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Abril 2020
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As inscrições para o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar podem ser feitas a partir de hoje (06/04) até 15 de setembro. Confira o regulamento completo.

Para comemorar a 10ª edição, ampliamos a premiação para os trabalhos classificados em 1º (de R$ 10 mil para R$ 15 mil) e 2º lugares (de R$ 5 mil para R$ 10 mil). Além disso, também passaremos a premiar os orientadores destes estudos com R$ 3 mil cada  – saiba mais. Com mais de 50 trabalhos laureados e algumas centenas de estudos avaliados, o Prêmio IESS é a principal premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar no Brasil.

Podem ser inscritos os trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Devido ao sucesso dos últimos anos, o espaço para exibição de pôsteres também está mantido. Nesse caso, além dos trabalhos de pós-graduação, também serão aceitos estudos científicos (nível universitário). Outra novidade é que a exposição de pôsteres passa a contar com ISSN (International Standard Serial Number). Número que pode ser incluído ao currículo Lattes de pesquisadores para comprovação de apresentação de estudos em espaços acreditados – entenda.

As inscrições para o X Prêmio IESS e para exibição de pôster são gratuitas. Cada candidato pode inscrever apenas um trabalho ao prêmio, mas múltiplos pôsteres.

Não perca tempo e boa sorte!

Abril 2020
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O consumo de sal acima do recomendado pode contribuir para aumentar a pressão sanguínea e, consequentemente, elevar a probabilidade de ataque cardíaco ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) – popularmente conhecido como derrame. Por outro lado, consumido com moderação, o sal também serve como fonte de iodo e ajuda a regular importantes mecanismos do nosso corpo, evitando problemas de tireoide e bócio.

Não à toa, uma das maiores preocupações de programas de promoção de saúde é o consumo de ultraprocessados, alimentos que normalmente são ricos em sais e gorduras ao mesmo tempo em que oferecem baixo valor nutricional. Uma das iniciativas globais de maior sucesso neste sentido é liderada pelo brasileiro Carlos Augusto Monteiro – como já comentamos aqui.

Agora, o estudo “Too much salt weakens the immune system”  (Muito sal enfraquece o sistema imunológico, em tradução livre), conduzido no Hospital Universitário de Bonn (Alemanha) e publicado na Revista Science, aponta novos fatores que reforçam a necessidade de aprimorar os programas de promoção de saúde com foco em alimentação saudável.

De acordo com o trabalho, a ingestão exagerada de sal aumenta a probabilidade de infecções. Os pesquisadores explicam que isso acontece porque, ao filtrar o cloreto de sódio no sangue, o corpo humano produz glicocorticóides que inibem os granulócitos, um importante mecanismo imunizador que combate o acúmulo de bactérias e parasitas no organismo.

E não é necessário ingerir muito sal para que isso aconteça. Seis gramas a mais do que o consumo regular (a que o corpo está acostumado) já são o suficiente. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o consumo da substância seja limitado à cinco gramas por dia. Contudo, os homens ingerem, em média, 10 gramas e as mulheres, 8 gramas.

No Brasil, as proporções são similares. Levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta um consumo per capita médio de 9,34 gramas. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que se o brasileiro respeitasse os padrões recomendados pela OMS, haveria uma diminuição de 15% nos óbitos por AVC e de 10% nas mortes por infarto. Além disso, 1,5 milhão de pessoas não necessitariam de medicação para hipertensão e a expectativa de vida de hipertensos aumentaria em quatro anos.

Fevereiro 2020
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Poucas máximas são mais verdadeiras do que essa. Especialmente no setor de saúde. A importância de programas de promoção de saúde é um dos temas mais tratados por aqui e em todo o nosso portal – confira na Área Temática.

Agora, o estudo “Exames de saúde da população para a prevenção da progressão de doenças crônicas”, apresentado na última edição do Boletim Científico, traz novas evidências dos resultados positivos que podem ser alcançados com esse tipo de iniciativa em empresas.

O trabalho analisou mais de 35 mil funcionários de empresas norte-americanas e seus cônjuges para a detecção precoce de pré-diabetes, diabetes, doença renal crônica e hemoglobina nas fezes.

Os resultados apontam que a identificação precoce e a adoção de cuidados médicos adequados preveniram complicações relacionadas ao diabetes tipo 2 e retardaram 34 casos de doença renal em estágio terminal. Além disso, a cada grupo de 10 mil pessoas, foram identificados 1,2 mil casos de pré-diabetes antes desconhecidos, 287 casos de diabetes e 73 casos de doença renal crônica.

As informações detectadas podem ajudar a reduzir o absenteísmo nas empresas, mas têm a função mais importante de permitir que as pessoas mudem hábitos de vida e ajam ativamente para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas ou, ao menos, mantê-las sobre controle e garantir qualidade de vida para os pacientes.

Fevereiro 2020
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As inscrições para o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar ainda não estão abertas, mas já temos algumas novidades para a edição deste ano.

Claro que a recompensa financeira não é o aspecto mais importante do Prêmio IESS. O reconhecimento do mercado e a possibilidade de pautar debates importantes para o aprimoramento da saúde suplementar no País é que fazem dessa a principal premiação do setor. Por outro lado, o árduo trabalho dos pesquisadores e dos profissionais merece ser recompensado também financeiramente. Inclusive porque, muitas vezes, o prêmio em dinheiro acaba financiando novas pesquisas do acadêmico vencedor ou de um grupo de estudos do qual ele faz parte.

Por isso, a partir deste ano, além de atualizar os valores pagos aos vencedores e segundos colocados de cada uma das três categorias do Prêmio IESS (Direito; Economia; e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde), iremos passar também a laurear os orientadores desses trabalhos. Profissionais fundamentais na formação acadêmica de todo pesquisador e sem os quais os trabalhos submetidos aos nossos avaliadores, certamente, não teriam a mesma qualidade técnica que marca os estudos vencedores de todas as edições até aqui.

Os novos valores serão anunciados em breve, junto com a publicação do novo regulamento do Prêmio IESS e a abertura das inscrições, que este ano começara mais cedo, em março.

Ah, se você que está desenvolvendo um tema para o seu trabalho de conclusão de pós-graduação, inserido no contexto da saúde suplementar, vale conferir a lista de temas abaixo:

 

Economia

•       Formação de preço de planos de saúde

•       Modelo de reajuste para planos individuais

•       Impactos financeiros da incorporação de tecnologia em saúde

•       Aspectos de solvência e garantias financeiras

•       Governança corporativa

•       Aspectos de avaliação e qualificação de planos de saúde

•       Custos em saúde

•       Envelhecimento populacional – impacto e propostas

•       Cases de inovação

•       Concorrência no mercado de saúde suplementar

•       Função de agências reguladoras

•       Regulação em saúde suplementar

•       Autorregulação

 

Direito

•       Irretroatividade de lei

•       Normatizações da agência reguladora

•       Aspectos legais do ressarcimento ao SUS

•       Segurança jurídica

•       Código de defesa do consumidor

•       Direito contratual

•       Aspectos da Lei n° 9656/98

•       Papel institucional e competência da ANS

•       Equilíbrio econômico financeiro e a legislação brasileira

•       Estatuto do idoso frente ao envelhecimento da população

•       Fraude e desperdício em saúde

•       Princípio da boa-fé

 

Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão de Saúde

•       Promoção da saúde nas empresas

•       Monitoramento dos desfechos em saúde

•       Envelhecimento com saúde

•       Incentivos a hábitos saudáveis

•       Aspectos relacionados à adesão aos programas e promoção da saúde

•       Controle dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (obesidade, sedentarismo, tabagismo e estresse) e do risco assistencial

•       Promoção, por meio de processos de educação e de desenvolvimento de habilidades individuais (empowerment do beneficiário)

•       Avaliação da qualidade de prestadores de assistência à saúde e seu impacto para a saúde suplementar

•       Indicadores de qualidade e segurança do paciente

•       Avaliação de tecnologias em saúde

Fevereiro 2020
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O mundo conta com 1,1 bilhão de fumantes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desses, 0,7% morrem todo ano em decorrência direta do hábito. O que equivale a 8 milhões de óbitos. Pior, 1,2 milhão desses são pessoas não fumantes expostas à fumaça de terceiros.

Na busca por reduzir o número de vítimas do cigarro, diversas medidas já foram implementadas com variados níveis de sucesso – relembre as mais eficientes. Entre elas, o uso de avisos de advertência em caixas de cigarro é um dos mais populares e explorado ao redor do mundo.

Por aqui, a prática foi adotada em 2002. Fomos o segundo País a experimentar este recurso no mundo, atrás somente do Canadá, e temos incentivados outros países a fazer o mesmo. Além de nações com língua portuguesa e da América Latina, o programa brasileiro foi testado e adotado por outros países ao redor do mundo, como Austrália e Tailândia.

Novas pesquisas, entretanto, dão indícios de quem é realmente afetado pela campanha e como melhorar seus resultados. Um trabalho publicado em 2019 pela Universidade James Cook, na Austrália, relevou que o efeito destes anúncios é maior em adolescentes. Por outro lado, os alertas têm menos eficácia em públicos mais velhos – não significa que não funcionem, apenas têm um efeito menor em comparação ao alcançado com pessoas mais jovens. O que não deixa de ser uma notícia positiva já que a maioria dos adultos adquire este hábito durante a puberdade.

Os resultados desse estudo estão amplamente conectados com as mais recentes pesquisas no campo da neurociência, que indicam que as pessoas respondem melhor, aprendem mais fácil e têm mais chances de mudar seu estilo de vida a partir de estímulos positivos.

Segundo a Dra. Tali Sharot, neurocientista na Universidade College London e diretora do Laboratório do Cérebro Afetivo, a capacidade de aprender a partir de fatos negativos evolui com a idade até os 40 anos, em média, e depois começar a regredir. Mesmo em seu pico, contudo, não se aproxima do potencial transformador que recompensas podem proporcionar.

Resumindo, ao invés de falar que o cigarro pode causar câncer, impotência ou morte, os estudos mais recentes sugerem destacar que deixar de fumar pode te proporcionar mais qualidade de vida, melhor performance em esportes ou outras características semelhantemente positivas.

E este modelo mental vale para a vida de modo geral. Podendo ser aplicado, por exemplo, para mudar hábitos alimentares ou a frequência com que uma pessoa pratica atividades físicas.

Para entender melhor, recomendamos assistir a palestra da Dra. Tali no TEDx Talks Cambridge. O vídeo está em inglês, mas conta com legendas em português.

 

 

Apresentação Prêmio IESS Promoção da Saúde

IX Prêmio IESS - Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde | Alberto Ogata

Dezembro 2019

Alberto Ogata, diretor da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), apresenta os vencedores da categoria Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, durante o seminário “Transformação Digital na Saúde”, realizado no dia 11 de dezembro, no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.

Agosto 2019
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Se você acompanha o setor de saúde suplementar há algum tempo, certamente já ouviu alguém afirmando que precisamos mudar o modelo do sistema de saúde atual, de forma que ele deixe de ser centrado na doença e o atendimento assistencial seja estruturado com foco no paciente e na prevenção. Nós, certamente, já destacamos essa necessidade algumas vezes em nosso blog e estudos. 

Exatamente por isso, não poderíamos deixar de valorizar e destacar resultados como o do Programa de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos de Doenças (Promoprev), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quando começou, em 2009, a iniciativa contava apenas com 38 projetos de promoção da saúde. O número, contudo, tem avançado a olhos vistos. Apenas nos últimos cinco anos, de 2014 até 13 agosto de 2019, o total de ações inscritas no Promoprev cresceu 65,6%, avançando de 1,1 mil, em 2014, para os 1,9 mil atuais. 

No total, das 743 operadoras de planos médico-hospitalares ativas e com beneficiários, 53% ou 394, possuem iniciativas nesse sentido. Além disso, o número de beneficiários que participam dessas ações também tem avançado. Hoje, 2,3 milhões de pessoas fazem parte de programas cadastrados no Promoprev, 50% a mais do que há cinco anos. 

Para estimular a mudança de modelo de atenção assistencial no Brasil e a elaboração de programas de promoção da saúde e prevenção de riscos, a ANS oferece incentivos regulatórios às Operadoras de Plano de Saúde (OPS) que inscreverem iniciativas nesse sentido no Promoprev. Já para ajudar a atrair beneficiários, a agência também autoriza as OPS a ofertarem desconto na mensalidade do plano para participantes de programa para Promoção do Envelhecimento Ativo ao Longo do Curso da Vida. Além disso, para aqueles de gerenciamento de crônicos ou focados em uma população-alvo específica, também é possível conceder brindes, descontos em serviços e abono total de custos de coparticipação em procedimentos de saúde relacionados ao programa. 

Para saber quais operadoras têm programas inscritos no Promoprev, basta consultar o site da ANS

Quer saber mais sobre promoção da saúde? Consulte nossa Área Temática

Ah, se você tem um trabalho de pós-graduação sobre o tema, não perca tempo e inscreva-se agora no IX Prêmio IESS. As inscrições acabam em 15 dias! 

Março 2019
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O artigo “Doentes saudáveis”, escrito pelo Dr. Drauzio Varella e publicado ontem (17/03) no jornal Folha de S. Paulo, destaca dois assuntos bastante importantes: a utilização inadequada ou desnecessária de medicamentos e a importância de programas de promoção da saúde, com foco em mudança de hábitos de vida, para o combate à doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, obesidade e diabetes. 

“Quanto mais velho fico, menos medicamentos prescrevo. Xaropes, vitaminas, antibióticos para qualquer dor de garganta causam mais efeitos indesejáveis do que benefícios. Quando se trata de receitar aqueles de uso diário pelo resto da vida, então, penso dez vezes.” Em um mundo ideal, a afirmação de Varella deveria ser verdade para todos os médicos e, se possível, sem a necessidade de anos de experiência para chegar a esta conclusão. Infelizmente, a realidade é bem diferente.   

Como já apontamos aqui, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o número de mortos em decorrência de infecções por supermicróbios pode chegar a 2,4 milhões entre 2015 e 2050. Sendo que a principal razão para o desenvolvimento desses organismos é o uso inadequado de medicamentos.  

No Brasil, especialmente, é comum haver prescrição de remédios em excesso. Outro problema frequente, conforme o Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, relatou durante o seminário "Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema" é uma deficiência na formação de muitos médicos, seja para combater sintomas simples, como enjoo, ou para lidar com dores que exigiriam o uso de opioides. 

https://youtu.be/FMutNQ8sijA

Frente a este cenário, o desenvolvimento de programas de promoção da saúde com foco em mudança de hábitos e prevenção de DCNT é especialmente importante. Inclusive porque dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que essas doenças respondem por 38 milhões de óbitos anuais, sendo que 16 milhões delas corresponderiam às mortes prematuras (quando o paciente tem menos de 70 anos de idade) – saiba mais. O número é mais de duas vezes superior ao de mortes por doenças cardiovasculares, usualmente considerada a principal causa de morte no mundo.  

Além disso, em seu artigo, Varella aponta que “Segundo a ADA (American Diabetes Association), como os programas dirigidos à perda de peso e mudanças no estilo de vida apresentam resultados medíocres, investir neles é ‘jogar dinheiro no fogo’. A alternativa seria adotar o tratamento medicamentoso”. Uma recomendação que implicaria passar a tratar pré-diabéticos como pacientes com a condição já adquirida e medicar, ainda de acordo com o artigo, cerca de 70 milhões a 80 milhões de americanos e perto de 1 bilhão de adultos ao redor do mundo.  

Claro, tudo isso viria acompanhado de um elevado custo, já que monitores de glicose no sangue e a medicação para seu controle são muito mais caros e menos saudáveis do que passar a praticar exercícios e fazer uma reeducação alimentar, por exemplo. O oposto do que acreditamos ser o melhor caminho para pacientes e para a sustentabilidades econômico-financeira do setor de saúde (pública e privada), como temos defendido aqui no Blog

Janeiro 2019
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Lançado recentemente, o Texto para Discussão n° 73 “Hábitos alimentares, estilo de vida, doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013” tem o objetivo de produzir dados que sirvam de subsídio para a criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças.  

Para o estudo, foi considerada a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, inquérito de saúde mais amplo do território brasileiro, que permitiu concluir que cerca de 56 milhões de brasileiros, ou 27,9% da população, tinham um plano de saúde (médico e/ou odontológico) em 2013. A maior proporção desses beneficiários era do sexo feminino, representando 53,5%. 

Quanto aos hábitos alimentares, verificou-se que uma maior proporção de beneficiários declarou comer a quantidade recomendada de frutas e vegetais por dia em comparação com não beneficiários. Uma menor proporção de pessoas com plano de saúde disse comer carne ou frango com excesso de gordura em comparação com pessoas sem plano de saúde.  

Por outro lado, mais beneficiários consumiram doces de forma inadequada e declararam substituir refeições por sanduíches, salgados ou pizzas cinco ou mais vezes por semana em comparação com não beneficiários. O consumo elevado de sal também foi maior entre os beneficiários, já que 15,8% afirmou consumir em quantidade alta ou muito alta, contra 13,5% sem planos de saúde. 

Ainda sobre o estilo de vida, dentre os respondentes, 28% dos beneficiários de planos de saúde disseram consumir álcool ao menos uma vez por semana, mais do que os 22,2% sem planos. No entanto, quando perguntados sobre o consumo abusivo de álcool, 55,4% dos não beneficiários afirmam ter esse hábito, enquanto 44,2% daqueles na saúde privada afirmaram se encaixar nesse perfil. 

A promoção da saúde é, sem dúvida, uma grande aliada no enfrentamento de doenças crônicas por seu caráter preventivo. Com o cenário do envelhecimento populacional, é importante estabelecer metas e planos de implementação de políticas públicas e adoção de medidas para minimizar fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo, consumo de álcool e alimentação não saudável. 

Ações voltadas para a promoção e prevenção à saúde buscam reduzir a ocorrência de doenças, a mortalidade e combater o aumento da frequência de fatores de risco envolvendo a saúde dos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito fatores de risco (consumo de álcool, uso de tabaco, pressão alta, alto índice de massa corporal, níveis elevados de colesterol, altos níveis de glicemia, baixa ingestão de frutas e vegetais e inatividade física) representam 61% das mortes cardiovasculares.  

Seguiremos apresentando dados sobre o estudo nos próximos dias. 

Apresentação Promoção da Saúde Prêmio IESS

VIII Prêmio IESS - Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão da Saúde | Alberto Ogata

Dezembro 2018

Alberto Ogata, presidente da Associação Internacional de Promoção da Saúde - IAWHP, apresenta os vencedores da categoria Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão da Saúde do VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, durante a abertura do seminário "Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema", realizada no dia 12 de dezembro, a partir das 9h, no hotel Tivoli Mofarrej (Alameda Santos, 1.437 – Cerqueira César), em São Paulo.