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Junho 2020
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Há uma série de fatores que impactam na posse ou não de um plano de saúde privado, como trabalho, renda, região, composição da família, entre outros. Vale lembrar, inclusive, que este é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas de educação e casa própria, segundo pesquisa do IBOPE/IESS

O desejo de ter filhos e a realização dessa vontade, no entanto, podem ter resultados bem diferentes no que diz respeito à posse de um plano de saúde. O estudo “Family formation and the demand for health insurance” (Formação familiar e demanda por seguro de saúde) publicado na última edição do Boletim Científico abordou exatamente essa questão.

Assim como no Brasil, na Austrália – País estudado pelos autores – a população pode receber tratamento hospitalar gratuito em hospitais públicos por meio de um sistema de assistência universal à saúde. Os principais benefícios de se ter um plano de saúde privado são de poder optar pelos médicos de preferência ou ainda o menor tempo de espera para diferentes procedimentos.

Por meio da análise dos dados da Pesquisa Longitudinal Australiana – Coorte Saúde de Mulheres Jovens, com 14.247 participantes na 1ª onda, os autores estimaram um modelo empírico de demanda pelo seguro de saúde e concluíram que a formação da família afeta a demanda de plano entre as mulheres jovens. Aquelas que desejam mais filhos do que já possuem são 6% mais propensas a contar com assistência particular.

A presença de crianças, no entanto, reduz a chance de ter um plano. Segundo a análise, em média, cada criança adicional numa família reduz a probabilidade de cobertura do seguro saúde privado em 13%. Segundo os pesquisadores, as despesas relacionadas com as crianças acabam por impactar e substituir o que seria direcionado ao seguro saúde.

No geral, os resultados mostram um padrão no qual as mulheres passam a contar com um plano privado de assistência à saúde na preparação da gravidez e deixam o seguro quando terminam a construção da família e outros despesas surgem para competir pelo orçamento.

Veja outros detalhes desse e de outros estudos na última edição do Boletim Científico.

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