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Maio 2021
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O envelhecimento da população brasileira sozinho irá gerar um crescimento de 11% da despesa assistencial per capita nos próximos dez anos. É o que mostra o estudo “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar”, que acabamos de publicar. A pesquisa traz três diferentes cenários para estimar as implicações da mudança demográfica e do crescimento da economia na saúde suplementar.

No primeiro, foi avaliado o impacto isolado do envelhecimento, mantendo-se constantes as taxas de cobertura na população projetada pelo IBGE para cada ano. Nesse cenário, o crescimento estimado do número de beneficiários foi de 8,6% até 2031, chegando a 50,9 milhões. 

O infográfico 2 mostra que o número de beneficiários nas faixas acima de 59 anos cresce durante todo o período projetado, enquanto o número de beneficiários com menos de 59 anos se reduzirá no mesmo período, refletindo a mudança demográfica da população brasileira. No total, a faixa etária de 60 anos ou mais crescerá 47,1%.

Nos demais cenários, mais realistas, além do envelhecimento, é levado em consideração o crescimento do PIB per capita. Vale lembrar que o número de beneficiários de planos de saúde tem relação estreita com o desempenho da economia, o que se reflete na taxa de cobertura em todo o país. A forma como a economia evolui influencia o mercado de trabalho e a renda da população, que são fatores importantes na determinação da demanda por planos de saúde.

No cenário 2, o PIB per capita cresce a 1,6% a.a. e o número de beneficiários projetado é de 62,0 milhões em 2031; no Cenário 3, a taxa do PIB per capita é 2,9% a.a. e o número de beneficiários vai a 67,6 milhões em 2031. As taxas para o PIB per capita são provenientes da Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil no período de 2020 a 2031, estabelecida por decreto em 2020.

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Infográfico 1 – Projeção do número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares, 2020 a 2031.

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Infográfico 2: Projeção do número de beneficiários por faixa etária para 2020 a 2031.

 Continuaremos apresentando mais números da nossa projeção “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar”. Acesse aqui o material na íntegra - http://bit.ly/TD_IESS

Pôster | Despesas com internações de operadora de autogestão segundo o porte hospitalar

Nome admin Sobrenome .
Submitted by admin on qui, 18/03/2021 - 17:02

Pôster sobre despesas com internações de operadora de autogestão segundo o porte hospitalar, com base no Estudo Especial: Despesas com internações de operadora de autogestão, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.

Fevereiro 2021
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Quem ainda não conhece alguns dos termos do setor, pode não entender importantes mecanismos do funcionamento da saúde suplementar. Uma dessas questões é sobre a sinistralidade. E a gente deixa um pouco mais claro: cada vez que o beneficiário aciona o plano de saúde para marcar um procedimento (consultas, exames ou cirurgias), essas ações são caracterizadas como sinistros. A sinistralidade é a relação entre o número de procedimentos para os quais o plano de saúde foi acionado por um beneficiário e o prêmio (valor pago na mensalidade ou pela empresa).

Vale lembrar que os reajustes do plano de saúde coletivo empresarial ou por adesão são determinados a partir das negociações entre a empresa e a operadora de plano de saúde, de acordo com as regras do contrato. Nesse sentido, são considerados diversos fatores para a negociação e, para se chegar no valor do reajuste, a sinistralidade é levada em conta. Já que os planos de saúde são contratados de forma coletiva, a sinistralidade daquele contrato será avaliada coletivamente. É necessário, portanto, o uso responsável de cada pessoa que usufruir daquele benefício.

Mas porque estamos falando tudo isso? A revista Seguro Total publicou recentemente um artigo que apresenta alguns importantes aspectos sobre o tema, a importância do maior controle dessa taxa e os principais fatores que aumentam os sinistros.

A publicação mostra que um estudo realizado por alunos do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, apontou que a falta de percepção das pessoas sobre a própria saúde é uma das questões que levam à superutilização dos serviços de saúde. Para tanto, operadoras e entidades do setor têm se movimentado. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), por exemplo, tem orientado sobre a necessidade de adoção de programas preventivos, buscando reduzir os procedimentos que poderiam ser facilmente evitados por meio da prevenção e do autocuidado.

O artigo também traz outros pontos, como da diminuição do quadro de funcionários da empresa – que irá elevar a taxa de sinistralidade -, os procedimentos desnecessários, como excesso de exames.

A revista ainda reforça a nossa pesquisa IESS/Ibope que mostra que quase 90% dos usuários de plano de saúde de fato utilizam seus serviços, apresenta a satisfação com seu benefício e outros aspectos.

Acesse aqui a publicação na íntegra.

Ainda tem dúvidas de outros temas importantes para o setor? Continue nos acompanhando!

Novembro 2020
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Mesmo representando menos de 1% do total de procedimentos na saúde suplementar, as internações detêm a maior parcela das despesas do segmento. O alerta está na “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019”. No período analisado, as despesas com esse tipo de procedimento tiveram elevação de 70,1%, saltando de 47,3 bilhões em 2014 para 80,4 bilhões em 2019.

Em 2019, as internações responderam por 44,8% do total das despesas do setor, seguidas por R$ 36 bilhões com exames complementares, o que representa 20,1%, e R$ 25,8 bilhões com consultas médicas, 14,1% dos gastos. Além das despesas com terapias e demais despesas médico-hospitalares.

Em 2019 foram realizadas quase 8,6 milhões de internações entre os beneficiários da saúde suplementar, número 13,9% maior na comparação com 2014. O que mostra que a taxa de internação no setor está aumentando, tendo passado de 15,1%, em 2014 e para 18,4% em 2019.

O Brasil passa por um fenômeno de transição demográfica e envelhecimento populacional. Claro que é um avanço da sociedade e da medicina, mas isso traz um aumento das despesas médicas e acende um alerta para a necessidade de se pensar mecanismos para garantir equilíbrio econômico-financeiro, satisfação e qualidade para todos os envolvidos na cadeia, sejam beneficiários, operadoras e prestadores de serviços.

Para se ter uma ideia, o número de internações por fraturas de fêmur entre idosos (60 ou mais anos) quase dobrou, passando de 10,8 mil para 20,7 mil. Outro dado que chama a atenção é do número de internações por problemas cardíacos, também fortemente relacionados com o envelhecimento da população. A internação por infarto agudo do miocárdio cresceu 38,5% entre 2014 e 2019 e para implantação de marcapasso passou de 10,4 mil para 13,7 mil, avanço de 31,8%. As internações por doenças do aparelho circulatório e respiratório representaram cerca de 11,6% do total de internações em 2019.

Nós já mostramos aqui que o setor de planos de saúde médico-hospitalares registrou aumento das despesas na assistência à saúde, mesmo com redução do número total de beneficiários e também o avanço na quantidade de procedimentos de assistência médico-hospitalar realizados no mesmo período. Veja aqui.

Com o objetivo de contribuir ainda mais com a disseminação de dados da assistência à saúde no Brasil, o IESS elaborou o documento com base nos números do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Acesse aqui o estudo aqui.

Novembro 2020
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Nós já mostramos aqui que o setor de planos de saúde médico-hospitalares registrou aumento das despesas na assistência à saúde, mesmo com redução do número total de beneficiários. A “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019” também mostra que cresceu a quantidade de procedimentos de assistência médico-hospitalar realizados no mesmo período. No intervalo analisado, o número total passou de 1,19 bilhão para 1,43 bilhão, aumento de 19,6%.

Nesse período, observamos que houve um aumento de 28,1% no número de procedimentos por beneficiário, o que corresponde a um salto de 14 exames complementares por beneficiário em 2014, por exemplo, para 19 em 2019. O número de brasileiros com planos de saúde foi de 50,1 milhões para 47,0 milhões, redução de 6,1%, no mesmo intervalo de tempo.

A análise mostra que todos os procedimentos apresentaram aumento, em especial dos exames complementares, com crescimento de 28,7%; terapias, com avanço de 27,7%; e internação, que registrou aumento de 13,9%. Em 2019, foram realizados 916,5 milhões de exames complementares, 277,5 milhões de consultas médicas ambulatoriais, 158,8 milhões de outros atendimentos ambulatoriais (sessões/consultas com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, psicólogos e outros), 72,0 milhões de terapias e 8,6 milhões de internações.

Importante lembrar que os dados podem significar que os brasileiros estão mais conscientes da importância de se ter um acompanhamento médico ao longo da vida do que realizar visitas pontuais aos prontos-socorros. No entanto, é fundamental estarmos atentos para a superutilização de exames e procedimentos. A publicação reforça a necessidade de repensar o setor, aprimorar sua gestão e enfrentar desafios como a adoção de programas efetivos de promoção da saúde.

Para se ter uma ideia, a análise mostra que, na saúde suplementar brasileira, o número de exames de ressonância magnética por mil beneficiários passou de 115,4 em 2014 para 179,0 em 2019. Essa taxa é superior à média dos Estados Unidos (128,0), da Islândia (109,3) e do Canadá (54,5), por exemplo. Países com os valores mais altos entre os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Continuaremos apresentando novos dados da “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2014 e 2019”. Acesse o estudo aqui.

Julho 2019
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As despesas assistenciais das operadoras de planos de saúde (OPS) médico-hospitalares em 2018 somaram R$ 160,1 bilhões. O valor representa um aumento de 10,5% em relação às despesas para atender aos pacientes registradas no ano anterior, de acordo com a análise especial que fizemos do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, apresentada aqui no blog, na última sexta-feira (12/07). 

Foram realizados 1,4 bilhão de procedimentos para atender aos beneficiários de planos médico-hospitalares em 2018, 5,4% a mais do que em 2017. O total de terapias foi o que mais avançou, saltando de 77,2 milhões em 2017 para 93,4 milhões em 2018. Alta de 21%. Além disso, foram realizados 274,4 milhões de consultas, 164,2 milhões de outros atendimentos ambulatoriais (por exemplo, consultas e sessões com nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e outros procedimentos ambulatoriais), 861,5 milhões de exames e 8,1 milhões de internações. 

Apesar de o volume de terapias ter sido o que mais cresceu na comparação anual, quando olhamos para os valores com as despesas assistenciais, o maior incremento aconteceu em outros atendimentos ambulatoriais. Em 2018, foram R$ 13,3 bilhões ante R$ 10,6 bilhões do ano anterior, alta de 24,9%. Já as despesas com terapias avançaram 23,1%, passando de R$ 10,4 bilhões para R$ 12,8 bilhões. 

As internações são o tipo de procedimento responsável pela maior parcela das despesas assistenciais com beneficiários de planos médico-hospitalares. Foram R$ 68,2 bilhões investidos em 8,1 milhões de internações em 2018. No período de 2017 e 2018, houve crescimento na quantidade de internação, mesmo com a queda do número de beneficiários, e a tendência observada nestes dois anos é de que o movimento deve continuar a crescer, dado o rápido envelhecimento da sociedade brasileira, especialmente se não avançarmos em agendas de Promoção de Saúde, Prevenção de doenças, Coordenação do Cuidado e Atenção Primária à Saúde (APS). 

Também vale notar que as despesas assistenciais das OPS com os beneficiários de planos médico-hospitalares complementam o total executado pelo Governo Federal com o Sistema Único de Saúde (SUS) ao longo de 2018. De acordo com o Portal da Transparência, mantido pela Controladoria Geral da União (CGU), o Governo Federal contava, em 2018, com um orçamento total de R$ 121,9 bilhões para a saúde como um todo e executou R$ 108,2 bilhões. Nesse mesmo ano, a saúde suplementar somou mais R$ 160,1 bilhões com as despesas assistenciais para atender cerca de 47,20 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares (isso sem contar despesas administrativas e tributos). 

Todo esse investimento tem um importante fator social também para os não beneficiários da saúde suplementar. Uma vez que, ao atender um quarto da população brasileira, o sistema de saúde privado colabora para a saúde dos Brasileiros. 

Maio 2019
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O total de beneficiários de planos médico-hospitalares caiu 6,3% entre dezembro de 2014 e o mesmo mês de 2018, o que equivale ao rompimento de 3,2 milhões de vínculos, conforme detalha a Análise Especial da última Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).  

Apesar do recuo no total de vínculos, as despesas assistenciais (os gastos das operadoras com exames, consultas, internações, terapias e outros procedimentos dos beneficiários em suas carteiras) médico-hospitalares seguiu no sentido oposto. Em 2014, elas tiveram um gasto médio mensal por beneficiário de R$ 173,86. Já no fim do ano passado este gasto estava em R$ 281,81. Um aumento de 62,1%.  

Vale destacar que o aumento não se deve à redução de beneficiários, mas a um efetivo aumento das despesas assistenciais totais. Em 2014, elas foram de R$ 105,2 milhões. Já em 2018, foram 159,8 milhões. Incremento de 51,8%. 

Apenas como um exercício de projeção, se o setor não tivesse perdido beneficiários e tivesse mantido o crescimento do gasto assistencial médio mensal per capita, as despesas assistenciais totais em 2018 atingiriam o montante de R$ 170,6 milhões. Quase R$ 11 milhões a mais do que efetivamente foi registrado no ano passado. 

O importante, contudo, são os fatores que fizeram as despesas assistenciais continuarem a avançar mesmo com a redução do total de vínculos com planos de saúde: incorporação de novas tecnologias sem avaliações criteriosas de custo efetividade; desperdícios e fraudes de cerca de R$ 28 milhões (em 2017); envelhecimento populacional; e judicialização. Todos assuntos que temos explorado aqui no Blog e que podem ser facilmente acessados por meio de nossa Área Temática

Se você também se interessa pelo assunto e quer ver mais dados, uma ótima opção é acessar o IESSdata. Se o seu interesse se materializar em um trabalho acadêmico, fique atento, as inscrições para o IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar já estão para começar. Acompanhe nosso blog para não perder nenhuma novidade. 

Pôster Despesas Internação Autogestão Qualihosp

Despesas com internações de operadora de autogestão segundo o porte hospitalar | Natalia Lara

Março 2019

Pôster sobre despesas com internações de operadora de autogestão segundo o porte hospitalar, com base no Estudo Especial: Despesas com internações de operadora de autogestão, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.