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Junho 2016
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O total de brasileiros considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9%, em 2014. E junto com a prevalência da doença, aumentou também frequência com que são realizadas cirurgias bariátricas, apesar das complicações graves (que podem inclusive levar a óbito) associadas ao procedimento. Hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.

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Os números fazem parte de dois trabalhos que publicamos hoje: o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica”.

A alta procura pelas cirurgias bariátricas preocupa, principalmente, porque não se tem respeitado todos os critérios para determinar quem pode ou não realizar o procedimento. Outro ponto importante é que, apesar de o procedimento deter pontos positivos, como toda operação cirúrgica, há riscos envolvidos que precisam ser melhor avaliados e comunicados aos pacientes e suas famílias. O mais sério deles é que 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.

 Os estudos, claro, serão mais analisados nas próximas postagens.

Diante do aumento da prevalência da obesidade na população brasileira, bem do crescimento do número de cirurgias bariátricas realizadas para o tratamento dessa condição de saúde e de doenças associadas, o IESS solicitou a duas renomadas instituições de pesquisa que realizassem, de forma independente, um estudo sobre o tema da obesidade e suas formas de tratamento, com ênfase para a cirurgia bariátrica e seus desfechos.