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Janeiro 2021
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Recentemente divulgamos a publicação “Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2014 e 2019”, que trouxe um panorama da saúde feminina no período analisado e apontou queda de 12% na taxa de cesarianas e aumento de 5,6% na quantidade de partos normais. Acesse aqui.

Por entender que a população feminina requer programas de prevenção e cuidados específicos de saúde, a análise especial tem o objetivo de acompanhar alguns procedimentos de assistência realizados pelas mulheres beneficiárias da Saúde Suplementar coletados do “Mapa Assistencial da Saúde Suplementar” da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A publicação ainda traz informações relativas ao câncer e métodos contraceptivos. O estudo mostra que a procura por exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) também tem recuado. Em 2014, esse procedimento diagnóstico preventivo foi realizado em 47,9 de cada 100 mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos. Em 2019, essa taxa foi de 46,1 e, em 2018, de 44,2 na saúde suplementar.

Embora mostre um leve avanço entre 2018 e 2019, os números mostram que é fundamental que as mulheres dessa faixa etária fiquem atentas a este importante aspecto da promoção da saúde e prevenção no que se refere ao câncer de colo de útero.

O levantamento ainda aponta que o número de internações para a realização da laqueadura tubária (procedimento de anticoncepção definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU) tem crescido exponencialmente.

Na comparação entre 2014 e 2019 houve aumento de 15,4% no número de internações para laqueadura tubária, saltando de 14,9 mil para 17,2 mil. Já o aumento no número de procedimentos de implante do DIU mais que quadruplicou no período, avançando de 50,9 mil para 205,2 mil.

Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente para a saúde suplementar. A publicação pode ser acessada na íntegra aqui.

Janeiro 2020
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Enquanto o total de internações relacionadas ao câncer de mama avançou 19,7% entre 2013 e 2018, como destaca a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira, o de internações por câncer no colo de útero recuaram de 12,3 mil para 12,1 mil. Retração de 2,3%. 

Antes de comemorar, contudo, acreditamos que é preciso fazer uma investigação mais aprofundada para entender se esse resultado é efetivamente positivo. Isso porque, no período analisado, detectamos uma redução expressiva, de 6,8%, na procura pelo exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero, conhecido como Papanicolau. Em 2013, foram realizados 6,6 milhões de exames desse tipo. Já em 2018, foram 6,1 milhões. Ou seja, apenas com esses dados não é possível determinar se houve um recuo da incidência da doença ou se os casos estão sendo subdiagnosticados. 

O Estudo também indica um expressivo incremento na utilização de métodos contraceptivos. O total de laqueaduras tubárias avançou 20,7% no período analisado, de 13 mil para 15,7 mil. Já o implante de dispositivo intrauterino (DIU) mais do que quadruplicou. Foram 40,2 mil procedimentos em 2013 e 167,7 mil em 2018. Alta de 317,2%. 

Até em decorrência desse comportamento, o levantamento detectou uma redução de 5% no total de partos no Brasil, de 535,7 mil partos para 508,9 mil. As cesarianas continuam respondendo pela maior parte dos procedimentos na saúde suplementar. Foram 425,9 mil ante 82,9 mil partos naturais em 2018.

Os números indicam, portanto, que somente 16,3% dos partos são naturais. Vale lembrar, a meta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é de no máximo 45% dos partos sejam cesáreas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse tipo de procedimento não responda por mais de 15% do total de partos. Praticamente o oposto do registrado atualmente. Apesar das metas estabelecidas, cada procedimento tem benefícios próprios – como já ponderamos aqui – e defendemos os casos devem ser avaliados individualmente em conjunto pela futura mãe e seu médico de confiança. 

Analisando os números ao longo do tempo, notamos que o total de cesáreas recuou 6%, passando de 453,2 mil, em 2013, para 425,9 mil em 2018. Já o total de partos naturais cresceu 0,5%, avançando de 82,4 mil para 82,9 mil. O que indica que o projeto Parto Adequado, da ANS, está cumprindo seu propósito, ainda que, talvez, não no ritmo almejado pela Agência.