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Abril 2021
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Com 20 anos de história, o QualiHosp é um evento promovido pelo FGVsaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV EAESP com o objetivo de contribuir para o debate, intercâmbio de experiências e divulgação da produção técnica e científica ligada ao tema de saúde.

É por isso que, para nós, é uma enorme honra participar mais um ano desse importante encontro do setor com mais de duas décadas de existência. Neste período e contexto totalmente atípicos, o evento será totalmente gratuito, online e aberto ao público geral entre os dias 27 e 30 deste mês.

O evento tem como público-alvo pesquisadores e profissionais que atuam na área da saúde com interesse em qualidade e gestão de serviços e sistemas. Em todos os eventos são convidados palestrantes internacionais com o objetivo de ampliar as discussões e provocar um amplo debate sobre o tema.

E neste ano participaremos com três pôsteres especiais de diferentes estudos:

      Você pode acessar os estudos completos nos links e ainda participar do evento gratuitamente. Veja aqui a programação e inscreva-se.

Com o tema “Cuidado ao Longo da Vida: Coordenação e Continuidade”, o Qualihosp 2021 irá discutir os caminhos trilhados por sistemas e organizações de saúde, públicos e privados, em busca de maior qualidade no cuidado dos usuários dos serviços de saúde ao longo da vida.

As experiências de diferentes participantes serão compartilhadas por meio de webinars e pôsteres. Participe desse importante espaço de troca de experiências e reflexões.

 

 

Abril 2021
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Mesmo com o avanço das complicações por Covid-19 em todas as faixas etárias, os idosos ainda são aqueles que suscitam maior preocupação. Conforme as análises mostraram, os pacientes mais vulneráveis são aqueles com 60 anos ou mais, grupo que corresponde a 14% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,7 milhões, conforme mostra o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil – 2011 a 2020”, que acabamos de publicar.

O material atualiza a publicação do último ano que surgiu da necessidade de se mapear quem são os idosos beneficiários com o intuito de auxiliar o setor na criação de programas específicos para a melhor assistência desses pacientes. Como sempre reforçamos, o aumento da longevidade da população é, sem dúvida, uma grande conquista da medicina e da sociedade, mas é fundamental que todo o setor se prepare e foque em ações voltadas para o aumento da demanda pela utilização dos serviços e futuros desafios dos custos.

O panorama mostra que em 20 anos, o número de idosos (com 60 anos ou mais) em planos de saúde de assistência médico-hospitalar no Brasil quase dobrou, passou de 3,4 milhões em 2001 para 6,7 milhões em 2020.

Ao analisar por modalidade, as Cooperativas Médicas e as Medicinas de Grupo dobraram o número de vínculos de pessoas com 60 anos ou mais no período analisado. Na mesma comparação, essa população quadruplicou entre os planos empresariais e a quantidade de vínculos de indivíduos com 80 anos ou mais triplicou.

Segundo o estudo, em 2020 os idosos representavam 14% do total de beneficiários da saúde suplementar e 22% da população brasileira idosa. A publicação ainda mostra um dado curioso e importante para o futuro do segmento: quanto maior a faixa etária, maior a taxa de cobertura. O panorama mostra essa taxa é de 21% entre aqueles entre 60 e 64 anos, 22% entre os com 70 a 74 anos e 27% entre os com 80 anos ou mais.

Esses e outros dados da publicação serão apresentados em forma de pôster no Qualihosp 2021. Com 20 anos de existência, o evento é promovido pelo FGVsaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV EAESP com o objetivo de contribuir para o debate, intercâmbio de experiências e divulgação da produção técnica e científica.

Acesse aqui e participe do evento.

Ah, não deixe de acessar o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil – 2011 a 2020” em nossa área de estudos especiais.

Março 2021
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Cada vez mais o setor de saúde tem se movimentado no que diz respeito à Telessaúde. Além de entender que a solução está na vanguarda da Medicina, tornou-se cada vez mais importante a ampliação dessas práticas para manter a segurança dos pacientes ao mesmo tempo em que se mantêm o acompanhamento assistencial.

Por saber dessa necessidade, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) lançou a campanha “Telessaúde: Mais Saúde para o Brasil”, iniciativa que conta com uma série de ações de, incluindo uma página própria. O projeto visa ampliar a discussão sobre a importância da telessaúde e garantir que essa modalidade tenha uma regulamentação definitiva, diminuindo a desigualdade no acesso à saúde.

Como já apontamos em outros momentos, também nos dedicamos em verificar as utilizações da telemedicina no Brasil e em outros países. E os resultados mostram a ampliação do acesso à saúde para pessoas que estão longe das instituições e tecnologia mais modernas. A telemedicina vem para levar a tecnologia à lugares afastados e os médicos decidem se querem se valer deste recurso de consulta à distância ou não. Mas para muitas pessoas isso é resolutivo.

Autorizada a partir de abril do ano passado como uma alternativa para garantir atendimento de saúde durante a pandemia, reduzindo o risco de contaminação, a modalidade permite que médicos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde realizem atendimento de pacientes a distância. No entanto, só está autorizada no Brasil enquanto durar o estado de emergência em função da pandemia do novo Coronavírus.

Como falamos aqui, no último ano, mais de 1,6 milhão de teleconsultas foram realizadas pelas 15 operadoras associadas à FenaSaúde. Em 90% delas, o paciente teve seu caso resolvido pelo atendimento virtual, evitando que muitas pessoas saíssem de suas casas à procura de cuidados médicos, lotando ainda mais as instituições de saúde.

O que falta, portanto é a regulamentação definitiva para a modalidade para garantir ainda mais acesso à população brasileira, o que levou inclusive à criação de uma Frente Parlamentar Mista no Congresso Nacional. 

Abordar o potencial da tecnologia na medicina é um assunto urgente, que ganha ainda mais relevância em meio à maior crise sanitária da nossa geração. O recurso é de grande importância para ofertar atendimento assistencial aos brasileiros, especialmente considerando as proporções continentais do País e as diferenças estruturais entre suas diversas regiões

O recurso também foi tema de webinar IESS que você pode conferir abaixo. Além disso, publicamos o artigo “Telemedicina do presente para o Ecossistema de Saúde Conectada 5.0”, de Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema. Acesse aqui

Também fizemos um Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega). Veja agora.

 

 

Março 2021
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Como mostramos recentemente, os hospitais privados chegaram em dezembro de 2020 com resultados financeiros inferiores aos de 2019. As instituições fecharam o ano com despesa elevada e receita reduzida sob o efeito da segunda onda de casos de Covid-19, nos últimos dois meses de 2020. Acesse aqui a publicação.

Mais dados sobre a rede privada na batalha contra a pandemia. Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nova edição do Boletim Covid-19 com dados sobre a utilização dos planos de saúde. Para tanto, a entidade compila informações assistenciais e econômico-financeiras coletadas com uma amostra de operadoras, número de exames relacionados à Covid-19 realizados pelos planos de saúde e demandas dos consumidores.

Em janeiro, a taxa de ocupação geral de leitos (com e sem UTI) nos hospitais da amostra ficou em 68%, assim como em dezembro, abaixo do observado para o mesmo mês em 2020 (71%). Essa informação considera a ocupação tanto para o atendimento à Covid-19 quanto para demais procedimentos não relacionados à doença, e engloba leitos comuns e de UTI dos hospitais próprios das operadoras da amostra, que representam aproximadamente 10,5% do total de leitos disponíveis na rede assistencial de planos privados.

Houve um aumento na alocação de leitos dos hospitais da amostra para atendimento à Covid-19, passando de 29% para 32%. Esse aumento foi mais expressivo na proporção de leitos com UTI alocados para Covid-19, passando de 41% em dezembro para 48% em janeiro. Vale destacar, ainda, o aumento das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, atípico para a época, com crescimento de 483% em relação a janeiro de 2020.

A publicação mostra que a quantidade de atendimentos em pronto-socorro que não geraram internações segue apresentando retomada lenta e gradual. Em janeiro, houve um crescimento de 1,4% em relação ao mês anterior, mesmo assim, ainda abaixo do observado antes do início da pandemia.

Por um lado, os dados mostram que o setor continua se preparando para evitar problemas de ocupação nas instituições, de outro, o aumento das internações por problemas respiratórios nessa época do ano acende um alerta preocupante.

Seguiremos monitorando os dados do segmento. Você também pode acessar o material na íntegra no site da Agência.

Março 2021
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Apesar dos desafios impostos pela pandemia e da batalha contra os efeitos da crise trazida pelo novo Coronavírus, os hospitais privados chegaram em dezembro de 2020 com resultados financeiros inferiores aos de 2019. As informações estão na 5ª edição da Nota Técnica (NT) do Observatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e se baseiam na análise dos indicadores de seus 118 hospitais.

A publicação revela que as instituições fecharam o ano com despesa elevada e receita reduzida sob o efeito da segunda onda de casos de Covid-19, nos últimos dois meses de 2020. Além dos resultados do último trimestre e comparativo com períodos anteriores, a Nota Técnica também traz um balanço preliminar de 2020. 

O material ainda mostra o crescimento no número de pacientes atendidos na urgência e emergência com suspeita de Covid-19, que vinha em queda desde junho e passou a registrar aumento a partir de outubro. 

Para se ter uma ideia, a taxa de pacientes com suspeita de Covid-19 atendidos no pronto-socorro com diagnóstico positivo para a doença passou de 30,5% em outubro para 35,4% em novembro, chegando a dezembro com 41,2% – valor muito próximo do pico da pandemia, em junho, com 41,5%. Os casos convertidos em internação acompanharam a tendência de crescimento e, de 1,7% em outubro, foram para 2,8% em dezembro.

Mesmo somando as internações em decorrência da Covid-19 com as de outras enfermidades, os hospitais apresentaram uma queda de mais de 9 pontos percentuais (p.p.) na taxa de ocupação de leitos em relação à 2019, passando de 77% para 67,7% em 2020. Isso se justifica, principalmente, pelo adiamento de procedimentos e cirurgias eletivas, que ocorreu a partir de abril pelo receio da pandemia. 

No total de internações, verificou-se um aumento nas relacionadas às doenças infecciosas em 2020, onde está classificada a Covid-19, e diminuição naquelas relacionadas a enfermidades que afetam os aparelhos respiratório, digestivo e circulatório, por exemplo.

A análise de outros indicadores de gestão operacional, econômica e financeira, em esferas nacional e regional, pode ser conferida na versão completa da 5ª edição da Nota Técnica (NT) – Observatório Anahp

Março 2021
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O Brasil está correndo contra o tempo na luta contra a covid-19. A prioridade é vacinar o maior número possível de pessoas para conter a transmissão de novas variantes do Coronavírus, mas não faltam obstáculos, e o principal é a falta de vacinas. Os contratos firmados até o momento preveem a entrega de 300 milhões de doses de vacina ao longo de 2021 – menos do que seria necessário para garantir a administração das duas doses para a população acima de 18 anos.

Em um cenário desfavorável, com média móvel de mortes acima das 1.000 pessoas por dia há mais de 30 dias consecutivos, os profissionais de saúde enfrentam o desafio de vacinar e de convencer a população a seguir adotando as medidas de proteção: uso de máscaras, higienização regular das mãos e distanciamento físico.

Claro que é imprescindível convencer as pessoas a se vacinarem, mas também é igualmente necessário explicar os limites das vacinas. Ou seja, é importante que se tenha campanhas extremamente intensas sobre a necessidade de vacinação, mas que também mostrem a necessidade de se manter as medidas de proteção, em especial com o baixo ritmo da imunização. 

“Este é o momento que considero como sendo o mais preocupante da pandemia. Temos o aumento da transmissão em muitas cidades. Isso é mais notável na região Norte, mas ocorre em outras regiões também. E, mesmo com a alta da transmissão, há redução das medidas de controle em várias localidades. Isso leva a uma sobrecarga dos serviços de saúde que lidam com o aumento dos casos de covid-19 e demais agravos”, alertou o Dr. André Siqueira, infectologista e pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia (INI) Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, em entrevista ao Portal Medscape.

Segundo ele, ainda não há uma estimativa do percentual da população que será vacinado este ano. “Com o aumento da transmissão, precisamos intensificar as ações de controle. Estamos vendo a situação do Reino Unido, que apesar do lockdown já extenso, tem maiores números de mortes diárias. E eles têm uma velocidade de vacinação bem maior do que a nossa”, aponta.

O portal ainda consultou outros especialistas no assunto para reforçar a necessidade de medidas de prevenção nesse momento. Confira aqui a reportagem na íntegra. 

Fevereiro 2021
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O impacto econômico nos sistemas de saúde em todo o mundo é uma grande preocupação relacionada à pandemia de COVID-19, e há uma necessidade emergente de recursos adicionais e investimentos financeiros. A capacidade hospitalar disponível, incluindo instalações hospitalares, equipamentos, suprimentos e profissionais de saúde, teve que ser aumentada significativamente. Avaliações econômicas são essenciais para determinar os recursos necessários para pacientes com a nova doença.

A avaliação econômica das internações por COVID-19 permite aferir os custos hospitalares associados ao tratamento desses pacientes, incluindo os principais componentes decorrentes das condições clínicas e demográficas. Sendo assim, o artigo “Unraveling COVID-19-related hospital costs: The impact of clinical and demographic conditions”, publicado no medRxiv, determinar os custos relacionados à hospitalização de COVID-19 e sua associação com as condições clínicas.

Para tanto, analisou os custos de pacientes internados entre 30 de março e 30 de junho de 2020, acompanhados até alta, óbito ou transferência externa. O estudo foi realizado no Instituto Central do Hospital das Clínicas, afiliado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil, que é o maior complexo hospitalar da América Latina e foi designado para internar exclusivamente pacientes com COVID-19 no período.

O custo médio das 3.254 internações (51,7% com permanência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi de $12.637,42. O custo indireto foi o principal componente do total, seguido pelos custos fixos diários e medicamentos. Sexo, idade e hipertensão subjacente ($ 14.746,77), diabetes ($ 15.002,12), obesidade ($ 18.941,55), câncer ($ 10.315,06), insuficiência renal crônica ($ 15.377,84) e reumática ($ 17.764,61), hematológica ($ 15.908,25) e doenças neurológicas ($ 15.257,95) foram significativamente associadas a custos mais elevados.

Pacientes acima de 69 anos, com comorbidades, uso de ventilação mecânica, diálise ou cirurgia e desfechos desfavoráveis ??estiveram significativamente associados a custos mais elevados após o ajuste do modelo.

O conhecimento dos custos hospitalares associados ao novo Coronavírus e seu impacto em diferentes populações pode ajudar no desenvolvimento de uma abordagem abrangente para a melhor tomada de decisão e planejamento para gerenciamento de risco futuro. A determinação dos custos associados à doença é o primeiro passo para avaliar a relação custo-benefício dos tratamentos e programas de vacinação.

Acesse aqui o artigo na íntegra.

Fevereiro 2021
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Nós já abordamos recentemente os dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) sobre o ano de 2020 que mostrou que as instituições ainda não atingiram os patamares pré-pandemia e acreditam na estabilidade da receita e do volume de atendimento em 2021. Você pode acessar alguns números do relatório aqui e também ver melhor alguns dados de finanças nesse outro post. 

Como se sabe, a maior pandemia dos últimos cem anos colocou o setor de saúde em evidência, não só por estar na linha de frente do atendimento aos pacientes com o novo coronavírus, mas também pela escassez de insumos, exaustão dos profissionais e diferentes desafios impostos pelo novo cenário.

Para avaliar o cenário atual e apurar as perspectivas do setor, a Anahp realizou uma pesquisa de opinião com dirigentes de instituições membros da entidade no último ano. No total, 59 executivos participaram da pesquisa online e os resultados foram divulgados na 4ª Nota Técnica – Observatório Anahp, que abordamos recentemente.

Segundo 49% dos participantes, a receita do hospital obtida em 2020 deve se manter estável nesse 2021. Para 35%, haverá crescimento, enquanto 15% estimam algum grau de queda. A expectativa do volume de atendimento também é similar: 53% dos líderes acreditam na estabilidade enquanto 27% prevê um aumento e 20% vê queda neste ano.

Para 73% deles, embora tenha havido uma retomada na realização dos procedimentos eletivos, o número ainda é inferior ao de antes da pandemia. A recuperação dos níveis pré-Covid é importante para que os hospitais equilibrem as finanças e voltem a crescer. Para 42% deles, suas instituições estão preparadas para atender novamente uma alta demanda de pacientes com Covid-19, sendo que 58% dos respondentes percebem que suas instituições estão parcialmente preparadas.

O aumento do número de casos de Covid, observados em novembro e dezembro não impactou a percepção de um cenário de estabilização ou aumento de receita e volume para 2021. Isso porque acreditam estar mais preparados para lidar com fluxos adequados para o atendimento e o tratamento de pacientes com ou sem coronavírus.

A publicação ainda reforça a importância de que as pessoas que precisam de cuidados para suas condições não relacionadas ao vírus continuem buscando consultas, atendimentos eletivos ou nos prontos-socorros, guardadas as devidas medidas de segurança.

O relatório completo pode ser acessado diretamente no site da entidade. Veja aqui.

Janeiro 2021
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O burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é uma síndrome que afeta milhões de trabalhadores ao redor do mundo. O esgotamento mental severo pode ser identificado como um alto nível de estresse no ambiente de trabalho que tem como motivo número um a sobrecarga, mas outros fatores como o baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, corte de gastos, reestruturações na empresa, conflitos internos e outros também pode desencadear esse processo.

Como sabemos, o ano de 2020 foi bastante atípico para todos e, em especial, para os profissionais de saúde, principalmente para os que estiveram na linha de frente contra a covid-19. Um levantamento realizado pelo site Medscape mostrou que o número de médicos com burnout e/ou depressão diminuiu 10 pontos percentuais desde 2018, mas entre os que disseram sofrer com esses transtornos mentais, 59% afirmaram que os problemas se intensificaram com a pandemia. 

A publicação foi divulgada no final de 2020 e contou com a participação de 2.475 profissionais, entre 9 de junho e 23 de agosto daquele ano. Segundo a pesquisa, um em cada 10 médicos afirmou pensar em abandonar a carreira para sempre por conta da gravidade do burnout que sofre, agravado com pandemia. Entre os fatores mais citados para o agravamento do problema estavam o excesso de tarefas burocráticas e muitas horas de trabalho por semana e baixa remuneração. 

O levantamento do Medscape mostra que o grupo entre 25 e 39 anos são os que mais têm Burnout e depressão. Nessa faixa etária, 22% disseram sofrer de Burnout, contra 16% daqueles entre 40 e 54 anos e 8% para quem tem entre 55 e 73 anos.

Entre todos aqueles que afirmaram sofrer de esgotamento, seis em cada dez afirmou que isso ficou mais intenso com a pandemia de Covid-19. Veja abaixo alguns números do levantamento:

  • 54% gostariam de ter mais reconhecimento pelo seu trabalho pelo engajamento ao combate à Covid-19; 
  • 34% gostariam de ter uma compensação financeira pelas horas extras trabalhadas; 
  • 74% acreditavam que o local de emprego não oferecia um programa para reduzir o estresse; 
  • 47% procuraram ajuda de um profissional;
  • 60% se sentiam para baixo ou triste; 
  • 51% acreditavam que estavam deprimidos por conta do trabalho;
  • 53% dos profissionais normalmente trabalharam mais de 40 horas por semana; 
  • 53% achavam que esses sintomas impactaram no atendimento médico; 
  • 34% apresentavam quadros de depressão grave; 
  • 11% pensavam em abandonar a medicina por conta do burnout; 
  • 79% achavam que a síndrome de burnout interferiu nas relações pessoais; 
  • 33% já tiveram pensamentos suicidas; 
  • 5% já tentaram o suicídio.

No Brasil, desde março de 2020, médicos e profissionais de saúde vivenciam uma verdadeira maratona contra um vírus com uma rotina completamente alterada — longas horas de trabalho, medo de se infectar, folgas cada vez mais distantes e plantões frequentes que geraram uma sobrecarga física e mental.

Nós falamos sobre a importância desses profissionais em diferentes momentos, como aqui ou ainda sobre a vida do médico frente à pandemia

A pesquisa completa do Medscape pode ser acessada aqui. Veja.

 

Janeiro 2021
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A maior pandemia dos últimos cem anos colocou o setor de saúde em evidência, com sua atuação no combate ao novo coronavírus, escassez de insumos, novos protocolos de atendimentos e exaustão dos profissionais foram alguns dos principais desafios dos últimos meses.

Conforme mostramos aqui, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) fez uma análise sobre a saúde em 2020 para entender como devem ser os próximos meses. Para isso, fez comparativos com os dados de 2019 e apresentou uma pesquisa inédita com as perspectivas dos dirigentes para 2021. O documento completo está disponível para download gratuito aqui.

No aspecto financeiro, a publicação mostra que a economia brasileira saiu da chamada “recessão técnica”, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda. No entanto, a alta de 7,7% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o segundo trimestre do ano, não foi suficiente para recuperar as perdas decorrentes da pandemia de Covid-19.

A margem EBITDA, que chegou a ser negativa em abril, mês com o maior número de casos de Covid-19 no País até a publicação do material, em dezembro de 2020, cresceu gradualmente desde então e, em outubro, ficou em 13,1%. A EBITDA é a sigla em inglês para Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization - “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização” em português. É um indicador muito utilizado para avaliar empresas de capital aberto.

Os responsáveis pela análise apontam que o número está um pouco abaixo da média do 3º trimestre de 2019, que foi de 13,7%. Porém, comparando o mesmo período (julho-setembro), em 2020, houve uma queda de 2,5 p.p. No acumulado de janeiro a outubro, o resultado obtido neste ano foi ainda pior: 7,8% x 13,4% (2019).

Seguiremos avaliando os dados e divulgações do setor nos próximos dias. A 4ª edição da Nota Técnica – Observatório Anahp pode ser acessada aqui.