Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Janeiro 2017
Salvar aos favoritos Compartilhar

Esta terça, aqui no Blog, apresentamos o número consolidado de beneficiários que deixaram os planos de saúde em 2016, de acordo com a última edição da NAB http://iess.org.br/?p=publicacoes&id=839&id_tipo=18, e destacamos os números do Sudeste, responsável por 79,9% dos 1,37 milhão de beneficiários que romperam o vínculo com seus planos ano passado.

Contudo, não foi apenas essa região que fechou o ano com retração de beneficiários. Na realidade, todas as regiões passam por uma situação parecida e, assim como no Sudeste, a queda no total de empregos formais é o principal fator para a retração. 

Depois do Sudeste, proporcionalmente, o Norte foi onde mais beneficiários tiveram e deixar seus planos. Em 2016, a região registrou retração de 1,9% o que equivale a 35,2 mil beneficiários.

Em números absolutos, contudo, a região foi a que menos teve vínculos rompidos. No Centro-Oeste foram desfeitos 42,6 mil vínculos, queda de 1,4%. No Sul, também com retração de 1,4%, 95,8 mil beneficiários deixaram seus planos. Já o Nordeste, depois do Sudeste, foi a região com maior número absoluto de vínculos rompidos: 103,9 mil; o que representa recuo de 1,5% em 2016.

Apenas cinco estados encerraram o ano passado com aumento no total de beneficiários. No Estado de Sergipe, foram registrados 100 novos vínculos. Uma variação que não chega a 0,1%. Já no Ceará, 1,5 mil novos beneficiários passaram a contar com um plano de saúde. Apesar do resultado positivo, a variação do total de vínculos no estado permaneceu praticamente estável, com leve variação positiva de 0,1%. No Amazonas houve incremento de 0,4%, o que significa 2,3 mil novos beneficiários.

Tocantins e Piauí tiveram um resultado mais expressivo. Nos dois estados, o total de beneficiários subiu 2,7% em 2016. Em Tocantins, o resultado significa 2,9 mil novos vínculos. Já no Piauí, foram 7,9 mil beneficiários no período. 

Janeiro 2017
Salvar aos favoritos Compartilhar

Em 2016, 1,1 milhão de vínculos foram rompidos com planos de saúde médico-hospitalares apenas na região Sudeste do Brasil. O montante equivale a 79,9% do total de 1,37 milhão de beneficiários que deixaram seus planos em todo o País, de acordo com os dados da NAB que acabamos de atualizar.

Apenas no Estado de São Paulo, 630,3 mil beneficiários deixaram de contar com o benefício. O número é maior do que a soma de vínculos rompidos em todas as outras regiões do Brasil (277,7 mil) e representa a 46,1% do total de vínculos rompidos no País.

Com o resultado, o mercado de planos de saúde encerrou o ano passado com 47,89 milhões de beneficiários, queda de 2,8%. Desses, 29,45 milhões concentram-se na região Sudeste, sendo 17,71 milhões só em São Paulo.

A redução no total de vínculos está ligada diretamente ao cenário econômico negativo. Especialmente, a queda do nível de empregos, que foi de 1,32 milhão de postos de trabalho formal em 2016. Afinal, a maior parte dos planos de saúde (31,8 milhões) é de planos coletivos empresariais. Aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores.

Acreditamos que o resultado do setor só não tenha sido mais negativo e parte da resiliência do setor pode ser explicada pelo grande desejo do brasileiro de contar com este benefício. Como já mostramos aqui, o plano de saúde é o 3° maior desejo do brasileiro, atrás apenas de educação e casa própria.

Isso significa que as famílias que contam com o benefício do plano, quando enfrentam uma redução de renda, seja por perda de emprego de um dos membros familiares ou por outro motivo, optam por cortar outros gastos antes de pensarem em deixar o plano de saúde.

Ainda é difícil prever como o mercado irá se comportar ao longo do ano, mesmo com a economia ensaiando os primeiros sinais de recuperação. O que podemos afirmar, no momento, é que enquanto a economia do País não reagir e o saldo de empregos voltar a crescer, o setor de saúde suplementar, provavelmente, continuará a ver beneficiários, infelizmente, optando por romper vínculos com as operadoras de planos de saúde.

Vale lembrar, menos beneficiários não representam, automaticamente, menos custos para o setor. Como também já mostramos aqui no Blog.

 

Janeiro 2017
Salvar aos favoritos Compartilhar

A variação dos custos médico-hospitalares, medida pelo VCMH/IESS teve alta de 19% nos 12 meses encerrados em março de 2016. Por três meses consecutivos, o indicador, que é utilizado como referência para cálculo de reajustes das mensalidades dos planos de saúde, ficou no patamar de 19%, a maior variação já registrada no primeiro trimestre de um ano. A título de comparação, a inflação geral do País, medida pelo IPCA, ficou em 9,4% no mesmo período.

Isso significa que no mesmo período em que quase 2 milhões de beneficiários deixaram a saúde suplementar, ou seja, havia menos pessoas para utilizar os serviços, o custo do setor com internações, terapias, exames e consultas continuou crescendo em ritmo bastante acelerado e batendo recorde. Boa parte disso pode ser explicada pelo desperdício e a ineficiência do setor, assunto que tratamos ontem aqui no Blog.

Claro, também pesa no indicador a combinação de fatores circunstanciais (crise econômica e risco de desemprego) que podem ter potencializado os custos da saúde no Brasil. Uma possibilidade é que, por conta da crise financeira e com o receio de perda de emprego e, por extensão, do benefício do plano de saúde, muitas pessoas podem ter antecipado a realização de exames e consultas. O que poderia impactar na formação do VCMH, ainda que com uma relevância menor, já que o indicador não considera apenas a variação de custos dos procedimentos, mas a frequência de utilização destes.

Por fim, ainda pesam sobre o indicador a adoção de novas tecnologias sem uma análise de custo-efetividade sistemática e a mudança demográfica pela qual estamos passando, com o envelhecimento da população antes do enriquecimento do País. Dois assuntos que também são frequentes por aqui, como pode ser visto no post Eficiências e ineficiências das novas tecnologias aplicadas à saúde, de 14 de setembro do ano passado.

De qualquer forma, o resultado acende uma luz de alerta!

Junho 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Acabamos de publicar a nova edição do Conjuntura Saúde Suplementar. O Boletim traz números alarmantes e aponta que a deterioração do mercado de trabalho está impactando diretamente na contratação de planos de saúde, especialmente nos coletivos empresariais. Além do crescimento da taxa de desocupação, medida pela PNAD/IBGE, a publicação indica a redução da renda das pessoas ocupadas como um dos principais motivos para a redução de 2,7% no total de beneficiários no 1° trimestre de 2016.

Entre o primeiro trimestre de 2016 e o mesmo período do ano anterior, o total de beneficiários de planos coletivos recuou 2,7% e o de planos individuais ou familiares, 2,3%. No mesmo período, a taxa de desocupação medida pela PNAD avançou 1,5% e a renda diminuiu 3,1%. E nada indica que que haverá uma reversão desse cenário em breve.

Pior, o movimento não é novidade. Aqui mesmo, no Blog, já destacamos o assunto mais de uma vez.

O que chama atenção, cada vez mais, é a tendência negativa que toma conta do cenário econômico e deve continuar impactando o setor de saúde suplementar. O panorama preocupa: com as famílias ganhando menos e o medo crescente de perderem o emprego, além de ter que cortar os custos de planos de saúde para pagar, por exemplo, a conta do mercado, aquelas famílias que planejavam adquirir o benefício, estão adiando seus planos até que a economia volte a melhorar. Já que os planos de saúde são o terceiro maior desejo dos brasileiros, atrás apenas da educação de da casa própria, o fato de as famílias estarem optando por deixar de contar com o benefício ou adiar seus planos para tê-lo, reforça a necessidade de se combater a crise econômica instalada hoje.

Maio 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Apesar da perda de 1,33 milhão de beneficiários em março de 2016 ante o mesmo mês do ano passado, o mercado registrou crescimento de 2,49% na faixa de 65 anos ou mais. Houve, assim, uma expansão de quase 105 mil vínculos no período.

Esse resultado pode decorrer de novas contratações e/ou de migração de faixa etária entre beneficiários. Não é possível obter tal detalhamento. Entretanto, não deixa de ser um resultado extremamente positivo, em meio ao imenso volume de informações negativas no setor – bem como de toda economia brasileira.

Comprova, ainda, que o público que mais necessita de serviços de saúde é também aquele que consegue e continua acessando o mercado.

Na comparação em 12 meses, a maior redução do número de beneficiários foi para a faixa etária de 0 a 24 anos (-736.132 vínculos). Nessa faixa etária, os beneficiários são em sua maioria dependentes. A segunda maior queda foi para a faixa etária de 25 a 29 anos (-319.112 vínculos). Essa queda pode estar associada ao recuo no emprego das pessoas dessa faixa etária (-361.134 vagas formais, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho). 

tabela-grafico

Maio 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Apesar da perda de 1,33 milhão de beneficiários em março de 2016 ante o mesmo mês do ano passado, o mercado registrou crescimento de 2,49% na faixa de 65 anos ou mais. Houve, assim, uma expansão de quase 105 mil vínculos no período.

Esse resultado pode decorrer de novas contratações e/ou de migração de faixa etária entre beneficiários. Não é possível obter tal detalhamento. Entretanto, não deixa de ser um resultado extremamente positivo, em meio ao imenso volume de informações negativas no setor – bem como de toda economia brasileira.

Comprova, ainda, que o público que mais necessita de serviços de saúde é também aquele que consegue e continua acessando o mercado.

Na comparação em 12 meses, a maior redução do número de beneficiários foi para a faixa etária de 0 a 24 anos (-736.132 vínculos). Nessa faixa etária, os beneficiários são em sua maioria dependentes. A segunda maior queda foi para a faixa etária de 25 a 29 anos (-319.112 vínculos). Essa queda pode estar associada ao recuo no emprego das pessoas dessa faixa etária (-361.134 vagas formais, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho). 

tabela-grafico

Maio 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Quase 700 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde no Estado de São Paulo entre março de 2016 e o mesmo mês do ano passado. Isso responde, em números absolutos, por mais de 52% das perdas de contratos em todo o País no período. Com 17,99 milhões de beneficiários, São Paulo representa 37% do total de 48,81 milhões de vínculos dos planos de saúde em todo o País. A maior queda, a maior do País, puxou a perda de 1,33 milhão de pessoas do sistema de saúde suplementar brasileiro. Os dados fazem parte do boletim Saúde Suplementar em Números produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O Estado de São Paulo apresenta queda em todas as suas regiões metropolitanas: capital (-4,3%); Baixada Santista (-2,6%) e Campinas (-6,8%).  O desempenho negativo também impactou a região Sudeste, passando de 31,29 milhões de beneficiários, em março de 2015, para 30,12 milhões, em março de 2016, o que corresponde a uma redução de 3,8% na comparação anual. No Sudeste, Estados com grande representatividade apresentam quedas significativas: -4% em Minas Gerais e -4,1% no Rio de Janeiro. 

“Há um vínculo forte entre o mercado de trabalho e o plano de saúde, pois esse é um benefício muito valorizado pelos trabalhadores. O aumento do desemprego nas áreas mais desenvolvidas, caso principalmente do Estado de São Paulo, torna inevitável o impacto na saúde suplementar”, avalia Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho indicam que, os meses de março de 2015 e 2016, o estoque de demitidos foi de 1,88 milhão de pessoas. “O que preocupa é a proporção e a velocidade da perda de beneficiários”, observa.

O boletim Saúde Suplementar em Números é produzido pelo IESS a partir da atualização da base de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Maio 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Quase 700 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde no Estado de São Paulo entre março de 2016 e o mesmo mês do ano passado. Isso responde, em números absolutos, por mais de 52% das perdas de contratos em todo o País no período. Com 17,99 milhões de beneficiários, São Paulo representa 37% do total de 48,81 milhões de vínculos dos planos de saúde em todo o País. A maior queda, a maior do País, puxou a perda de 1,33 milhão de pessoas do sistema de saúde suplementar brasileiro. Os dados fazem parte do boletim Saúde Suplementar em Números produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O Estado de São Paulo apresenta queda em todas as suas regiões metropolitanas: capital (-4,3%); Baixada Santista (-2,6%) e Campinas (-6,8%).  O desempenho negativo também impactou a região Sudeste, passando de 31,29 milhões de beneficiários, em março de 2015, para 30,12 milhões, em março de 2016, o que corresponde a uma redução de 3,8% na comparação anual. No Sudeste, Estados com grande representatividade apresentam quedas significativas: -4% em Minas Gerais e -4,1% no Rio de Janeiro. 

“Há um vínculo forte entre o mercado de trabalho e o plano de saúde, pois esse é um benefício muito valorizado pelos trabalhadores. O aumento do desemprego nas áreas mais desenvolvidas, caso principalmente do Estado de São Paulo, torna inevitável o impacto na saúde suplementar”, avalia Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho indicam que, os meses de março de 2015 e 2016, o estoque de demitidos foi de 1,88 milhão de pessoas. “O que preocupa é a proporção e a velocidade da perda de beneficiários”, observa.

O boletim Saúde Suplementar em Números é produzido pelo IESS a partir da atualização da base de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Abril 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Em 2015, 766 mil brasileiros deixaram de contar com o benefício de ter um plano de saúde. Os números do setor, apresentados no boletim “Saúde Suplementar em Números”, deixam claro que o volume de demissões e a consequente redução do saldo de empregos formais estão impactando diretamente no total de beneficiários de planos de saúde.

Para se ter uma ideia do peso que a recessão representa para o setor não é necessário ir longe. Não é preciso nem mesmo analisar a renda das famílias ou computar o total de planos que foram cancelados porque, sem emprego, o beneficiário não pode manter o vínculo. Basta olhar o total de contratos coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus funcionários. Foram cancelados 404,8 mil vínculos deste tipo em 2015. O que significa que, sozinhos, os planos coletivos empresariais responderam por 52,85% de todos os beneficiários que deixaram de ter plano de saúde no ano passado. O gráfico abaixo ilustra bem como o total de beneficiários recuou juntamente com o saldo de empregados.

005 graf

O cenário, contudo, deixa clara a resiliência do setor. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou retração de 3,8% e foram fechados 1,54 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. Os impactos para o setor de saúde suplementar foram evidentemente menos intensos. O principal motivo para tanto é a percepção positiva que a população tem sobre os planos de saúde. 

Uma pesquisa, realizada no ano passado pelo IBOPE Inteligência a pedido do IESS, revela que 75% dos brasileiros que possuem plano de saúde estão satisfeitos ou muito satisfeitos com seus planos. Além disso, ter um plano de saúde foi apontado como o terceiro maior desejo dos brasileiros, atrás apenas da educação e da casa própria. De acordo com a pesquisa, 95% dos brasileiros consideram a posse de plano de saúde essencial.