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NAB
Julho 2025
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O perfil etário da saúde suplementar está se transformando, com crescimento mais acentuado entre adultos de meia-idade e idosos, enquanto o número de beneficiários infantis diminui — movimento que expressa o processo de envelhecimento da população brasileira.

 

Dados da 107ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostram que, somadas, as faixas etárias a partir de 65 anos registraram um crescimento de aproximadamente 142 mil beneficiários em um ano, na base comparativa de maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, foi verificada uma redução de beneficiários nos primeiros anos de vida: entre os beneficiários de 0 a até 4 anos de idade, houve uma queda de cerca de 99 mil vínculos. Os resultados reforçam a tendência de envelhecimento da base da saúde suplementar.

 

Clique aqui e acesse a íntegra da NAB.

 

O maior crescimento em maio de 2025 ante maio de 2024 ocorreu nas faixas de 45 a 49 anos (7%, equivalendo a 274,9 mil vínculos), 60 a 64 anos (2,7%, ou 59,3 mil beneficiários), 75 a 79 anos (4,3%, alta de 43,9 mil vínculos) e 80 anos ou mais (2,9%, ou 40,1 mil pessoas). Em contrapartida, houve queda entre crianças: até 1 ano, redução de 4,2%, ou 23,7 mil vínculos; de 1 a 4 anos, a diminuição foi de 2,8%, equivalendo a 75,7 mil beneficiários.

 

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o comportamento das carteiras de beneficiários expressa a transformação demográfica em curso no Brasil. “É importante destacar que esse crescimento nas faixas etárias mais avançadas significa a combinação entre novos beneficiários e a migração etária dos próprios beneficiários dentro das carteiras ao longo do tempo”, explica. “A cada ano um conjunto de peoas muda de faixa etária. O aumento no número e na proporção de idosos (60 ou mais anos) se deve na maior parte ao conjunto de beneficiários que completou 60 anos. A esse conjunto deve-se somar as novas contratações por pessoas idosas e subtrair as que deixaram os planos (a maioria por falecimento). Tudo isso é o reflexo do aumento da longevidade e da permanência no sistema”, analisa Cechin.

 

Ele acrescenta que a mudança em curso exige atenção do sistema de saúde suplementar para se adequar às necessidades de atendimento e promoção de saúde desse perfil de beneficiários. E significa, também, a compreensão dos beneficiários sobre a responsabilidade de cuidar da saúde ao longo da vida, para avançar na idade com saúde e reduzir o período final de vida com incapacidades.

 

“Viver mais é uma vitória da humanidade e da ciência. Mas é fundamental que esse ganho em anos de vida venha acompanhado de saúde e autonomia, até o mais próximo possível do falecimento. Isso exige cuidar da saúde desde cedo, ao longo de toda a vida”, pondera.

 

Mercado

 

O relatório do IESS indica que o setor manteve crescimento no número total de beneficiários. Em 12 meses, os planos médico-hospitalares somaram 52,6 milhões de vínculos em maio de 2025, alta de 2,2%, equivalente a 1,1 milhão de novos beneficiários em relação ao mesmo mês do ano anterior. Somente no último trimestre ante o anterior, o avanço foi de 1,1%, com acréscimo de 583,4 mil vínculos.

 

Esse desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo aumento dos planos coletivos empresariais, que cresceram 4,2% no ano (1,6 milhão de beneficiários), atingindo 38,1 milhões de vínculos. Eles representam 72% do total de contratos médico-hospitalares e foram a única modalidade a apresentar crescimento consistente em praticamente todas as faixas etárias.

 

A expansão dessa modalidade acompanha o avanço do emprego formal no país. Segundo o Novo Caged, o Brasil gerou 1,6 milhão de postos de trabalho com carteira assinada entre maio de 2024 e maio de 2025 – alta de 3,5%, passando de 46,6 para 48,3 milhões de celetistas. Portanto, há uma correlação entre emprego formal e acesso à saúde suplementar.

 

Na contramão, os planos coletivos por adesão apresentaram queda de 4,4% em 12 meses, o que significa 269 mil vínculos a menos, passando de 6,1 milhões para 5,8 milhões de beneficiários. A retração foi generalizada e atingiu todas as faixas etárias.

 

Já os planos individuais ou familiares registraram retração de 1,6% no ano, o que representa perda de 143,7 mil vínculos, totalizando 8,6 milhões de beneficiários em maio de 2025. Nesse grupo, chama a atenção, novamente, o crescimento entre os idosos, com alta de 4,2% (cerca de 28,5 mil vínculos) para a faixa de 80 anos ou mais.

 

Segundo José Cechin, essa expansão entre os mais velhos em planos individuais também reflete uma movimentação de mercado, especialmente nas grandes cidades. “Temos observado um esforço comercial de operadoras que passaram a ofertar planos voltados à população idosa, sobretudo nas capitais. Trata-se de um nicho de mercado que está sendo atendido com maior intencionalidade”, observa.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Jander Ramon

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Julho 2025
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São Paulo, 18 de julho de 2025 – Estão abertas as inscrições para a 15ª edição do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, principal e mais tradicional iniciativa do gênero no País voltada à valorização de estudos acadêmicos com aplicabilidade no setor. Promovido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o prêmio é voltado a artigos científicos já publicados (ou aceitos para publicação) e trabalhos de conclusão de cursos de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), nas áreas de Economia, Direito e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde.

 

“O Prêmio IESS é um reconhecimento àqueles que se dedicam a produzir conhecimento técnico relevante para os desafios reais do setor. Ao valorizar essas pesquisas, ajudamos a construir um sistema de saúde suplementar mais eficiente, sustentável e inovador”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

As inscrições são gratuitas e poderão ser realizadas até 16 de outubro, exclusivamente pelo site www.iess.org.br, na aba Eventos > Prêmio IESS. Clique aqui e acesse o Regulamento do Prêmio.

 

O primeiro colocado em cada categoria receberá um dispositivo Kindle 16GB, e todos os trabalhos premiados terão ampla divulgação nos canais oficiais do IESS, além de convite para submissão à Revista Brasileira de Saúde Suplementar (RBSS). A comissão julgadora poderá ainda conceder menções honrosas a outros trabalhos de destaque.

 

Entre os temas aceitos, estão: precificação e regulação de planos de saúde, impactos da tecnologia e envelhecimento populacional, sustentabilidade e ESG, governança, judicialização, inteligência artificial, promoção da saúde, gestão de desfechos, qualidade da assistência, entre outros — todos dentro do escopo da saúde suplementar.

 

Os trabalhos devem ter sido produzidos entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de agosto de 2025, e redigidos em língua portuguesa. Cada candidato poderá inscrever apenas um trabalho, e ele deve ser inédito em premiações. A divulgação dos vencedores será feita em dezembro de 2025, durante evento especial promovido pelo IESS.

 

“Ao longo de 15 edições, vimos pesquisas premiadas ganharem destaque em políticas públicas, decisões judiciais e até mesmo na gestão de operadoras. Isso mostra o quanto a ciência pode contribuir com impacto direto para a sociedade”, destaca Cechin.

 

O Prêmio IESS se consolida como a mais relevante iniciativa de estímulo à produção científica aplicada à saúde suplementar, reconhecendo pesquisas que aliam qualidade técnica, relevância prática e inovação.

NAB
Junho 2025
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  • Relatório mostra que 27,6 mi são beneficiárias de planos médico-hospitalares (53% do total de vínculos) 
  • Avanço está ligado ao emprego formal e à valorização do cuidado em faixas etárias mais elevadas 

 

São Paulo, junho de 2025 - O volume total de mulheres na saúde suplementar brasileira atingiu o maior patamar já registrado: 27,6 milhões de beneficiárias em abril de 2025, o equivalente a 53% dos 52,3 milhões de vínculos médico-hospitalares ativos. A informação consta na mais recente edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB nº 106), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A íntegra está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-06/NAB%20106_CAE.pdf

 

A Análise Especial da publicação aponta que o avanço da presença feminina se deve a uma combinação de fatores como recomposição do mercado de trabalho formal, envelhecimento da população, e uma crescente valorização da atenção à saúde em todas as fases da vida. Em comparação com o pico anterior, registrado em 2014, com 26,6 milhões beneficiárias, o número atual representa um acréscimo de 1 milhão de vínculos femininos.

 

“O crescimento mais expressivo nas faixas de 40 a 49 anos e acima de 75 anos revela uma preocupação crescente das mulheres com saúde preventiva e acesso ao sistema privado de saúde”, analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

A análise etária reforça essa tendência. Entre 2020 e 2025, o número de mulheres com planos médico-hospitalares cresceu 9,2%, com destaque para os grupos de 45 a 49 anos (+27,6%), 40 a 44 anos (+21,9%) e 75 a 79 anos (+24,4%). Por outro lado, houve retração entre crianças de 0 a 1 ano (-12,3%) e 1 a 4 anos (-7,8%), indicando desafios na inclusão de públicos mais jovens e como reflexo da migração etária em curso no País.

 

“A saúde suplementar deve enxergar essas informações como um ponto de atenção e garantir estruturas de cuidado preventivo e tratamento adequadas às especificidades da saúde feminina. As mulheres, historicamente, são mais cuidadosas com a saúde do que os homens — e isso deve ser considerado no planejamento dos serviços”, avalia Cechin.

 

Os planos coletivos empresariais continuam sendo o principal canal de acesso das mulheres à saúde suplementar. Em abril de 2025, 69,2% dos vínculos femininos estavam associados a essa modalidade — o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de beneficiárias. A região Sudeste concentra a maior parte desse público: 59,6%, com destaque para o estado de São Paulo, que sozinho concentra 9,7 milhões de mulheres com cobertura médico-hospitalar privada, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com cerca de 3 milhões.

 

“O vínculo formal de trabalho é a base da saúde suplementar no Brasil. Quando há mais mulheres no mercado formal, há mais mulheres com acesso a planos de saúde empresariais”, reforça Cechin.

 

Mercado

 

A NAB também detalha o panorama geral da saúde suplementar. Entre abril de 2024 e abril de 2025, o número total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 1,9%, com 996,8 mil novos vínculos. Já os planos exclusivamente odontológicos apresentaram um avanço ainda mais robusto: 5,9% de crescimento, com 1,9 milhão de novos contratos, totalizando 34,8 milhões de beneficiários.

 

Essa expansão está diretamente associada à recuperação do mercado de trabalho. O estoque de empregos formais no país passou de 46,5 milhões para 48,1 milhões de vínculos celetistas ativos, conforme dados do Novo Caged. Só o setor de serviços gerou 867.204 novos postos com carteira assinada, o maior crescimento absoluto entre os segmentos econômicos.

 

“O comportamento dos planos coletivos empresariais praticamente espelha o movimento do emprego formal. Não é coincidência que, em 12 meses, o número de beneficiários desse tipo de plano tenha crescido 3,9%, com 1,4 milhão de vínculos a mais”, pontua Cechin.

 

A íntegra da NAB nº 106, com gráficos e tabelas por faixa etária, estados, tipo de contratação e evolução por modalidade das operadoras, está disponível no site do IESS: www.iess.org.br

 

Sobre o IESS

 

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Jander Ramon

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Junho 2025
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O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde no Brasil cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2025 ante o último trimestre do ano passado, saindo de 5,15 milhões de vínculos em dezembro de 2024 para 5,18 milhões em março deste ano – o que corresponde a um acréscimo de 34,8 mil postos de trabalho no setor. O resultado foi constatado pela 76ª Edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS) produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e demonstra a “resiliência do setor mesmo diante de um ritmo de crescimento mais moderado”.

 

Na mesma base comparativa, a economia geral cresceu 1,4% no mesmo período, equivalendo a 640,8 mil ocupações. Dessa maneira, o setor de saúde representou 5,4% de todo saldo de novos empregos criados no Brasil no período.

 

Clique aqui e acesse a íntegra do Relatório. A partir dessa edição, o IESS disponibiliza um painel interativo dos dados, que pode ser acessado pelo link: https://public.tableau.com/app/profile/iess/viz/RelatriodeEmprego/RelatriodeEmprego?publish=yes

 

Conforme o relatório, o desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo setor privado, que cresceu 1,1% no período, enquanto o setor público apresentou retração de 1,2%. Centro-Oeste foi a região com maior expansão da cadeia da saúde, alta de 2,1%, enquanto a região Norte teve o pior desempenho, com retração de 1,5%, causada pela expressiva queda de 4,2% nos empregos do setor público.

 

“A cadeia da saúde é um motor importante de geração de empregos no Brasil. Mesmo em um cenário econômico instável, o setor se manteve em crescimento, o que evidencia seu papel essencial e estruturante na base de empregos do País”, avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS.

 

Com 10,8% dos empregos formais do Brasil, a saúde tem papel relevante tanto na economia quanto na coesão social. O relatório mostra, ainda, grandes desigualdades regionais: enquanto o Sudeste concentra 2,59 milhões de vínculos, sua proporção de empregos da saúde em relação à economia local é de 10,7%. Já o Centro-Oeste lidera proporcionalmente, com 12,5%. No Norte, chama a atenção a dependência do setor público: 46% dos vínculos da saúde estão nessa esfera.

 

“A retração no setor público em algumas regiões, especialmente no Norte, é um sinal de alerta. Esse tipo de oscilação impacta diretamente a oferta de serviços de saúde e deve ser monitorado com atenção por gestores e formuladores de políticas públicas”, afirma Cechin.

 

Na saúde suplementar, os prestadores de serviços foram responsáveis por quase 74% dos 170 mil novos empregos formais criados entre março de 2024 e março de 2025, reforçando sua centralidade na prestação de cuidados. O relatório também aponta que o Nordeste teve o maior crescimento relativo no número de vínculos da saúde por 100 mil habitantes, com alta de 8,3%.

 

“A expansão regional do emprego, especialmente no Nordeste, mostra o potencial da interiorização da saúde. Isso reflete um movimento positivo de desconcentração dos serviços e pode contribuir para maior equidade no acesso à assistência”, completa Cechin.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Jander Ramon

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Maio 2025
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Diante do dinamismo do setor de saúde e inserido num cenário de transformações aceleradas, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) dá início à série “Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035”. O projeto tem como objetivo antecipar cenários e tendências do setor de saúde, dentro do comportamento projetado para os próximos anos.

 

“Os desafios postos em curso exigem a compreensão do que está acontecendo e para onde a saúde suplementar caminha. Para entendermos esse cenário, reunimos um conjunto de especialistas que atuam no setor e, a partir de dinâmicas interativas e de muita análise presente e futura, identificamos as perspectivas do que tende a acontecer nos próximos dez anos”, explica José Cechin, superintendente executivo do IESS. “O futuro da saúde suplementar exige planejamento estratégico, inovação e diálogo entre todos os atores. Mais do que prever o futuro, buscamos mapear tendências e indicar caminhos viáveis para um sistema mais eficiente e acessível.”

 

A série contará com estudos especiais assinados por um comitê de especialistas renomados, como Nelson Teich, ex-ministro da Saúde, Paulo Chapchap, ex-presidente do Hospital Sírio Libanês, e Antônio Britto, ex-governador do Rio Grande do Sul e atual presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), além da equipe técnica do IESS. O conteúdo é voltado a operadoras, gestores públicos e privados, reguladores, profissionais de saúde e à sociedade civil interessada em discutir o futuro da saúde no Brasil.

 

O Projeto começa pela publicação do “Preâmbulo”, que destaca pressões crescentes ao sistema, como o envelhecimento populacional, o avanço de tecnologias de alto custo, a elevação dos gastos per capita em saúde e a desarticulação entre os sistemas público e privado. A essas questões somam-se ineficiências operacionais, judicialização, desigualdade de acesso e entraves regulatórios.

 

Entre os temas em destaque estão o Open Health, a criação de uma agência única de avaliação de tecnologias em saúde, novos modelos de pagamento e assistência, reorganização empresarial e promoção de estilos de vida saudáveis.

 

Periodicamente, o IESS divulgará os estudos da série. Clique aqui e acesse a íntegra do Preâmbulo, que abre a série.

 

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

 

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Jander Ramon

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Maio 2025
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São Paulo, maio de 2025 - Formas para garantir mais acesso dos pacientes às estruturas de saúde e como assegurar uma assistência em melhores condições foram a essência das apresentações e debates do “Fórum IESS na Hospitalar 2025”, realizado em 23 de maio durante o maior encontro do setor de saúde da América Latina. Ainda que os temas dos dois painéis do evento fossem distintos, prevaleceu a mensagem de que o cuidado mais adequado beneficia o paciente e torna o sistema de saúde mais eficiente, inclusive com impactos financeiros positivos. “Ter eficiência é fundamental para garantir acesso ao sistema e às tecnologias diante de recursos cada vez mais escassos”, disse o presidente do Conselho Diretor do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Celso Dias Lopes, na abertura do evento.

 

No primeiro painel, foi apresentado o estudo Jornada do Paciente Oncológico na Saúde Suplementar, desenvolvido pela consultoria Design para Estratégia. Disponível em https://jornadadopacienteonco.com.br. O estudo revelou a ausência de orientação aos beneficiários para exames de diagnóstico precoce e respectivas condutas após os resultados. Vini de Castro, diretor da empresa, destacou que, embora essa seja uma responsabilidade individual, o modelo atual de atendimento não oferece suporte ao paciente durante toda sua jornada longitudinal. “Na saúde suplementar, ninguém é responsável por garantir que o paciente realize os exames e adote as providências que os resultados requerem”, resumiu ele.

 

O levantamento também indica que, no pós-diagnóstico — momento mais sensível para o paciente —, há desassistência e falta de acolhimento. “O paciente navega, no momento mais crítico, por sistemas de contato automatizados, sem apoio profissional”, relatou Castro. Para mudar esse cenário, ele defendeu que todos os agentes da cadeia de saúde, inclusive médicos, devem rever processos e entender as necessidades do paciente. “Hoje, essa conduta está concentrada nas equipes assistenciais. Não por processo, mas por empatia”, pontuou.

 

Ana Luísa Seleme, diretora da consultoria MedH, apresentou experiências práticas com equipes multidisciplinares no acompanhamento de pacientes. Destacou o papel das enfermeiras, cujas ações resultaram em ganhos clínicos, maior adesão a terapias, detecção precoce de efeitos colaterais e monitoramento da jornada do paciente. “É possível entender a dinâmica dos pacientes e garantir soluções de navegação para cada perfil. Um profissional de referência ajuda bastante a tornar o processo mais eficiente”, afirmou.

 

Ela também mencionou benefícios econômicos, ainda que secundários, como a redução no tempo de diagnóstico e tratamento, aumento da satisfação de pacientes e familiares, e mais agilidade no cuidado.

 

Desospitalização

 

O segundo painel analisou estruturas de transição para pacientes pós-agudo, também reforçando que o cuidado eficiente gera ganhos clínicos e reduz desperdícios. Especialistas apontaram que as iniciativas de desospitalização vêm se consolidando como alternativas relevantes no modelo assistencial. “O cuidado pós-agudo é uma oportunidade para um cuidado melhor e a um preço mais adequado”, resumiu Anderson Mendes, diretor de Negócios da Premium Care.

 

Segundo ele, o envelhecimento da população exige novas estruturas de atenção. Hospitais de transição e cuidados domiciliares devem ser considerados sob outra perspectiva. “Há muito foco em ferramentas e pouco em estratégia. Quando se vê o hospital de transição como mais um credenciamento, perdemos a chance de aplicar o cuidado certo, na hora e no local corretos”, alertou.

 

Felipe Vecchi, diretor médico e de Operações da BSL, destacou que o cuidado agudo no hospital está bem definido. “Mas há um ‘abismo’ entre o hospital e o domicílio do paciente”, disse. Estudo da UFMG apontou que quase 9% das hospitalizações no sistema suplementar — cerca de 83 mil diárias — são evitáveis, com readmissões em até 30 dias. “Isso representa um custo superior a R$ 450 milhões. É um enorme potencial de redução de desperdícios”, avaliou.

 

Superintendente executivo do IESS, José Cechin abordou a importância dos cuidados paliativos fora do ambiente hospitalar, com foco em dignidade no fim da vida. Regina Mello, gerente executiva de Saúde da Vivest, complementou com dados: no último ano de vida, a sinistralidade de um paciente pode atingir 1.177%. “A questão não é o custo, mas que tipo de cuidado está sendo oferecido. Isso deveria representar melhor condição de cuidado, o que nem sempre ocorre”, afirmou.

 

A operadora passou a adotar o cuidado coordenado, reforçando métodos preventivos e o uso de estruturas alternativas aos hospitais. Essa nova abordagem também exige um novo relacionamento com os familiares do paciente.

 

Lidiane Furtado, assistente social da Amil que atua na área de desospitalização, destacou que o novo modelo assistencial requer sensibilização da família para compreender seu papel no processo. “É fundamental colocar a família como parte do cuidado e promover uma comunicação clara para que todos entendam suas responsabilidades”, afirmou.

 

Sobre o IESS

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Maio 2025
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O número de brasileiros com planos de saúde médico-hospitalares atingiu, em março de 2025, o maior patamar da série histórica: 52,1 milhões de beneficiários. O dado consta da 105ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e reflete um movimento diretamente associado à retomada do emprego formal no país.

 

Clique aqui e veja a íntegra da NAB 105.

 

Nos 12 meses encerrados em março, o Brasil gerou 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged. No mesmo período, os planos coletivos empresariais – vinculados ao mercado formal – cresceram 3,5%, com a inclusão de 1,27 milhão de novos beneficiários. Hoje, 72% das pessoas que possuem plano de saúde estão nessa modalidade de contratação.

 

“Há uma correlação direta e expressiva entre o crescimento do emprego formal e o aumento da cobertura dos planos empresariais. Isso reafirma a importância do vínculo empregatício para o acesso à saúde suplementar no Brasil”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Por outro lado, é preciso considerar que o mercado de trabalho passa por um processo de transformação, com profundas mudanças nas relações de trabalho, com crescimento do empreendedorismo e cada vez mais será preciso analisar como a saúde suplementar vai se ajustar à essa nova dinâmica”, pondera.

 

Conforme demonstra a Análise Especial da NAB, o avanço é ainda mais significativo ao se considerar o cenário histórico: em 2000, os planos coletivos empresariais somavam 6 milhões de beneficiários. Hoje, ultrapassam os 37,6 milhões – um crescimento de 520% em 25 anos. Já os planos individuais ou familiares, apesar de terem aumentado em número absoluto desde então, perderam participação relativa no mercado e registraram queda de 1,3% no último ano – reflexo das restrições da regulamentação desse segmento.

 

“O crescimento observado no último ano concentrou-se exclusivamente nos contratos empresariais. Planos por adesão e individuais tiveram retração. Isso reforça a urgência de debates sobre a sustentabilidade e ampliação do acesso a outras modalidades de contratação”, analisa Cechin.

 

Outro destaque do relatório é o desempenho dos estados. São Paulo liderou a expansão, com 295 mil novos beneficiários em planos médico-hospitalares e mais de 517 mil em planos exclusivamente odontológicos. Em contrapartida, o Rio de Janeiro registrou a maior retração, com perda de 126,7 mil vínculos médico-hospitalares.

 

O total de beneficiários em planos odontológicos também cresceu de forma robusta: 2 milhões de novos vínculos em 12 meses, atingindo 34,6 milhões de pessoas e crescimento anual de 6,2%.

 

“Os números indicam não apenas uma recuperação pós-pandemia, mas uma consolidação do papel dos planos de saúde empresariais como principal porta de entrada para a saúde suplementar. A discussão sobre políticas públicas para ampliar e diversificar o acesso continua sendo estratégica”, pontua Cechin. 

 

 

NAB
Abril 2025
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O comportamento do mercado de saúde suplementar no Brasil apresenta, neste momento, situações opostas nas duas maiores economias do País. Enquanto São Paulo registrou crescimento de 315,5 mil beneficiários em planos médico-hospitalares em fevereiro de 2025 ante o mesmo mês do ano anterior (alta de 1,8%), o Rio apresentou queda de 101,2 mil beneficiários, na mesma base comparativa (-1,8%). Os dados fazem parte da 104ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). 

 

No total nacional, fevereiro contabilizou 52,2 milhões de beneficiários, com acréscimo de 912,7 mil vínculos no período analisado, o que representa alta de 1,8%.

 

Clique Aqui e acesse a íntegra da NAB 104.

 

“A comparação entre Rio e São Paulo evidencia um cenário de contrastes marcantes dentro da região mais desenvolvida do País. Enquanto um estado atrai beneficiários, o outro perde participação”, observa José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Isso representa um desafio para o planejamento do setor.”

 

A taxa de cobertura nacional estimada é de 24,4%. O avanço no número de vínculos foi impulsionado principalmente pelos planos coletivos empresariais, que somam agora 37,7 milhões de beneficiários, crescimento de 3,7% em 12 meses. O segmento representa 72,1% dos vínculos médico-hospitalares. Em contrapartida, os planos individuais ou familiares seguem em retração, com redução de 89,5 mil beneficiários no mesmo período (-1%).

 

“O crescimento dos vínculos é positivo, mas ainda não é possível garantir que esse comportamento vai se manter”, alerta Cechin. “Vai depender muito do ritmo de crescimento da economia nos próximos meses”, complementa.