Burnout e absenteísmo entre os profissionais de saúde
Nós falamos recentemente aqui sobre os dados de atendimentos e internações em hospitais privados ao longo de 2020 e no primeiro trimestre de 2021. Com o aumento de casos de Covid-19, os hospitais privados registraram uma taxa de ocupação maior nos três primeiros meses deste ano do que no mesmo período de 2020 (70%), mas ainda inferior a 2018 (75,9%) e 2019 (76,2%). Os dados estão no Observatório Anahp 2021 e na 6ª Nota Técnica (NT), divulgados pela instituição recentemente.
As publicações reforçam os dados do nosso relatório de emprego de que, na contramão dos indicadores econômicos e sociais do Brasil, o setor de saúde, um dos principais geradores de emprego no País, manteve o ritmo de contratações.
O relatório mostra que no saldo de admissões e desligamentos de empregos formais na saúde, chegou a 111 mil em 2020, sendo 78 mil em atividades hospitalares, os maiores números registrados desde 2012.
No entanto, também revela um grave desafio enfrentado pelo setor ao longo de 2020. Junto com as novas contratações, cresceu também o absenteísmo. O contágio de profissionais da saúde e o esgotamento (burnout) são fatores que explicam o forte aumento na taxa, que saiu de 2,16% em 2019 para 3,56% em 2020.
Neste ano de 2021, o absenteísmo (menor ou igual a 15 dias) também apresentou aumento. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a taxa foi de 2,4% no último ano para 3,4% no atual.
O Observatório Anahp e a 6ª Nota Técnica do Observatório consolidam os cenários até março de 2021 e mostram a tendência para os próximos meses. Na análise, pode-se concluir que 2021 continuará sendo muito desafiador para os sistemas de saúde com perspectivas de ‘ondas’ de Covid-19, taxa de ocupação de leitos, perfil epidemiológico, entre outros.
Continuaremos apresentando outros números do setor nos próximos dias. Acesse aqui as publicações.