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Maio 2020
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Já pontuamos em diferentes momentos sobre a importância de se incluir e manter hábitos saudáveis no dia a dia. A obesidade, por exemplo, é um dos grandes perigos da atualidade e já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ao mesmo tempo em que observamos o avanço da longevidade da população em geral e dos tratamentos para doenças que desafiam a medicina, como o câncer, há a incidência de outros problemas em decorrência de maus hábitos de saúde. Dados da OMS mostram que epidemia de sobrepeso e obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos em todo o mundo.

Segundo o estudo “Beyond weight loss: Impact of a weight management programme for mid-older Australians in private health insurance” (Além da perda de peso: impacto de um programa de controle de peso para australianos de meia-idade num seguro de saúde privado) publicado na última edição do Boletim Científico, aproximadamente dois terços dos adultos australianos estão em situação de sobrepeso ou obesidade. O trabalho reforça que a preocupação com a saúde da população também deve vir por parte do setor privado. Por lá, metade dos habitantes possui seguros de saúde.

O estudo investigou o impacto de programas de perda de peso na vida dos australianos com planos de saúde. O programa Healthy Weight for Life (HWFL), é um intensivo de 18 semanas para perda de peso e modificação do estilo de vida de modo remoto (portal online, telefone, SMS, e-mail e correio) em que a própria operadora convida o beneficiário e o encaminha ao médico. Para a análise, os pesquisadores utilizaram dados de antes e depois do programa para 490 participantes e um grupo de controle de 110 pessoas que não realizaram mudanças na rotina.

A maioria dos participantes inicialmente (na avaliação de 3 meses) perdeu de 5% a 9,9% de peso, correspondendo a uma perda média de 9,1 kg. A manutenção da perda de peso foi alcançada por 76% dos participantes em 3 meses e 62% em 6 meses, estabilizando em 55% e 56% em 9 e 12 meses, respectivamente.

Desse modo, os autores concluíram a necessidade de programas de apoio com essa e outras finalidades que visam garantir o bem-estar e a saúde dos beneficiários no longo prazo.

Veja esse e outros estudos na última edição do Boletim Científico.

Se você está concluindo uma artigo científico que vai apresentar até 31 de agosto, aproveite que o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar está com inscrições abertas, confira o regulamento  e participe.

Setembro 2019
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Hoje, o Outubro Rosa é uma campanha mundialmente conhecida por sua importância na detecção precoce do câncer de mama, mas nem sempre foi assim. A iniciativa começou a ganhar força com organização da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA), em 1990, pela Fundação Susan G. Komen, mas demorou para se espalhar pelo mundo. No Brasil, começou a ter relevância a partir de 2008, quando entidades como a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), o Instituto Oncoguia – ONG líder da Iniciativa Global Komen no Brasil – e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) se uniram para iluminar importantes marcos como o Cristo Redentor e “jogar luz” sobre a questão. 

No mundo todo, o câncer de mama é o segundo tipo da doença mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A cada ano, são registrados cerca de 2,1 milhões de novos casos da doença ao redor do globo, sendo que quase 60 mil se concentram no Brasil de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Apenas em 2018, ainda segundo a OMS, cerca de 627 mil mulheres faleceram em decorrência da doença. O que torna vital campanhas de promoção de saúde como o Outubro Rosa, já que diagnosticar o câncer precocemente aumenta significantemente as chances de cura. O Instituto Oncoguia aponta que 95% dos casos identificados em estágio inicial têm boas possibilidades de cura. 

Para que isso ocorra, o INCA reforça que é necessário atenção aos seguintes sinais: 

  

• Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher 

• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja 

• Alterações no bico do peito (mamilo) 

• Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço 

• Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos 

Caso qualquer um desses sintomas seja percebido, o ideal é procurar um médico para uma avaliação completa. Nesses casos, pode se mostrar necessário uma mamografia, mas atenção: o exame não é suficiente para determinar a existência de câncer. É fundamental a confirmação diagnóstica por meio da biópsia de uma parte do nódulo ou da lesão detectado. 

Além disso, vale destacar que o melhor método para a detecção desses sintomas é o autoexame, sendo que a mamografia é recomendada apenas para confirmar uma alteração após um exame médico ou em pessoas com histórico familiar da doença. 

Para quem não se encontra em uma dessas situações, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja feita uma vez a cada dois anos apenas por mulheres entre 50 anos e 69 anos. 

Maio 2019
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Já destacamos que a cirurgia bariátrica não pode ser apenas estética, quais os riscos gerais relacionados ao procedimento e também destacamos o aumento do probabilidade de fraturas após a realização do procedimento. 

Claro, sempre fazemos questão de lembrar que não estamos “demonizando” a operação. A cirurgia bariátrica é um importante recurso para combater a obesidade, uma epidemia mundial que atinge 1 a cada cinco brasileiros, como também já apresentamos aqui. Contudo, é um recurso que deve ser empregado com parcimônia, somente após acompanhamento médico e preparação psicológica. 

Agora, um estudo brasileiro conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e publicado em uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo, a Nature, indica mais um perigo a ser considerado antes da decisão por realizar o procedimento: o risco do desenvolvimento de câncer no estômago excluso (a parte do estômago que perde sua função após o procedimento e é mantida dentro do corpo). 

De acordo com os pesquisadores, essa parte do órgão que é mantida sem uso dentro do corpo do paciente após a cirurgia feita por by-pass gástrico (a modalidade mais comum do procedimento) se torna um “terreno fértil” para o desenvolvimento de tumores. Para entender melhor o assunto, recomendamos a leitura da reportagem “Brasileiros desvendam possível fonte de problemas após cirurgia bariátrica”, publicada na revista Saúde É Vital, com entrevistas de três pesquisadores envolvidos no estudo. 

Novamente, nosso intuito não é desencorajar a realização do procedimento. Apenas, como os próprios pesquisadores destacaram na entrevista, lembrar que “a cirurgia tem inúmeras vantagens quando bem indicada. (...) O que nosso estudo alerta é que a cirurgia não pode ser banalizada e utilizada como uma pílula mágica para o alcançar o emagrecimento saudável”. 

Quer saber mais sobre cirurgia bariátrica e obesidade? Confira nossa Área Temática