Estratégia preventiva
Todo mundo que já tentou, sabe: mudar hábitos é difícil. Mesmo que a mudança seja extremamente necessária e tenha grande impacto na nossa vida. Mudar o nosso comportamento é um desafio como poucos iguais. Falamos de mudanças que se sustentam a longo prazo.
Quer a mudança envolva a adoção de uma dieta saudável, prática de exercícios ou uma série de outras coisas. Não é fácil mudar velhos hábitos, mas novas tecnologias, como análise de big data e inteligência artificial (IA), ajudam a identificar esses padrões e a promover ações preventivas que salvam vidas.
Afinal, padrões de comportamento contribuem com até a metade dos riscos de mortes prematuras e incapacidades provocadas por doenças. A questão é objeto de estudo da gestão da saúde populacional, que busca entender quais fatores influenciam a saúde em segmentos específicos como Estados, municípios ou empresas.
Esse conhecimento auxilia a tomada de decisões que vão desde a caminhada de meia hora por dia ao desenho de políticas que afetam milhões de pessoas. E a saúde tem que se mudar e se adaptar ao novo momento sob o risco de não conseguir garantir a sua perenidade.
É por isso que o setor tem valorizado cada vez mais estratégias preventivas, como apontou reportagem publicado no jornal Valor Econômico que utiliza de dados de nossa pesquisa para ilustrar. A publicação lembra que, anualmente, R$ 28 bilhões são desperdiçados com fraudes e procedimentos desnecessários no Brasil.
Como 70% dos beneficiários de serviços privados estão entre os planos coletivos empresariais, isso coloca as empresas sob pressão de custos crescentes, que incluem a alta inflação médica e o aumento das doenças degenerativas. “Nesse cenário, a gestão da saúde populacional pode contribuir com os setores público e privado, beneficiando não somente pessoas saudáveis, como também pacientes agudos e crônicos”, reforça a reportagem.
“Há uma explosão de startups que nasceram com o olhar da atenção primária em saúde, para evitar o modelo hospitalocêntrico e empoderar o usuário”, comenta o médico-cirurgião Ricardo Ramos, presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), para a reportagem. “Grandes empresas e operadoras também estão se movendo nessa direção.” O especialista defende uma agenda de incentivo ao aumento da eficiência, com ações de combate às fraudes, coparticipação na gestão de risco populacional e análise de custo-efetividade.
Acesse aqui a reportagem do Jornal Valor Econômico na íntegra.