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Fevereiro 2019
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A realização de cesárea em detrimento do parto natural é um tema ainda bastante controverso. Como já indicamos aqui no Blog, há estudos que apontam que o risco de morte materna pós-parto é três vezes maior em cesarianas do que em outras modalidades de parto, sendo que os principais riscos são morte por hemorragia e complicações na anestesia. 

Por outro lado, o procedimento pode ser extremamente útil e indicado, por exemplo, quando se constata que o cordão umbilical está enrolado no pescoço do bebê ou em outras situações. Por isso, acreditamos que cada caso deva ser analisado separadamente e a decisão deve ser tomada em conjunto pela paciente e seu médico de confiança.  

Há, contudo, trabalhos que destacam a necessidade de campanhas de conscientização sobre os riscos e vantagens de um procedimento e de outro além da relação médico/paciente, uma vez que há uma relação direta entre os ganhos financeiros dos profissionais e a escolha pela realização de cesáreas. É o que revela o estudo "Impacto do Seguro privado de saúde sobre o sistema público de saúde: o caso dos partos cesarianas”, publicado na mais nova edição do Boletim Científico

O trabalho analisou 58,6 mil partos na França e concluiu que há mais probabilidade de parto natural na rede pública, em que o médico recebe um salário fixo e não por procedimento. Já na rede privada, em que os prestadores de serviço são remunerados por volume de atendimento, a probabilidade de parto cesáreo aumenta em 7,6 pontos porcentuais. 

Veja esse e outros artigos na última edição do Boletim Científico

Maio 2018
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Nos últimos anos, são notórios os diferentes avanços alcançados na investigação da saúde durante o período de gravidez que levaram ao conhecimento das características que provocam o problema e representaram diminuição da mortalidade materna.

Este, contudo, ainda é um desafio dos diferentes sistemas de saúde em todo o mundo. Exatamente por isso, o dia 28 de maio foi a data escolhida para a conscientização da redução da mortalidade materna. A data busca promover o debate em todo o país sobre a importância dos cuidados para a saúde da mulher e fortalecer a necessidade de políticas que garantam as melhores condições médicas para as gestantes.

Mesmo com diversos problemas, o Brasil tem motivos para celebrar os resultados quanto ao tema.  Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o país reduziu o índice de mortes em 63% entre 1990 e 2015. O número representa que a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos para 44 mães por 100 mil nascidos vivos no período analisado. 

Nós já lembramos, em diferentes momentos, sobre a importância da prevenção aqui no Blog. Seja com anseio de ampliar a conscientização sobre o tema ou ainda destacando boas ações internacionais, como a estratégia para redução do problema por parte do governo das Filipinas com a ampliação dos subsídios oferecidos para aquisição de planos de saúde. 

E nacionais, como a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) para garantir a segurança do bebê por meio de norma que estabelece que os partos cesarianos sejam realizados apenas a partir da 39ª semana de gestação. Ou ainda o programa Parto Adequado, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que busca aumentar a participação das operadoras de planos de saúde na promoção desse procedimento.

Estudo divulgado no Boletim Científico do IESS mostrou que o risco de morte materna pós-parto é três vezes maior em cesarianas quando comparado a outras modalidades de parto. Os principais riscos relacionados ao procedimento são morte por hemorragia pós-parto e complicações na anestesia.

As diferentes ações buscam mudar o paradigma entre pacientes, profissionais de saúde e instituições com a revisão de diferentes protocolos. É importante reforçar que o debate do tema nas diferentes esferas é fundamental para que todos tenham condições de adotar as práticas mais seguras na redução de riscos tanto ao longo da gravidez, no parto ou logo após o nascimento da criança.

Claro que cada caso tem suas especificidades e o que deve prevalecer é a decisão tomada entre a mãe e o médico, sempre visando a segurança ao longo de todo o período.