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Maio 2021
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Como apontamos em outros momentos, o setor de saúde suplementar começou a experimentar em 2021 os desafios de garantir a assistência aos casos graves de covid-19, em meio à segunda onda da doença no Brasil, e atender à demanda reprimida por diagnósticos e tratamentos adiados desde o início da atual crise sanitária, no último ano. O quadro tem pressionado as operadoras, que registram aumento expressivo na utilização do sistema.

Esse foi o tema central da abertura do segundo dia do evento Fórum de Saúde Brasil, realizado na última segunda-feira pelos jornais O Globo e Valor Econômico e pela revista Época. O debate “O impacto do coronavírus nos planos de saúde e no serviço dos segurados” contou com a participação de José Cechin, superintendente executivo IESS; Rogério Scarabel Barbosa, diretor-presidente substituto e diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e Vera Valente, diretora executiva da FenaSaúde.

Os debatedores lembraram que a pandemia levou mais brasileiros a buscarem planos de saúde. Com isso, o setor reverteu uma tendência de queda e de perda de beneficiários dos últimos seis anos, chegando a 48 milhões de usuários em março de 2021 - o maior número desde setembro de 2016. Você pode conferir os dados da última Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) aqui.

Segundo Cechin, os custos dos insumos de saúde saltaram em meio à crise do novo coronavírus. “Uma empresa que faz contas para operadoras desenvolveu um índice, junto com a Fipe, o IPMH (Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais). Entre 2015 e 2019, esse índice estava entre 4% e 5% ao ano. De março de 2020 a abril de 2021, alcançou 28%. Medicamentos para aparelho digestivo aumentaram 85%; para o sistema nervoso, quase 80%; e para o sistema cardiovascular, 72%. Isso afetou hospitais, afetou operadoras, e irá afetar todo mundo daqui por diante”, apontou.

Já para Vera Valente, o primeiro trimestre de 2021 deve registrar o maior gasto com atendimento de beneficiários da história do sistema de saúde suplementar em função do aumento das internações por covid-19 junto com a realização de procedimentos eletivos, que provocaram um crescimento de 16% na demanda dos planos no período, em relação a 2020, e de 8%, na comparação com 2019.

“Neste momento, a saúde suplementar está lidando com dados históricos. O segmento fez 25% dos testes de covid. A ocupação de leitos alcançou nível recorde de 76% em março. As internações em UTIs foram de 87%. É nossa obrigação cuidar desse paciente da melhor forma possível, mas é nossa obrigação mostrar que essa pressão no sistema se reflete mais adiante”, reforça.

Scarabel, por sua vez, lembrou que no início da pandemia, a agência suspendeu procedimentos eletivos, o que permitiu a liberação de ativos e provisões para dar fôlego financeiro às operadoras. Foi nesse contexto que a ANS decidiu adiar por quatro meses a aplicação de reajustes em 2020, com recomposição das mensalidades este ano.

No entanto, observou que a saúde suplementar possui um cenário de assimetria, com poucas empresas grandes e muitas operadoras pequenas, que são mais vulneráveis. “As operadoras não são as três grandes. Temos 700 operadoras no país todo. Se uma delas enfrenta dificuldade financeira, nós fazemos um acompanhamento técnico para que o usuário não fique sem atendimento.”

Você pode assistir a essa edição por meio do vídeo abaixo. Seguiremos apresentando outros importantes pontos debatidos. Continue acompanhando.

Maio 2021
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Como reforçamos em alguns momentos, a pandemia do novo coronavírus levou mais brasileiros a buscarem uma cobertura privada de saúde. Apesar do crescimento do número de beneficiários de planos — 47,9 milhões em março deste ano, o maior volume desde dezembro de 2016, a pandemia teve um impacto financeiro no ramo. Você pode conferir outros dados na recente edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB)

Diante disso, o Fórum de Saúde Brasil “O impacto do coronavírus nos planos de saúde e no serviço dos segurados”, realização dos jornais O GLOBO, Valor Econômico e revista Época, debateu esse importante tema para o presente e futuro do setor com participação de José Cechin, superintendente executivo do IESS; do diretor-presidente substituto e diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rogério Scarabel Barbosa; e da diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

“A crise que passamos é de saúde. A econômica é apenas consequência. Para resolver a questão econômica precisamos antes resolver a questão sanitária com vacinação, distanciamento físico, higiene regular das mãos, tudo conforme recomendado por cientistas”, reforçou Cechin na abertura do debate. “Sistemas de saúde público e privado tiveram que enfrentar múltiplos desafios: científico, aprendendo a lida com um novo vírus; infraestrutura, com falta de leitos, materiais e outros; e os preços, importante efeito desta pandemia”, apontou.

Para eles, a questão dos gastos diante da Covid-19 e da retomada dos demais atendimentos é hoje um dos desafios do setor. “O primeiro trimestre de 2021 deve ter o maior gasto com atendimento de beneficiários da história do sistema. Essa pressão decorre de dois fatores: o socorro aos pacientes com Covid e a retomada dos chamados procedimentos eletivos, como cirurgias de varizes, bariátricas ou de amígdalas”, lembrou Vera Valente.

Para Cechin, é preciso considerar os reajustes de remédios, materiais e equipamentos usados no atendimento aos pacientes de Covid. “A demanda e a oferta estão seguindo o ritmo dos picos da doença, e imagino que, nos últimos meses, os preços tenham voltado a subir. Mas, mesmo quando a situação se normalizar, eles não vão voltar aos valores praticados antes de março de 2020”, refletiu.

Para Rogério Scarabel, há uma série de medidas importantes para garantir a sustentabilidade do setor. “Fizemos uma série de ações para tentar minimizar os impactos no setor com o objetivo de continuar garantindo acesso, assegurar a entrega de serviços ao beneficiário e desafogar o sistema público”, lembrou o diretor-presidente substituto da ANS.

Os encontros do Fórum de Saúde Brasil tiveram início na última segunda-feira, com debates sobre a gestão de hospitais e a pesquisa clínica no contexto da pandemia. Você pode assistir a essa edição por meio do vídeo abaixo. Seguiremos apresentando outros importantes pontos debatidos. Continue acompanhando.

Dezembro 2018
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Não é de hoje que falamos da necessidade de se repensar o modelo assistencial adotado não só na saúde suplementar, mas em todo o sistema brasileiro. Há uma série de novas alternativas, modelos e características que podem auxiliar a garantir não só a sustentabilidade financeira, mas também ofertar maior qualidade assistencial aos pacientes nos diversos serviços de saúde. O fato é que o modelo atual gera excesso de gastos e sobrecarga dos serviços, além de não suportar devidamente mudanças demográficas e epidemiológicas da sociedade.

É neste contexto que uma das alternativas que mais se fala há tempos é a Atenção Primária à Saúde (APS). Este tipo de assistência procura responder de forma regionalizada e contínua às necessidades de uma população, integrando as ações curativas, de prevenção de doenças e promoção da saúde. Para se ter uma ideia, os dados mostram que mais de 80% dos atendimentos são resolvidos na primeira consulta com um médico de família.

A importância e eficácia da modalidade repercute também nas diferentes publicações e eventos do setor. Nessa semana, houve painel exclusivo sobre o tema no 2º Fórum Saúde Suplementar, promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, que mostrou também diversas iniciativas nesse âmbito por parte do setor. A mesa contou com a participação de Juliana Pereira, diretora-executiva de clientes da Qualicorp, José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Alexandre Rosé, diretor de serviços clínicos da Amil Assistência Médica Internacional, Alberto Gugelmin Neto, vice-presidente da Unimed do Brasil, e foi mediada por Cláudia Collucci, colunista do jornal.

Para José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), além de procedimentos desnecessários, a negligência e a falta de capacitação, que levam a cirurgias e consultas mal feitas, oneram ainda mais o sistema. “Há uma supervalorização dos exames por causa da insegurança do médico. Esse modelo de pagamentos privilegia a quantidade, não a qualidade. O médico precisa ser treinado na área de custos”, apontou.

Segundo a publicação, uma das maiores dificuldades para a implantação da atenção primária é a baixa adesão dos profissionais. Segundo dados do Ministério da Saúde, das 3.587 vagas autorizadas para ingresso na residência em medicina da família neste ano, só 1.183 foram preenchidas, cerca de um terço apenas.

Ou seja, é cada vez mais importante o debate e disseminação de informações sobre o tema para melhorar ainda mais a prática em todo o país. Recentemente, a ANS divulgou, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma publicação com os projetos selecionados no Laboratório de Inovação sobre Experiências de Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira. Além disso, durante recente evento, a Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde) divulgou 11 medidas para fortalecer o setor. A Atenção Primária à Saúde (APS) aparece em primeiro lugar entre elas, como base do sistema para organizar a assistência e o encaminhamento para os outros níveis de atenção.

Em tempo, já tivemos um trabalho vencedor da categoria Promoção de Saúde e Qualidade de Vida no Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar - “Atenção Primária na Saúde Suplementar: estudo de caso de uma Operadora de Saúde de Belo Horizonte”, de Eulalia Martins Fraga, que demonstra claramente os benefícios dessa abordagem.

Outubro 2018
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Como se sabe, o segmento de saúde suplementar é complexo e envolve diferentes agentes, serviços e setores. Exatamente por essa pluralidade, é que se faz necessária cada vez maior a união dos diferentes envolvidos em prol do aperfeiçoamento dessa cadeia. Com isso em mente, realizamos eventos periódicos reunindo especialistas nacionais e internacionais para debater e viabilizar alternativas e ferramentas para a saúde privada brasileira, como você pode conhecer aqui.

Com esse mesmo anseio, a Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde) realiza esta semana o 4º Fórum da Saúde Suplementar, que acontece no Rio de Janeiro. “Com o objetivo de apoiar a tomada de decisão para as mudanças necessárias dos problemas identificados, a FenaSaúde lança a publicação ‘Desafios da Saúde Suplementar 2019’. Defendemos 11 medidas para fortalecer o setor, entre elas a Atenção Primária à Saúde e rede hierarquizada; novas regras de formação de preços e reajuste; mudanças de regras para a incorporação de novas tecnologias; combate a fraudes, com tipificação de crimes; a mudança de modelo de remuneração; Análise de Impacto Regulatório; e a criação de produtos de previdência e poupança vinculados à saúde”, afirmou Solange Beatriz, presidente da FenaSaúde, durante a cerimônia de abertura do evento.

Com o tema ‘O desafio da eficiência em saúde: um debate inclusivo’, o primeiro dia contou com a presença dos Ministros de Estado da Saúde e da Justiça, Gilberto Occhi e Torquato Jardim, respectivamente, além de autoridades do setor. Apresentando experiências estrangeiras, o evento também contou com a participação de Robert Pearl, diretor executivo e CEO do The Permanente Medical Group e professor de Medicina e Administração em Saúde da Universidade de Stanford.

No primeiro dia do Fórum também aconteceram os debates sobre ‘Economia e Saúde no cenário brasileiro’ e ‘Como fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS) nos planos de saúde’. Este último com a participação do vice-presidente sênior da UnitedHealth Group, Lewis Sandy. Entre os participantes do evento estão especialistas e profissionais das diversas áreas no setor, como representantes de hospitais, planos de saúde, médicos e autoridades.

Nesta terça-feira, o 4º Fórum da Saúde Suplementar contará com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que abordará ‘O momento institucional brasileiro’.  Haverá ainda palestras sobre o ‘Crescimento dos custos em Saúde’, ‘O futuro da informação’ e um balanço do evento que trará a agenda do setor para 2019.

Seguiremos apresentando as medidas apontadas pela instituição e as diversas contribuições do 4º Fórum da Saúde Suplementar para a reflexão e desenvolvimento do setor nos próximos dias. Continue acompanhando.

Junho 2016
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Começa amanhã (14), o 3º Fórum a Saúde “A saúde em recessão”, uma série de debates promovidos pelo jornal Folha de S. Paulo, que vai reunir especialistas do setor para discutir como a crise econômica pode impactar o sistema de saúde no Brasil. Estaremos presentes, com a participação do nosso superintendente executivo, Luiz Augusto Carneiro, que participa da Mesa 1, que debaterá “A saúde financeira dos planos de saúde”.

Faremos cobertura do evento nas nossas redes sociais. Estaremos no FacebookTwitter e LinkedIn divulgando fotos, informações e vídeos para que nossos seguidores possam participar da conversa e contribuir com ideias e retóricas em tempo real.

 

Programação:

9h

Abertura: Alexandre Padilha, secretário municipal da Saúde de São Paulo e ex-ministro da Saúde

 

9h30

Mesa 1 - A saúde financeira dos planos de saúde

Paulo Furquim, coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper, especialista em saúde suplementar

Mauricio Ceschin, presidente da Gama Saúde, do Grupo Qualicorp 

Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar

 

10h20

Mesa 2 - É preciso repensar o modelo do SUS?

Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma

Lenir Santos, secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde

Geraldo Biasoto Jr., professor do Instituto de Economia da Unicamp

Stênio Miranda, presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo

 

11h10

Coffee break

 

11h50

Mesa 3 – A atenção primária à saúde

Eugênio Vilaça Mendes, consultor internacional na área de saúde pública

Gustavo Gusso, professor de clínica geral da Faculdade de Medicina da USP

Edevard José de Araujo, diretor de Marketing e Desenvolvimento da Unimed do Brasil

 

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15/6 (quarta-feira)

 

9h

Abertura: David Uip, secretário estadual da Saúde de São Paulo

 

9h30

Mesa 4 - A judicialização da saúde

Deborah Ciocci, juíza do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Solange Mendes, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde)

Renata Vilhena Silva, advogada especialista em direito da saúde

 

10h20

Mesa 5 - Prevenção eficaz reduz custos

Renato Veras, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro especializado em gerontologia

Deborah Carvalho Malta, professora da Escola de Enfermagem da UFMG

João Bastos Freire Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

 

11h10 - Coffee break

 

11h50

Mesa 6 - Os custos de internação em hospitais particulares

Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein

José Luiz Setúbal, provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)

 

12h40

Mesa 7 - Novos modelos de assistência e remuneração

Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP

Martha Oliveira, diretora de desenvolvimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Walter Cintra Ferreira Júnior, coordenador da especialização em administração hospitalar e de sistemas de saúde da FGV-SP

 

Serviço:

3º Fórum a Saúde do Brasil: a Saúde em Tempo de Recessão

Local: Auditório Tucarena, na PUC-SP (r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, São Paulo)

14/6 (terça-feira)

Inscrições: http://eventos.folha.uol.com.br/