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Abril 2018
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Cerca de 15 mil casos de câncer por ano são atribuíveis ao excesso de peso e obesidade no Brasil. O dado alarmante faz parte de pesquisa inédita realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Divulgado na revista científica Cancer Epidemiology no dia 28 de março, a pesquisa mostra que o excesso de peso está relacionado com o aumento no risco de neoplasias da mama (pós-menopausa), cólon e reto, corpo do útero, vesícula biliar, rim, fígado, mieloma múltiplo, esôfago, ovário, pâncreas, próstata, estômago e tireoide. Somados, esses 14 tipos de câncer representam metade dos mais de 400 mil casos de câncer diagnosticados anualmente no país.

Levando em consideração 10 anos para a ocorrência dos cânceres, os pesquisadores estimaram que, em 2012, cerca de 10 mil casos de câncer em mulheres e 5 mil em homens são atribuíveis ao sobrepeso e obesidade em 2002. Para elas, a maioria foi de mama (5 mil), corpo do útero (2 mil) e cólon (700), já nos homens, cólon (1 mil), próstata (900) e fígado (650) foram os mais comuns.

A notícia é ainda mais alarmante ao lembrar que a cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso, segundo a última pesquisa Vigitel Saúde Suplementar 2016. No total da pesquisa, 18,7% dos homens beneficiários de planos de saúde estão obesos enquanto, entre as mulheres, a proporção é de 17%. Como já mostramos aqui, esse número é ainda menor quando comparado com o total da população brasileira. Também em 2016, 1 a cada 5 brasileiros tinha IMC igual ou superior a 30 kg/m², o que caracteriza a obesidade.

Além disso, a prevalência desse mal entre os beneficiários de planos de saúde tem aumentado consideravelmente. Subiu de 14,2%, em 2008, para 18,7% em 2016 entre os homens e de 11,2% para 17% entre as mulheres no mesmo período. Vale lembrar que o sobrepeso – caracterizado por IMC maior ou igual a 25 kg/m² – atinge 53,7% dos beneficiários de planos de saúde, segundo o Vigitel Saúde Suplementar

Má alimentação, pouca atividade física e sedentarismo são fatores determinantes para excesso de peso e obesidade, em conjunto com outros hábitos de vida e consumo. Portanto, é cada vez mais clara a necessidade de políticas e ações voltadas para maior conscientização de diferentes populações sobre as consequências do estilo de vida. 

Janeiro 2017
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Quanto custa? A pergunta tão frequente de muitos momentos da nossa vida é uma raridade para os beneficiários de planos de saúde, exceto na hora de contratar o plano. Muitas pessoas vem o plano como um cheque em branco para gastar com consultas e tratamentos, o que acaba aumentando os custos de planos de saúde para todos.

O estudo “How Much Will I Get Charged for This?” Patient Charges for Top Ten Diagnoses in the Emergency Department", publicado na 15º edição do Boletim Científico com o título “Quanto será cobrado por isso? Taxas cobradas de pacientes para os dez primeiros diagnósticos no departamento de emergência”, retrata exatamente essa realidade e aponta que cuidados médicos agudos estão se tornando um problema financeiro que pode comprometer a sustentabilidade do setor de suplementar. 

O artigo pesquisou a variação de preços dos 10 problemas mais comumente tratados em emergências nos Estados Unidos e apontou tratamentos caros com uma ampla variedade de preços. Segundo os pesquisadores, uma das medidas mais eficientes para evitar a escalda de preços seria a publicação desses custos, o que daria aos pacientes mais condições para tomarem decisões quanto onde querem ser tratados e também estimularia a concorrência no mercado.

Como já temos falado, a adoção de indicadores de qualidade e a transparência com os custos de tratamentos é fundamental para que os pacientes se tornem mais participativos e passem a colaborar para saúde financeira de seus planos de saúde.