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Setembro 2019
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Trazer o paciente para o centro do processo decisório sobre os exames, procedimentos e tratamentos que devem ser realizados é fundamental. Não só para que consigamos evitar uma escalada de custos na saúde, mas para que todo o processo ocorra da melhor forma possível. Afinal, um paciente comprometido com o processo tem mais chances de recuperar mais rápido. 

Para alcançar isso, acreditamos que uma das mudanças mais importantes é avançar na modernização da regulação de mecanismos como franquia e coparticipação em planos de saúde, como destacamos no TD 75 – Mecanismos Financeiros de Regulação: conceitos e impactos no sistema de saúde suplementar –, já analisado aqui

Hoje, contudo, gostaríamos de sugerir uma mudança bem mais simples, relacionada com a atitude que cada um de nós tem ao receber avaliações ou recomendações médicas: não aceite tudo de forma passiva. Envolva-se. É da sua saúde que estamos tratando. 

Isso não significa contestar tudo o que o médico diz ou confiar mais no Google do que no profissional que estudou anos e fez uma avaliação pessoalmente do seu caso. Mas queremos sugerir que você sempre faça 4 perguntas aos seu médico: 

  

  • Isso é mesmo necessário? 

  • Quais são os riscos? 

  • Há outras opções? 

  • O que acontece se eu não fizer nada? 

  

A ideia, vamos dar crédito a quem de direito, é do neurocirurgião norueguês Christer Mjåset. O médico afirma que, em 30% dos casos, a resposta para a primeira pergunta será não. E a justificativa para isso é que muitos médicos se sentem pressionados pelos pacientes a indicar um curso de ação, ainda que ele não seja o ideal. 

Mjåset explica bem a questão em sua participação no TED Talks Oslo. Vale assistir.

Setembro 2019
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Quase 5 milhões de brasileiros são empregados pela cadeia da saúde no Brasil. O montante equivale a 11,3% da força de trabalho no País. De acordo com o Relatório de Emprego da Cadeia Produtiva da Saúde, que acabamos de publicar, 73,3% deste total ou cerca de 3,6 milhões são trabalhadores com carteira assinada no setor privado e 1,3 milhões se referem aos setores de saúde público. 

Apenas em julho de 2019, setores privados de saúde registrou 93,5 mil contratações e 88,1 mil demissões, totalizando um saldo positivo de 5,4 mil postos de emprego formal. O que corresponde a 12,2% do saldo geral de 43,8 mil novos postos de trabalho criados no País como um todo. Para nós, é evidente que a cadeia de saúde é uma das forças motrizes na economia nacional. A cadeia da saúde já responde por 11,3% da força de trabalho no País e o saldo de empregos na saúde privada tem respondido por mais do que esse porcentual no total de novos postos de trabalho gerados no mês. O que indica que a participação do setor tende a crescer ao longo do tempo. 

Outra questão importante demonstrada pelo relatório é que o setor continua contratando apesar de haver retração no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Entre julho deste ano e o mesmo mês do ano passado, 133 mil beneficiários deixaram seus planos de acordo com a última edição da NAB, uma retração de 0,3%. Ainda assim, o setor contratou mais 120 mil pessoas no período. Em nossa avaliação, os dados indicam que o setor acredita em um processo de recuperação do total de vínculos perdidos desde dezembro de 2014 – um processo que não será rápido – e está se preparando para voltar a crescer e atender com qualidade os futuros beneficiários. 

Está é a primeira edição em que o Relatório de Emprego da Cadeia Produtiva da Saúde traz o total de empregados também pelo setor público e mais dados sobre o segmento devem estar disponíveis na próxima edição da publicação, que irá permitir, pela primeira vez, uma análise temporal do nível de emprego nesta cadeia como um todo (público e privado). Estamos trabalhando para aprimorar a qualidade das informações que disponibilizamos ao mercado e fornecer ainda mais subsídios para as tomadas de decisões. 

Setembro 2019
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Enquanto o mercado de planos médico-hospitalar ainda está enfrentando dificuldades para voltar a crescer, como apontamos aqui no blog, o segmento de planos de saúde exclusivamente odontológicos tem apresentado avanços expressivos. Entre julho de 2018 e o mesmo mês de 2019, o setor cresceu 6,2%, somando 1,5 milhão de novos vínculos. No total, a modalidade conta com 24,96 milhões de beneficiários. 

Apesar de todas as regiões terem registrado aumento de vínculos, há bastante diferença de um canto do País para outro. No Centro-Oeste foram firmados 95,6 mil contratos, o que equivale a alta de 6,5%. O menor crescimento absoluto entre todas as regiões do Brasil. O movimento vai na direção oposta da contratação de planos médico-hospitalares, que têm avançado mais expressivamente nessa região do que no restante do País, especialmente pelos resultados de setores como o agronegócio e a indústria de transformação, que estão impulsionando a geração de postos de trabalho com carteira assinada na região. 

Por outro lado, o Sudeste, que perdeu beneficiários de planos médico-hospitalares entre julho deste ano e o mesmo mês do ano passado, foi a que mais registrou novos vínculos com planos exclusivamente odontológicos. A alta de 6% equivale a 834,3 mil novos vínculos. Acreditamos que o resultado demonstra o quanto a população anseia por ter um plano de saúde e, na impossibilidade momentânea de contar uma cobertura médico-hospitalar, muitas famílias estão optando por ter ao menos a cobertura odontológica. O mesmo vale para as empresas que, cada vez mais, ofertam o benefício como forma de atrair e reter talentos. 

Afinal, como mostra a pesquisa IESS/Ibope, 80% dos brasileiros consideram a oferta deste benefício como importante ou muito importante na hora de escolher entre empregos. 

A NAB ainda indica o aumento de 135,8 mil vínculos (5,5%) no Sul do Brasil; 293,9 mil (6,5%) no Nordeste; e, 126,5 mil (12,4%) no Norte. 

Para saber mais sobre o total de beneficiários no Brasil, você pode sempre consultar o IESSdata

 

Agosto 2019
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Se você acompanha o setor de saúde suplementar há algum tempo, certamente já ouviu alguém afirmando que precisamos mudar o modelo do sistema de saúde atual, de forma que ele deixe de ser centrado na doença e o atendimento assistencial seja estruturado com foco no paciente e na prevenção. Nós, certamente, já destacamos essa necessidade algumas vezes em nosso blog e estudos. 

Exatamente por isso, não poderíamos deixar de valorizar e destacar resultados como o do Programa de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos de Doenças (Promoprev), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quando começou, em 2009, a iniciativa contava apenas com 38 projetos de promoção da saúde. O número, contudo, tem avançado a olhos vistos. Apenas nos últimos cinco anos, de 2014 até 13 agosto de 2019, o total de ações inscritas no Promoprev cresceu 65,6%, avançando de 1,1 mil, em 2014, para os 1,9 mil atuais. 

No total, das 743 operadoras de planos médico-hospitalares ativas e com beneficiários, 53% ou 394, possuem iniciativas nesse sentido. Além disso, o número de beneficiários que participam dessas ações também tem avançado. Hoje, 2,3 milhões de pessoas fazem parte de programas cadastrados no Promoprev, 50% a mais do que há cinco anos. 

Para estimular a mudança de modelo de atenção assistencial no Brasil e a elaboração de programas de promoção da saúde e prevenção de riscos, a ANS oferece incentivos regulatórios às Operadoras de Plano de Saúde (OPS) que inscreverem iniciativas nesse sentido no Promoprev. Já para ajudar a atrair beneficiários, a agência também autoriza as OPS a ofertarem desconto na mensalidade do plano para participantes de programa para Promoção do Envelhecimento Ativo ao Longo do Curso da Vida. Além disso, para aqueles de gerenciamento de crônicos ou focados em uma população-alvo específica, também é possível conceder brindes, descontos em serviços e abono total de custos de coparticipação em procedimentos de saúde relacionados ao programa. 

Para saber quais operadoras têm programas inscritos no Promoprev, basta consultar o site da ANS

Quer saber mais sobre promoção da saúde? Consulte nossa Área Temática

Ah, se você tem um trabalho de pós-graduação sobre o tema, não perca tempo e inscreva-se agora no IX Prêmio IESS. As inscrições acabam em 15 dias! 

Agosto 2019
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A saúde mental é um assunto importantíssimo e, felizmente, cada vez mais debatido. A confusão acerca da inclusão da Síndrome de Burnout – doença ocupacional caracterizada por exaustão ou esgotamento mental, usualmente acompanhada de sentimentos negativos ou cinismo relacionados ao próprio trabalho e perda de efetividade nas tarefas diárias – no Código Internacional de Doenças (CID 10) teve, ao menos, o efeito positivo de estimular debates sobre essa e outras doenças mentais. 

Mesmo assim, ainda há muito a ser debatido para que a questão ganhe a relevância que merece, ao menos em nossa opinião. É preciso desmistificar o termo “doenças mentais”. Aliás, usado para classificar problemas de saúde muito diversos, que vão desde a demência até depressão, passando por transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), autismo, síndrome de Down, dislexia e muitos outros. 

O assunto é especialmente importante se considerarmos que o Brasil é o País com a maior proporção de ansiosos no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população no País têm algum nível de transtorno de ansiedade. Além disso, ainda de acordo com a entidade, 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. O que nos coloca como o quinto País com maior taxa de depressivos no mundo. 

É fundamental entender que esses distúrbios não estão relacionados apenas ao indivíduo e suas faculdades mentais ou herança genética, mas também a questões socioculturais, cenário político-econômico, fatores ambientais e, inclusive, condições de trabalho. 

Questões que ainda precisam ser melhor compreendidas em todo o mundo. Um levantamento da OMS indica que entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamento adequado. Já nos países de baixa e média renda, o porcentual é ainda maior, ficando entre 76% e 85%. 

Outro indicativo da relevância do assunto é o destaque dado ao tema nos relatórios de tendências para o setor de saúde da AON HewittWillis Tower Watson e Mercer Marsh – já comentados aqui. Parece consenso que o valor gasto para o tratamento dessas doenças deve avançar nos próximos anos e se juntar à lista das enfermidades que mais “consomem” recursos no setor, ao lado de câncer, doenças cardiovasculares e musculoesqueléticas. 

Se você quer contribuir para esse debate e tem um estudo sobre o assunto, não perca essa oportunidade de colaborar para o aperfeiçoamento do setor de saúde no Brasil e inscreva-se já no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Confira o regulamento

Ah, se você quer saber um pouco mais sobre a história do tratamento de doenças mentais no Brasil e no mundo, recomendamos a leitura da entrevista do Dr. Valentim Gentil, psiquiatra responsável pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), no site do Dr. Drauzio Varella

Agosto 2019
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Na última semana, a Apple anunciou a nova versão de seu smartwatch e, junto com ele, um novo aplicativo para coleta de informações de usuários do wearable (tecnologias para usar no corpo) com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de pesquisas científicas com foco em saúde populacional. Mais do que isso, a gigante de tecnologia aproveitou para divulgar parcerias com renomados institutos como as Universidades de Harvard e Michigan, o National Institutes of Health (NIH), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Hospital Brigham para a produção de três estudos utilizando dados coletados por meio do aplicativo. 

Os temas estudados serão: Saúde da Mulher, que irá analisar questões relacionadas ao desenvolvimento de ovário policístico, osteoporose, infertilidade, gravidez e menopausa; Coração e Movimento, que irá acompanhar como o ritmo de batimento cardíaco e atividades físicas cotidianas, como caminhar e subir escadas, influencia nos índices de hospitalização, quedas, desenvolvimento de problemas cardiovasculares e qualidade de vida; e, Estudo de Audição, que irá determinar como os sons a que as pessoas estão expostas no dia a dia podem impactar na capacidade auditiva. 

Os temas, em si, não são novidade. Mas o potencial tamanho da amostra a ser estudada pode revelar informações importantes. Especialmente no campo de saúde da mulher, que ainda carece de estudos amplos e focados nas necessidades particularidades deste público e em suas diferenças fisiológicas. 

Para participar dos estudos, os portadores de qualquer smartwatch da empresa poderão baixar o aplicativo e se voluntariar. Além da facilidade, a Apple garante que as informações serão disponibilizadas aos pesquisadores de forma  anônima, sem que seja possível identificar indivíduos. Outra vantagem é que os usuários poderão escolher quais informações compartilhar e acompanhar. 

Para nós, iniciativas como essa são muito importantes para incentivar o desenvolvimento de pesquisas capazes de colaborar para o aperfeiçoamento do setor e gerar efeitos positivos para a qualidade de vida da população em geral. Os mesmos motivos que nos levam a incentivar a pesquisa acadêmica com foco em saúde suplementar no Brasil por meio, por exemplo, do Prêmio IESS, que tem inscrições abertas até 15 de outubro. Confira o regulamento.

Agosto 2019
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De acordo com o relatório 2019 MedicalTrends Around the World, da Mercer Marsh, os custos médico-hospitalares avançaram 16,9% no Brasil ao longo do ano passado, 7,2 pontos porcentuais a mais do que a média global de 9,7%. Além disso, o relatório aponta que esses custos devem crescer outros 15,5% em 2019, novamente, um resultado bastante superior à média global estimada em 9,6%. 

A publicação é uma das três mais importantes projeções de custos médico-hospitalares no mundo, sendo que as outras duas são o relatório Global Medical Trends, da Willis Tower Watson – já analisado em nosso blog –, e o Global Medical Trends Rates Report, da Aon Hewitt – também já comentado aqui

Estes são, também, os documentos usados de base para o TD 69 – "Tendências da variação de custos médico-hospitalares: comparativo internacional".  Mas o que a análise dos três novos relatórios pode nos revelar? 

Primeiro, o Brasil deve permanecer como um dos 10 países com maior variação dos custos médico-hospitalares (VCMH) no mundo. Para ser mais preciso, o 8° de acordo com os documentos de Towers e Aon, o 7° segundo a Mercer. Considerando as três projeções, o avanço na VCMH nacional deve ficar entre 15,3% e 17%, com tendência de alta segundo a Towers e de recuo de acordo com as outras duas consultorias. Confira:  

  

Variação dos custos médico-hospitalares no Brasil 2018-19  

IESS 

  

Olhando para a média global, entretanto, há uma pequena diferença nas tendências detectadas pelos relatórios. De acordo com a Willis Tower Watson, a VCMH deve subir no mundo assim como no Brasil; Já a Aon Hewitt acredita que haverá arrefecimento da VCMH nos dois casos; enquanto o Mercer Marsh prevê que o indicador terá um comportamento praticamente idêntico ao do ano passado, com variação de apenas 0,1 ponto porcentual. 

  

Variação dos custos médico-hospitalares no mundo 2018-19 

IESS_1 

  

As principais causas de avanço dessas despesas são gastas com o tratamento de câncer e doenças dos sistemas circulatório, gastrointestinal e respiratório. Além disso, o todos os relatórios apontam que as doenças mentais devem se tornar, cada vez mais, uma questão constante para os sistemas de saúde ao redor do globo. 

Agosto 2019
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O aumento do total de beneficiários de planos médico-hospitalares avançou em linha com a redução do nível de desemprego no Brasil em junho de 2019. De acordo com a última edição da NAB, que acabamos de publicar, foram firmados 108,1 mil novos vínculos com estes planos entre junho deste ano e o mesmo mês do ano anterior. No mesmo período, o saldo de desempregados apurado pelo IBGE recuou de 12,9 milhões para 12,8 milhões. Com o avanço, o setor atende 47,3 milhões de beneficiários. 

Achamos fundamental destacar que o aumento dos planos coletivos empresariais, que são os que respondem ao emprego com carteira assinada, foi de 237 mil novos contratos entre junho de 2018 e junho de 2019. 

Ou seja, os números confirmam aquilo que temos apontado: o mercado de saúde suplementar guarda uma relação direta com o número de empregos formais no País e depende de sua recuperação, especialmente nos setores de indústria, comércio e serviços nos grandes centros urbanos e nas fronteiras do agronegócio. O processo de reaquecimento do mercado de trabalho, principalmente nesses setores, é importante para que a população possa alcançar o sonho de contar com esse benefício, o 3° maior do brasileiro de acordo com pesquisa IESS/Ibope

O resultado de julho foi impulsionado pela faixa etária de 59 anos ou mais, que cresceu 2,5% em 12 meses, enquanto as outras faixas tiveram retração. No que diz respeito às regiões, novamente, o Centro-Oeste foi a que mais cresceu, apresentando aumento de 2,2% em 12 meses. 

No segmento de planos exclusivamente odontológicos, a NAB registrou 1,3 milhão de novos vínculos. Incremento de 5,7%. Com isso, o mercado já alcançou a marca de 24,8 milhões de beneficiários na carteira das Operadoras de Planos de Saúde (OPS) deste tipo. 

Se o ritmo de contratações de planos exclusivamente odontológicos registrado no último trimestre se mantiver até o fim do ano, projetamos que o segmento irá ultrapassar o total de 25 milhões de vínculos deste tipo. 

Fazer uma projeção para o setor de planos médico-hospitalares contudo é mais difícil, uma vez que este já é um mercado mais consolidado no País. Claro que ainda há espaço para crescer, mas esse movimento, como já apontamos, está vinculado ao ritmo de geração de empregos formais no País. Por outro lado, os planos exclusivamente odontológicos, até pelo volume de beneficiários, tem um potencial maior de crescimento, especialmente porque têm sido usados como ferramenta para atrair e reter talentos em empresas de pequeno e médio porte no País. 

Junho 2019
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A cadeia de valor da saúde gerou 123,1 mil novas vagas privadas formais de trabalho entre maio de 2019 e o mesmo mês de 2018, alta de 3,6%. Neste período, descontando os empregos com carteira assinada do setor de saúde, a economia nacional gerou 279,2 mil postos de trabalho formais. O resultado representa quase um terço (30,6%) do saldo de 402,4 mil empregos registrados na economia como um todo.  

Os dados estão na última edição do Relatório de Emprego, que acabamos de publicar e que, a partir de agora, passa a se chamar “Relatório de Emprego com Carteira Assinada na Cadeia Produtiva da Saúde” para explicitar que os empregos computados no setor são aqueles feitos de acordo com as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sem considerar os funcionários públicos estatutários que atuam na saúde pública (funcionários públicos CLT estão contabilizados). Além disso, ao considerar o setor de Saúde como um todo, enfatiza-se que outras atividades, como fornecedores, servem tanto à saúde suplementar quando à saúde pública. 

De fevereiro a maio deste ano, a saúde gerou 38 mil novos postos privados de trabalho com carteira assinada, correspondendo a um avanço de 1,1%. Enquanto isso, a economia (descontando o resultado do setor) teve crescimento de 0,2%, com um saldo de 80,8 mil empregos formais. 

Números que, em nossa opinião, indicam a importância do setor para a recuperação da economia nacional e geração de emprego formal. 

Comentaremos mais sobre os dados nos próximos dias. 

Junho 2019
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Desde 2016, há 3 anos portanto, temos defendido a necessidade do desenvolvimento de novos produtos de saúde, especialmente na linha de planos com franquia e coparticipação. O que, acreditamos, traz o beneficiário para mais perto do processo decisório e ajuda a evitar desperdícios no setor – que não são poucos, como também já falamos aqui

Agora, a última edição do Boletim Científico apresenta o estudo “Planos de Saúde com franquia anual e Prevenção”, que indica que planos com franquia podem comprometer a utilização de serviços de saúde com foco preventivo, o que terminaria por onerar o sistema, já que doenças detectadas tardiamente tendem a exigir tratamentos mais longos e custosos, e pior, gerariam impactos na qualidade de vida dos beneficiários. 

De acordo com o estudo, de 2009 a 2016 a opção por esse tipo de plano com franquia anual mínima de US$ 1.350 para um indivíduo e US$ 2.700 para uma família apresentou crescimento nos Estados Unidos ao mesmo tempo em que gerou uma redução significativa na utilização geral de serviços preventivos. 

Antes de contrapor o que defendemos, o resultado reforça nossa tese. Os planos com franquia têm um elevado potencial para tornar o beneficiário mais criterioso com o uso de serviços de saúde, já que passa a perceber efetivamente seu custo. Contudo, como destacamos desde o começo, esse tipo de plano precisa ser acompanhado de cláusulas de promoção de saúde que garantam que a realização de exames e consultas de rotina e com caráter preventivo não entrem na coparticipação, mas permaneçam a encargo direto das operadoras de planos de saúde para não desincentivar esse tipo de consulta e gerar maiores problemas depois. 

Se você tem dúvidas sobre como funciona a franquia de planos de saúde, recomendamos a leitura de nosso post sobre o assunto aqui, no blog. Além disso, você pode consultar nossa Área Temática sobre novos produtos e soluções para a saúde suplementar e conhecer melhor esses e outros modelos de planos.