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Junho 2020
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As pessoas com 60 anos ou mais são as mais vulneráveis ao Coronavírus, como mostra a experiência internacional. A faixa etária é também a que mais cresce entre os beneficiários de planos de saúde. De acordo com o Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde pelo Brasil, que acabamos de publicar, este grupo que já representa 15% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões. Além disso, é o único que avançou em todo o período pós-crise, desde 2014.

De acordo com o levantamento, a maior parte destes idosos se concentra em São Paulo e no Rio de Janeiro. Estados que registram mais casos confirmados de COVID-19 no País. No total, São Paulo tem 2,5 milhões de beneficiários com 60 anos ou mais e o Rio de Janeiro, 1 milhão. Na sequência, aparecem: Minas Gerais (718,8 mil); Rio Grande do Sul (407,6 mil); Paraná (378,4 mil); e, Bahia (187,5 mil).

Por outro lado, Roraima é a Unidade da Federação com menos beneficiários nesta faixa etária: apenas 3,1 mil. Acre (6,4 mil), Amapá (7,4 mil), Tocantins (8,1 mil) e Rondônia (18,8 mil) completam a lista dos cinco estados com menos idosos nas carteiras das Operadoras de Planos de Saúde (OPS).

No total, há 1,9 milhão de beneficiários com idade entre 60 anos e 64 anos; 1,5 milhão de 65 anos a 69 anos; 1,1 milhão de 70 anos até 74 anos; 821,6 mil na faixa de 75 anos a 79 anos; e, 1,2 milhão com 80 anos ou mais. Sendo que, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2020, o total de beneficiários com idade de 65 anos até 69 anos foi o que mais cresceu: foram 34,5 mil novos vínculos. O grupo foi seguido de perto pelos beneficiários que tem de 70 anos até 74 anos, que registrou 33,9 mil novos contratos; e por aqueles com 80 anos ou mais, grupo que firmou 30,9 mil vínculos no período.

De modo geral, o Panorama revela que a maior parte dos idosos é do sexo feminino (59,5%), tem entre 60 anos e 69 anos (52,3%) e mora na região sudeste do País (65,7%).

Fora isso, o trabalho também destaca que a prevalência de multimorbidade, isto é, presença de uma ou mais doenças crônicas, é maior nesta população. O que a torna especialmente vulnerável ao vírus, reforçando a necessidade de seguir as orientações já amplamente divulgadas e manter o isolamento para minimizar a probabilidade de contágio.

Março 2017
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A multimorbidade, caracterizada pela presença de duas ou mais doenças crônicas atinge cerca de um quarto (24,2%) dos brasileiros em idade adulta. A taxa, contudo, é significativamente mais alta entre mulheres do que entre os homens, atingindo 28,8% das mulheres e apenas 19% dos homens. Do mesmo modo, a prevalência da multimorbidade é maior entre as pessoas mais velhas, abrangendo apenas 5,5% da população com idade entre 18 anos e 24 anos, mas 54,7% das pessoas entre 65 anos e 84 anos.

O assunto, ainda pouco explorado no Brasil, é tema do estudo “Epidemiology of multimorbidity within the Brazilian adult general population: Evidence from the 2013 National Health Survey”, publicado na última edição do Boletim Científico com o título “Epidemiologia da multimorbidade na população geral brasileira: Evidências da pesquisa nacional de saúde de 2013”. 

O estudo utilizou a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013, que ouviu 60,2 mil adultos com idade superior a 18 anos e, a partir da análise dessa base de dados, explora a distribuição e identifica padrões de multimorbidade de condições crônicas de saúde física e mental entre os brasileiros.

De acordo com o estudo, o porcentual da população brasileira com multimorbidade é comparável com ao registrado na Escócia (23,2%), sugerindo que a presença dessas condições crônicas na população adulta brasileira apresenta proporções semelhantes as encontradas em países mais ricos.

Além disso, foi constatado que enquanto apenas uma em cada quatro pessoas com um ou mais problemas de saúde física apresentava comorbidades mental, três em cada quatro pessoas com problema de saúde mental apresentam comorbidades físicas.