Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Julho 2021
Salvar aos favoritos Compartilhar

A última edição do Boletim Científico do IESS já está disponível e um tema em particular esteve presente em trabalhos destacados pela publicação: a Covid-19. Foco dos profissionais de saúde desde o começo de 2020, as consequências do novo Coronavírus tiveram impacto nos portadores de algumas doenças. Por essa razão, pesquisadores, médicos e cientistas focaram seus estudos em entender de que forma a pandemia influenciou determinados quadros clínicos.

Na primeira parte do material, dedicado aos temas que envolvem economia e saúde, um estudo é dedicado à redução do número de pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) suspeita e confirmada durante os primeiros meses da pandemia. Os autores fizeram a análise de uma rede brasileira de hospitais privados com 16 unidades.

No levantamento, constatou-se que, a média de pacientes com suspeita de sintomas da SCA nos primeiros três meses da pandemia (março a maio de 2020), reduziu 42,1% em comparação aos 12 meses anteriores. Diminuiu 46,6% quando esses três meses iniciais foram comparados aos mesmos meses de 2019. O estudo ainda apontou que, neste intervalo, houve redução de 39,6% em relação a janeiro e fevereiro de 2020.  A queda nos números indica que há possibilidades de pacientes graves não terem procurado os serviços de emergência devido ao isolamento social, o que pode ter resultado em óbito em ambiente doméstico.

Outro destaque sobre a Covid-19 apontado no Boletim Científico diz respeito à alta da mortalidade da doença para aqueles pacientes hospitalizados portadores de diabetes. A pesquisa refere-se aos dados de um plano de saúde brasileiro com dados compreendidos entre março e dezembro de 2020. Do total de pacientes internados com Covid-19, 12,4% eram diabéticos e a taxa de mortalidade para esse grupo ficou em 28,4%. O percentual de óbitos daqueles que não possuíam a comorbidade ficou em 18%. O estudo conclui que o diabetes aumenta o risco de mortes intra-hospitalar de pacientes com Covid-19.

Para acessar o Boletim Científico do IESS completo com esse e outros trabalhos, clique AQUI.

Julho 2021
Salvar aos favoritos Compartilhar

Já está disponível a edição 29 do Boletim Científico do IESS com uma síntese de publicações científicas veiculadas no 1º semestre de 2021. Essa é a primeira edição do ano e traz artigos relacionados à saúde suplementar que obtiveram destaque em periódicos acadêmicos no Brasil e no mundo com temas ligados à tecnologia, economia e gestão.

O propósito do Boletim Científico é trazer mais clareza a pesquisas e estudos de forma a torná-los mais acessíveis. A linguagem, mais objetiva, busca uma aproximação maior com o cotidiano dos leitores.

O conteúdo é dividido em dois macrotemas. A primeira parte é dedicada aos estudos que relacionam a saúde com economia. Nesta seção, você encontra pesquisas sobre a redução do número de pacientes com síndrome coronariana aguda durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, a previsão de eficácia do prestador de atenção primária, a análise de pesquisa nacional sobre usuários de planos de saúde e programas alemães sobre a segunda opinião médica.

Na segunda parte, dedicada integralmente à saúde, os temas dos estudos são: mortalidade mais alta por Covid-19 em pacientes diabéticos, as mudanças no padrão de uso dos serviços de saúde no Brasil e a promoção de hábitos alimentares saudáveis.

Para acessar o Boletim Científico na íntegra, clique AQUI.

Outubro 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

Nós já falamos aqui sobre o avanço dos índices de excesso de peso e obesidade no Brasil. A proporção de adultos com sobrepeso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018 segundo os dados do Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”.

O dado preocupante agora é outro: o aumento da incidência de diabetes entre os beneficiários de planos de saúde. A publicação baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostrou que o percentual de beneficiários com diabetes passou de 5,8% em 2008 para 6,9% em 2018. O que representa um crescimento médio de 0,15 p.p. ao ano.

Outro dado chama a atenção. Na análise por sexo, apenas os homens apresentaram tendência estatisticamente significativa, passando de 5,2% em 2008 para 6,5% em 2018, aumento de 25,0%.

Vale lembrar que a diabetes tem alta prevalência em todo o mundo. Dados da International Diabetes Federation destacam o crescimento alarmante e mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo. No Brasil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 16 milhões de brasileiros sofrem com a doença. Ela atinge homens e mulheres da mesma maneira e seu grande problema é o fato de ser silenciosa.

Claro que nem todos os dados apontados em “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)” são negativos. Houve melhoras em indicadores relativos aos beneficiários de planos de saúde como a redução da frequência do consumo de refrigerante em cinco ou mais dias da semana, de fumantes e aumento de ativos no tempo livre. Mas são temas para os próximos dias.

Continue acompanhando. Acesse aqui o estudo na íntegra.

Junho 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

No Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline, na sigla em inglês) da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, a maior parte dos estudos sobre telemedicina está relacionado a “Diabetologia”, o estudo da diabete. Justamente por esse volume, o estudo “Telemedicina e Diabetes”, destaque da seção Saúde & Tecnologia da última edição do Boletim Científico, buscou detectar como esse tipo de assistência tem se desenvolvido e sua aplicabilidade.  

O resultado mostra que a tecnologia é altamente efetiva para o acompanhamento de pacientes com diabetes, mas está longe de ser eficaz para a oferta de assistência direcionada. Ou seja, dados como o nível de glicose são transmitidos para um profissional capaz de interpretá-los, mas não retornam ao paciente ou seu cuidador como medidas que possam ser facilmente aplicáveis ao dia a dia, possibilitando melhora na qualidade de vida do diabético. 

Para que a efetividade da telemedicina não se limite ao telemonitoramento, os pesquisadores recomendam o desenvolvimento de ferramentas especiais que permitam a interação entre todos os envolvidos.  

Nesse sentido, o trabalho também detectou que é fundamental oferecer treinamento aos cuidadores dos dois lados do processo. Especialmente porque muitos deles foram sujeitos a um incremento expressivo de novas tecnologias e suas rotinas de trabalho sem qualquer assistência para se adaptarem a elas. Por outro lado, os pacientes costumam ser o “elo” mais aberto ao uso da tecnologia devido a praticidade e qualidade de vida que ela pode proporcionar.  

Para garantir uma transição mais suave e o melhor aproveitamento da telemedicina, o estudo aponta que as novas soluções deveriam incluir cuidadores ao longo de seu processo de desenvolvimento, o que aumenta sua chance de adoção pelos profissionais de saúde no futuro. 

Continue acompanhando nosso blog par saber mais sobre os demais estudos resumidos na última edição do Boletim Científico. 

Novembro 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

Falamos constantemente, mas não custa repetir: o diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de brasileiros de diferentes lugares, classes sociais e idades. Atualmente, é a mais comum das doenças não transmissíveis com incidência crescente e alta prevalência. Para se ter uma ideia, ela já atinge cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo e continua a aumentar em todos os países. Só nos últimos 10 anos, o número de brasileiros diagnosticados com o problema cresceu 61,8%, alcançando aproximadamente 13 milhões.

É exatamente por esses números alarmantes que a Organização Mundial da Saúde criou o Dia Mundial do Diabetes em 1991 para incentivar a conscientização sobre o tema. O dia 14 de novembro foi escolhida por ser o aniversário de Frederick Banting, médico que conduziu as experiências que levaram à descoberta da Insulina em 1921. 

A luta e a disseminação de informações sobre a doença, no entanto, devem ser constantes. Com isso em mente, divulgamos recentemente a “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2011 e 2017” que traz alguns números preocupantes sobre a questão na saúde suplementar brasileira. 

Segundo o documento, quadruplicou o número de internações por diabetes mellitus entre 2011 e 2017. No último ano, foram registradas 34 mil internações por essa doença na saúde suplementar, 312,3% a mais do que em 2011 e 25,2% a mais do que em 2016. 

Esse importante tema também é repercutido frequentemente nos trabalhos divulgados em nosso Boletim Científico. Como na pesquisa que mostrou a relação entre a posse de um seguro privado de saúde e visitas a consultórios médicos e ambulatórios hospitalares entre adultos com diabetes no sistema público de saúde, publicado na 22º edição do Boletim Científico.

O diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente, quanto para a família. É importante que todos fiquem atentos com as decisões relacionadas ao seu tratamento: medir a glicemia, tomar medicamentos, ajustar os hábitos alimentares e se exercitar regularmente. A maioria dos pacientes com diabetes, exceto aqueles com casos graves ou complicações, podem ser tratados em consultórios médicos, o que maximiza a eficiência dos recursos de saúde. 

Setembro 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes. A situação preocupa. Em 2014, a estatística apontava para 422 milhões de diabéticos, um avanço considerável em relação aos 108 milhões de 1980. Já o Ministério da Saúde aponta que entre 2006 e 2016 houve um aumento de 60% no diagnóstico da doença no Brasil.

Por aqui, estudo divulgado esse ano pela universidade britânica King’s College, em parceria com a Universidade de Gottingen, da Alemanha, os custos da diabetes no Brasil vão dobrar até 2030, atingindo os US$ 97 bilhões, nas estimativas mais conservadoras, ou ainda US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões), em um pior cenário. O trabalho vai em linha com a nossa “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”, que mostra que as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030, um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017.

Com essa preocupação, o trabalho “Association between supplementary private health insurance and visits to physician offices versus hospital outpatient departments among adults with diabetes in the universal public insurance system” (Relação entre a posse de um seguro privado de saúde e visitas a consultórios médicos e ambulatórios hospitalares entre adultos com diabetes no sistema público de saúde), publicado na 22º edição do Boletim Científico, mostrou a utilização dos serviços médicos na Coréia do Sul.

Naquele país, todos os cidadãos (exceto aqueles com baixa renda, que recebem um auxílio) são cobertos pelo Seguro Nacional de Saúde (NHI). No entanto, devido à alta carga de custos pessoais causada pela baixa cobertura do NHI e pelo aumento da demanda por serviços de qualidade, muitas pessoas estão adquirindo um seguro de saúde suplementar privado (ou supplementary private health insurance – SPHI). 

O estudo utilizou dados de 2011 do Korea Health Panel – uma amostra nacionalmente representativa de indivíduos e com 6.379 consultas selecionadas de atendimento de diabetes. Com isso, concluiu-se que os pacientes com seguro privado tinham 1,7 vez mais chances de escolher hospitais para atendimento médico ambulatorial em comparação com pacientes sem o SPHI. 

A maioria dos pacientes com diabetes, exceto aqueles com casos graves ou complicações, podem ser tratados em consultórios médicos, o que maximiza a eficiência dos recursos de saúde. No entanto, o trabalho mostra que muitos segurados são mais propensos a usar os serviços hospitalares porque o seguro específico para esse serviço alivia o peso dos custos do atendimento.

Quer conferir esses e outros trabalhos? Veja a 22º edição do Boletim Científico na íntegra.

Novembro 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Há mais de 420 milhões de pessoas com Diabetes no mundo. Ainda mais grave, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5 milhão de pessoas morrem em decorrência da doença por ano. Apenas no Brasil, ainda de acordo com a OMS, há pouco mais de 16 milhões de diabéticos, o que representa 8,1% da população adulta. 

Frente a esses números, os resultados do estudo “Effects and Factors Related to Adherence to A Diabetes Pay-for-Performance Program: Analyses of a National Health Insurance Claims Database” (apresentado na última edição do Boletim Científico com o título “Efeitos e fatores associados à adesão a um programa de pagamento por performance para Diabetes: análise de uma base de dados dos sinistros do Seguro Nacional de Saúde”), indicam uma solução interessante para melhorar o tratamento da doença, possibilitando mais qualidade de vida, e, ao mesmo tempo, reduzir os custos de seu tratamento.

O trabalho, desenvolvido em Taiwan, acompanhou um programa para cuidado de pacientes com Diabetes e avaliou as diferenças nos comportamentos de pacientes que aderiam ao programa com pagamento por performance e outros que permaneceram no programa com o modelo de pagamento padrão por serviço executado.

Os resultados apontam que apesar dos pacientes que aderiram ao modelo de pagamento por performance terem utilizados mais serviços médicos, suas despesas médias anuais foram 14,3% inferiores aos do outro grupo. Uma redução significativa. De acordo com os pesquisadores, com o maior número de acompanhamentos, foi possível reduzir o número de casos de hospitalização, que custam mais caro para o sistema de saúde e significam que os pacientes estão em uma condição pior. Logo, o aumento da frequência de utilização dos serviços foi convertido em redução de custos e melhora da qualidade de vida. Uma experiência que poderia ser recriada por aqui.

Setembro 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morte em todo o mundo já há muitas décadas. Contudo, desde 1990, o número de mortes por DCV aumentou 66% em países com renda per capita média ou baixa, enquanto permaneceu relativamente estável em países com elevada renda per capita.

O estudo Quality Improvement for Cardiovascular Disease Care in Low- and Middle-Income Countries: A Systematic Review (apresentado na última edição do Boletim Científico com o título Melhoria da qualidade dos Cuidados em Doenças Cardiovasculares em Países de Renda Baixa e Renda Média: uma Revisão Sistemática) buscou entender porque essa diferença e o que é possível fazer para sanar o problema.

Os resultados mostraram que as melhorias no tratamento de hipertensão, diabetes, colesterol alto, doença da artéria coronária, derrame, doença reumática do coração e insuficiência cardíaca congestiva, em países de baixa e média renda, se restringem a fases iniciais da doença. Entretanto, na fase aguda ou crônica da doença, de acordo com o estudo, grande parte dos pacientes são tratados de forma incompleta, com medicamentos padrão para prevenção.

Para mudar esse cenário, a pesquisa recomenda a adoção de sete medidas, algumas já presentes no Brasil, outras que poderiam ser implementadas: 

  • Cobertura nacional de saúde;
  • Adoção de medicamentos essenciais; 
  • Controle de preço de medicamentos;
  • Adoção de protocolos clínicos;
  • Implementação de padrões de melhoria de qualidade;
  • Utilização de análise comparativa (benchmarking); e,
  • Utilização de tecnologias móveis de comunicação
Abril 2016
Salvar aos favoritos Compartilhar

Total de diabéticos quadruplicou nos últimos 30 anos e chegou a 422 milhões de pessoas em decorrência, principalmente, do estilo de vida 

O número de pessoas com diabetes em todo mundo quadruplicou nos últimos 30 anos, chegando a 422 milhões, o que representa uma em cada 11 pessoas. Ainda mais grave, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5 milhão de diabéticos morreram em decorrência da doença em 2012. Apenas no Brasil há pouco mais de 10 milhões de diabéticos, o que representa 7,4% da população adulta. Uma realidade que sugere à sociedade a pensar em métodos de gestão de doentes crônicos, mas, principalmente, em programas de promoção da saúde.

A “proliferação” da diabetes na população mundial está muito relacionada aos hábitos alimentares, com dietas desbalanceadas, e à falta de atividades físicas. Temos alguns estudos importantes que analisam o tema da promoção da saúde, como o estudo “Promoção da Saúde nas Empresas”, produzido pelos especialistas Michel P. O’Donnell e Alberto José N. Ogata.

Outro documento interessante é a apresentação feita Dra. Cristiane Penaforte, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, realizada em evento do IESS em 2012: “Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil”. O plano busca reduzir a obesidade em crianças e adolescentes por meio da mudança de hábitos alimentares e incentivo a atividade física em escolas e academias. Para os adultos, além das atividades preventivas, o plano destaca a necessidade de reduzir o consumo abusivo de álcool. 

A promoção da saúde é, sem dúvida, uma grande aliada no enfrentamento de doenças crônicas como o diabetes. Principalmente por seu caráter preventivo.