultados positivos, com incremento de 64,6 mil e 11,9 mil beneficiários, respectivamente. Já Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram rompimento de 33,7 mil e 5,5 mil vínculos, também respectivamente. 

Nas demais regiões do País, o aumento de beneficiários foi de 11,7 mil no Nordeste (+0,2%); mais 6,9 mil, no Norte (+0,4%); e outros 69,7 mil, no Centro-Oeste (2,2%). 

Dentro da região Centro-Oeste, que teve o incremento mais expressivo de beneficiários em termos de variação porcentual, os números do Distrito Federal e de Goiás se destacam. No Distrito Federal, 27,5 mil novos vínculos foram firmados. O que fez o total de beneficiários avançar de 873,1 mil, em junho de 2018, para 900,6 mil em junho de 2019. Alta de 3,2%. 

Já em Goiás, a alta foi proporcionalmente menor, de 2,8%, mas em números absolutos o resultado é mais expressivo. O total de vínculos no Estado subiu de 1,11 milhão para 1,14 milhão no período. Ou seja, 30,7 mil novos beneficiários. Isso significa que essas pessoas realizaram o sonho de ter um plano se saúde, que, conforme mostramos na Pesquisa IESS/Ibope, já analisada aqui, é o terceiro maior desejo de consumo da população sem plano de saúde. 

Os dados sobre total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos (que não abordamos hoje) podem ser vistos em detalhes no IESSdata

Abril 2019
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O que se esperar dos setores de saúde para os próximos anos? A pergunta é complexa e impacta diretamente nas ações e políticas da saúde suplementar desde já. É exatamente buscando auxiliar no desenvolvimento do segmento que realizamos diferentes estudos e publicações que trazem uma luz acerca do futuro. 

Nesse sentido, a “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar” que divulgamos recentemente mostra que as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030, o que representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017 e acende uma luz de alerta. 

Impacto de novas tecnologias, crescimento populacional e a mudança na composição etária da sociedade brasileira, aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). São vários os fatores que irão impactar na Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH). 

Com isso em mente, temos falado constantemente sobre a necessidade de ampliação da promoção de saúde e prevenção de doenças, seja por meio de programas dentro das próprias empresas (LINK - https://www.iess.org.br/?p=blog&id=887), avanço de ações voltadas para a Atenção Primária à Saúde (APS) ou ainda mudança para melhoria da transparência do setor e combate às fraudes e desperdícios

Artigo publicado recentemente na Época NEGÓCIOS também apresenta essas preocupações. Fabiana Salles, fundadora de uma consultoria de benefícios, mostra que é necessário olhar para o futuro e tomar medidas para frear esses problemas. “Se antecipar aos episódios de doenças (principalmente as crônicas e de alto custo) para promover qualidade de vida e bem-estar por meio da orientação quanto à melhor utilização do plano de saúde e evitar situações extremas”, aponta.  

“A gestão dos custos, então, passa por conhecimento, pela personalização e pela medicina de precisão. Mas, o sucesso do assunto obrigatoriamente precisa contemplar a experiência do paciente, que é o coração da mudança que a inteligência orienta”.  

Para a especialista, a ciência de dados permite maior previsibilidade e gestão dos recursos por meio da personalização do cuidado e pela medicina de precisão. Lembra, portanto que é necessário o acompanhamento da trajetória do paciente para buscar padrões que destoem do movimento natural e orientar beneficiários, empresas contratantes e operadoras de saúde. Para tanto, a tecnologia é, de fato, de grande importância para todo o processo, mas é necessária uma mudança em conjunto para garantir a sustentabilidade dos serviços em saúde. 

Confira o artigo na íntegra