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Novembro 2016
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A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apresenta, em tabelas e gráficos, os principais e mais recentes números relacionados à saúde suplementar. Os dados são divididos por estados e regiões e por tipo de contratação e modalidade de operadoras. 

O destaque da 5° edição do novo boletim é a queda de 3% no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no Estado de São Paulo, que fechou outubro deste ano com 555,5 de vínculos a menos do que no mesmo mês do ano passado. O Estado, contudo, ainda concentra 17,8 milhões de beneficiários, o que representa 36,8% do total de vínculos no País. 

Os dados serão analisados nas próximas postagens aqui do blog.

Também disponibilizamos a nova edição do Saúde Suplementar em Números, com os dados consolidados do 3° trimestre de 2016.

Novembro 2016
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Estamos planejando os próximos especiais aqui do Blog e queremos saber sobre qual assunto você gostaria de ler aqui. Portanto, decidimos abrir uma votação. Para participar é fácil, basta clicar no assunto. Assim que a página de confirmação abrir, pronto! Seu voto foi computado.
A votação é livre, então você pode participar quantas vezes quiser. 

Para essa primeira enquete, separamos 8 assuntos: 

Aplicação de TI no mercado de saúde suplementar

Desafios para a sustentabilidade da saúde suplementar

DRG e outros modelos de remuneração

Envelhecimento populacional

Judicialização da saúde

Novos produtos para a saúde suplementar

Planos odontológicos

Promoção da saúde


Se algum tema que você acha fundamental para o setor de saúde suplementar não estiver na lista, mande sua sugestão para o e-mail: [email protected]

Participe!

Novembro 2016
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Um evento adverso em saúde não significa, necessariamente, que houve um erro, negligência ou baixa qualidade no serviço ou atendimento, como podemos observar no estudo “Erros acontecem: a força da transparência no enfretamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados”, que aponta o número de mortes em hospitais brasileiros, público ou privado, como consequência desses eventos. Mas o que fazer para evita-los e melhorar a transparência do serviço de saúde no País? 

As diretrizes para construir um sistema de saúde mais seguro no Brasil e, como consequência, controlar a “epidemia” desses eventos adversos assistenciais depende do comprometimento de todas as partes envolvidas. Fizemos uma lista com 11 tópicos sobre o que é necessário para construir um sistema de saúde seguro no Brasil:

1. Haver uma concertação entre todas as partes envolvidas do setor saúde tendo como centralidade o paciente, como prioridade a sua segurança e como base de decisão a melhor ciência disponível;

2. Haver liderança e criação de uma cultura de segurança não punitiva frente ao erro, envolvendo todos os segmentos do sistema de saúde brasileiro. Um evento adverso não significa necessariamente que houve um erro, negligência ou baixa qualidade;

3. Qualificar a rede hospitalar garantindo a melhor ciência e tecnologia para melhorar a segurança do paciente incluindo a gestão baseada em normas certificáveis. 

4. Mudar o modelo de pagamento dos serviços assistenciais, alinhando estímulos econômicos aos interesses dos pacientes: qualificação da rede, resultados e segurança assistencial baseada em indicadores (pagamento por resultado e qualidade);

5. Aprofundar os mecanismos apontados pela legislação, avançar dentro das recomendações da ciência, reforçar a articulação dos esforços dos diversos agentes do estado e verificar a correta aplicação do requisito legal na rede de prestadores;

6. Construir um conjunto de indicadores comum a todo o sistema de saúde e estabelecer requisitos de segurança de alta relevância a serem aplicado nos hospitais;

7. Implementar mecanismos de transparência que permitam o empoderamento do cliente (usuários, operadoras, compradores de planos de saúde) e uma escolha consciente baseada em qualidade, custos, desempenhos assistências com foco na segurança, os tratamentos disponíveis baseados em evidências científicas e a satisfação dos usuários com os serviços disponibilizados;

8. Intervir no modelo de rede assistencial brasileira, reduzindo a ociosidade hospitalar evitando o custo desta ociosidade e a baixa qualidade pela falta de escala assistencial. Esta ação se faz necessariamente acompanhada da mudança da cultura organizacional da atenção hospitalar à saúde;

9. Aumentar a produtividade do leito hospitalar pela modificação de processos do hospital, das operadoras, e do sistema público garantindo uma assistência ao paciente contínua, com integração de processos e informações;

10. Mudar, de forma imprescindível, a cultura e o comportamento do paciente e sua família frente a doença, o cuidado, a segurança assistencial e os eventos adversos; e,

11. Capacitar os trabalhadores em métodos para segurança do paciente dentro do melhor da ciência que vem sendo usada com sucesso em diversos sistemas de saúde mundiais.

O estudo produzido pela UFMG, a pedido do IESS, foi apresentado no seminário internacional "Indicadores de qualidade e segurança do paciente na prestação de serviços na saúde”

Outubro 2016
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Por Luiz Augusto Carneiro*

O processo de envelhecimento da maioria da população brasileira representa um risco ou uma oportunidade ao sistema de saúde do País, especialmente ao suplementar? Entendemos que essa é uma falsa dicotomia, que há algum tempo tem pautado o debate a respeito da mudança demográfica no Brasil. Mais importante a ser debatido seria, a nosso ver, é debater quais serão as necessidades assistenciais desses idosos no futuro e o que pode ser feito hoje, a partir desse dimensionamento, para auxiliar essa população a administrar a própria saúde. Falamos de um novo modelo assistencial na saúde. Na busca pelo equilíbrio, será viável os nossos idosos contarem com uma assistência qualificada, humana e possível de ser paga. Esse é o imenso desafio a que estamos expostos.

Desde 2012, projetamos os impactos do envelhecimento brasileiro sobre a estrutura de saúde. Apenas quando mensurado esse efeito torna-se possível planejarmos as ações necessárias para prover saúde sem levar as finanças à bancarrota. Essa é a lógica seguida por diversos países na busca pela previsibilidade de suas finanças e para ajustar, ao longo dos anos, suas estruturas. Um dos melhores exemplos mundiais é o da Austrália. Lá, o Tesouro produz o “relatório intergeracional”, a cada cinco anos – atualmente, mensura o país para 2055 –, criando um documento para assessorar as políticas de sustentabilidade de longo prazo do governo e mostrar como as alterações populacionais, no total de pessoas e idade, impactam sobre crescimento econômico, força de trabalho e finanças públicas nos 40 anos seguintes. Ali se planejam as ações para saúde, previdência e educação, por exemplo. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 2030, seremos pouco mais de 223 milhões de brasileiros. A proporção de idosos (60 anos ou mais, conforme o Estatuto do Idoso) será de 18,62% dos cidadãos. Em 2000, correspondia a 8,21%, para uma população de 173,45 milhões. A expectativa média de vida do brasileiro será acima de 78 anos, em 2030, ante 69 anos, em 2000. O que esses números nos mostram? No IESS, identificamos e dimensionamos o aumento significativo de demanda de serviços na saúde suplementar nos anos que se aproximam.

Adiantamos que será preciso sermos ágeis para assegurar a sustentabilidade desse setor, pois a transição será muito rápida. Nossas projeções apontam que, mantida a atual taxa de cobertura média dos planos de saúde para o conjunto dos brasileiros (cerca de 25% da população), a proporção de beneficiários idosos, no estrato de 59 anos ou mais, última faixa etária de precificação dos planos de saúde, saltará de 12,3%, em 2015, para 20,5%, em 2030.

Significa dizer que, no mesmo período, haverá um crescimento de 105% no volume de internações de beneficiários com 59 anos ou mais, saltando de 2 milhões para 4,1 milhões ao ano. Outro crescimento exponencial se dará nas consultas desse grupo, na ordem de 100,9%: de 43,1 milhões ao ano, em 2015, para 86,6 milhões ao ano, em 2030.  O total de exames deve crescer 101,9%, de 204 milhões anuais para 411,8 milhões ao ano, seguido pela alta de 102,3% das terapias (de 25,6 milhões ao ano para 51,8 milhões ao ano).

À primeira vista, fica absolutamente claro que haverá um forte aumento de demanda dos serviços de saúde. O que já representa, portanto, a necessidade de redimensionamento da rede assistencial e garantir que as receitas acompanhem as despesas. Porém, será também fundamental, como dito antes, atuar para que essa população mais velha goze de melhor saúde.

Programas de promoção da saúde e cuidados integrados são uma das premissas para assegurar que a terceira idade não signifique um idoso frágil e dependente. Temos também alertado que apenas adotar novas drogas não dará conta dessa agenda: envelhecimento populacional e incorporação de novas tecnologias são as duas principais causas mundiais de expansão dos custos da saúde em patamares amplamente superiores à inflação média dos países. Outro desafio estará em formar mão de obra no volume e na qualidade suficientes para dar suporte à essa transformação etária e epidemiológica.

E, nesse contexto, todo o modelo assistencial da saúde suplementar terá de ser reavaliado e adequado, considerando também a multimorbidade que acomete o paciente, com maior prevalência entre idosos, mas também presente na população em idade ativa. Ao invés de termos um sistema fragmentado, construído para tratar episódio a episódio, devemos ter um sistema integrado, focado no indivíduo, que o acompanhe ao longo do tempo, seguindo as linhas de cuidado com uma visão holística. Convenhamos, diferentemente de algumas propostas recentes apresentadas no Brasil, com foco exclusivo no idoso, essa nova abordagem que propomos, mais completa, exige cuidados e acompanhamento ao longo de toda a vida, e não só na velhice.

O setor de saúde suplementar pode aproveitar essa necessidade para remodelar a gestão de saúde e o modelo assistencial para todas as idades. Essa seria uma grande oportunidade que o envelhecimento brasileiro daria a todo o sistema. Se não aproveitada, pode se tornar um risco.

*Superintendente executivo do IESS

Agosto 2016
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Acabamos de publicar a nova edição do boletim Saúde Suplementar em Números, que apresenta os principais números do setor de saúde suplementar referentes ao 1° semestre deste ano e serviu de base para a principal reportagem de hoje da coluna Mercado Aberto, da jornalista Maria Cristina Frias, no jornal Folha de S.Paulo.

Nessa edição, o destaque do boletim foi a queda de operadoras de planos médicos hospitalares com beneficiários. Hoje, há apenas 800 delas atuando no País. Uma retração de 6,4% na comparação entre junho de 2016 e o mesmo mês do ano passado.

Nos últimos cinco anos, de 2011 a 2016, deixaram de estar ativas e com beneficiários 237 operadoras desse tipo, uma queda de 22,9%.

Nos próximos dias vamos explorar os números com mais detalhes e apresentar, também, uma análise sobre a necessidade de consolidação no mercado de operadoras de planos de saúde, ainda muito heterogêneo e com grande pulverização. Não perca.

 

Agosto 2016
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O Ministério da Saúde está conduzindo um amplo debate nacional em torno da criação de novos planos de saúde, com um perfil mais acessível (ou popular). Vamos analisar esse assunto nos próximos dias, considerando aspectos técnicos que envolvem o tema.

Uma das grandes oportunidades que o novo plano proposto pelo Ministério da Saúde pode gerar ao mercado é a retomada da oferta dos planos individuais e familiares. Por conta da regulação e do controle de reajustes, boa parte das operadoras deixaram esse mercado.

Isso porque os reajustes autorizados ao longo dos anos não cobriram a Variação de Custos Médico-Hospitalar (VCHM). Com uma cobertura menor e um sistema de reajustes que permita ao mercado corrigir as receitas na mesma proporção dos custos, certamente haverá aumento de oferta e de competição por esses produtos.

O novo plano não significa, além disso, abdicar do plano completo, que continuará sendo ofertado regularmente pelas empresas. Mas, em termos práticos, constituirá uma opção ao consumidor, que saberá, a luz de sua capacidade financeira e necessidades de cobertura, optar pelo produto que pode pagar e que ofereça segurança assistencial.

Há outros aspectos relevantes sobre esse tema e voltaremos ao assunto em outros posts.

Julho 2016
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Desde que anunciamos o VI Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, aqui no Blog, passamos a apresentar alguns dos trabalhos vencedores das edições anteriores e prometemos, também, uma entrevista com cada um dos avaliadores da premiação. As entrevistas com o Dr. Alberto Ogata, avaliador da categoria Qualidade de Vida e Promoção da Saúde, e Luiz Felipe Conde, avaliador da categoria Direito, você já conferiu. Hoje, trazemos a entrevista do avaliador da categoria Economia: Antonio Carlos Coelho Campino.

Doutor em economia e professor titular da USP desde a década de 1970, Campino é, provavelmente, o maior nome em “Economia do Bem-Estar”, tendo desenvolvido trabalhos nas áreas de economia da saúde, avaliação de tecnologias em saúde, farmacoeconomia, sistemas de saúde comparados, equidade em saúde, custo do tratamento da Aids, economia da alimentação e nutrição, economia da educação e demografia econômica, entre outros.

Ansioso com o que espera encontrar nos trabalhos inscritos para a sexta edição do Prêmio IESS, Campino revelou a crescente dificuldade que tem sido avaliar os trabalhos inscritos, cada vez melhores, apontou alguns assuntos que podemos esperar ver nesta e nas próximas edições do Prêmio e explicou o que torna a premiação tão importante, para ele e para o setor.

Leia a entrevista abaixo e não deixe de inscrever, gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida. Veja o regulamento completo.

Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.

Blog do IESS – O que torna o Prêmio IESS tão importante?

Antonio Campino – O Prêmio IESS é a principal premiação da saúde suplementar e tem uma enorme importância acadêmica por ser capaz de estimular trabalhos em uma área que eu denomino de economia social, que é formada pelas especialidades de educação, nutrição e saúde e que, historicamente, atrai a dedicação de menos pesquisadores do que o setor financeiro. Sem dúvidas, a importância e o charme do Prêmio IESS estão ligados à visibilidade que ele dá aos vencedores.

Blog – O que é necessário para ganhar o Prêmio IESS?

Campino – O Prêmio agracia o que há de melhor na produção científica, mas só isso não basta. Para se sagrar vencedor, além da excelência técnica, um trabalho também deve ser relevante para aprimorar o setor e ter utilidade significativa para a sociedade.

Blog – Com isso em mente, o que o senhor espera dos trabalhos deste ano?

Campino – A qualidade dos trabalhos submetidos tem sido cada vez melhor, o que torna bastante difícil nossa tarefa de escolher os vencedores. Os melhores trabalhos costumam apresentar, além da revisão de assuntos importantes, evidências de que a implantação de algumas mudanças pode trazer vantagens tanto para os planos de saúde quanto para os pacientes. É o caso, por exemplo, do trabalho vencedor de 2015, que avaliou a produtividade de hospitais brasileiros e os ganhos que poderiam ser alcançados com a implantação do DRG (trabalho já apresentado aqui, no Blog).

Blog – Algum assunto específico que podemos esperar ver nos trabalhos deste e de próximos anos?

Campino – Podemos esperar temas como: as implicações das mudanças demográficas para a saúde suplementar; a adoção do DRG e outros modelos de remuneração; integração vertical da saúde suplementar; e outros ligados à organização industrial aplicados à saúde suplementar. Essa é uma área muito fértil para a pesquisa, com questões que têm a capacidade de proporcionar mudanças relevantes e aprimoramentos necessários na gestão do setor.

Julho 2016
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A primeira edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), nosso novo boletim mensal, apresenta, em tabelas e gráficos, os principais e mais recentes números relacionados à saúde suplementar. Os dados são divididos por estados e regiões e por tipo de contratação e modalidade de operadoras. 

O destaque dessa edição do novo boletim é que o total de planos de saúde médico-hospitalares caiu para todas as operadoras do setor, exceto as de Medicina de Grupo, durante o primeiro semestre deste ano. 

No período analisado, a NAB constatou queda de 3,3% no total de beneficiários, considerando todo o conjunto do mercado de operadoras de planos de saúde (seguradoras, medicinas de grupo, autogestões, cooperativas e filantrópicas). O que significa menos 1,6 milhão de vínculos. A retração foi fortemente puxada pelo resultado das cooperativas médicas, que perderam 1,2 milhão de beneficiários (1 milhão apenas na região Sudeste), representando uma queda de 6,2% entre junho de 2016 e o mesmo mês de 2015.

Outros dados serão analisados nas próximas postagens aqui do blog.

Julho 2016
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Esta terça-feira (13/7), aqui no Blog, postamos uma entrevista com o avaliador da categoria Qualidade de Vida e Promoção da Saúde do VI Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, Dr. Alberto Ogata. Hoje, trazemos a entrevista do avaliador da categoria Direito: Luiz Felipe Conde.

Advogado e administrador de empresas, pós-graduado em Saúde Suplementar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Mestre em Saúde Suplementar pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Conde foi procurador-geral da ANS e da Fazenda, tendo acompanhado a tramitação do Projeto de Lei do Senado nº 93, de 1993, que resultou na atual Lei dos Planos de Saúde. 

Animado com o que espera encontrar nos trabalhos inscritos para a sexta edição do Prêmio IESS, Conde revelou alguns fatores que leva em consideração na avaliação dos trabalhos, explicou o que torna a premiação tão importante, para ele e para o setor, e analisou a nova política de planos populares proposta pelo ministro da Saúde, Ricardo Barro, comparando-a ao setor automotivo.

Leia a entrevista abaixo e, se se julgar apto, não deixe de inscrever, gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida. Veja o regulamento completo.

Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.

Blog do IESS – O que torna o Prêmio IESS tão importante?

Luiz Felipe Conde – O Prêmio IESS tem uma capacidade ímpar de instigar pesquisadores a analisar questões áridas, como o fornecimento e a comercialização de produtos de saúde, com suas complexas questões regulatórias e legais. Pontos fundamentais para a o aprimoramento da gestão e sustentabilidade da saúde suplementar no Brasil. Acredito que a capacidade de apresentar trabalhos maduros e inovadores em um ambiente em que eles serão bem acolhidos e poderão fomentar um debate capaz de, efetivamente, transformar a gestão do setor é o que torna o prêmio tão respeitado. Sem dúvidas é a mais importante premiação do setor atualmente.

Blog – Neste cenário, o que o senhor espera dos trabalhos deste ano?  

Conde – Vamos animar os candidatos? 

Blog – Ou deixá-los preocupados com o nível de exigência...  

Conde – Nós recebemos centenas de trabalhos e é claro que alguns deixam a desejar. Contudo, os que são efetivamente candidatos ao Prêmio são todos de excelente nível técnico. A proficiência técnica e o respeito as normas são indispensáveis, mas um ponto a se destacar é o fator do ineditismo. Enquanto muitos trabalhos revisitam assuntos já consolidados, os melhores estudos das últimas edições abordaram questões novas, se posicionando na vanguarda da produção acadêmica e ajudando a estabelecer padrões de atuação para o setor.

Blog – Pensando por esse ângulo, quais assuntos podemos esperar ver nos trabalhos deste e de próximos anos?

Conde – Há vários. Mas acredito que a subsegmentação de planos de saúde é um dos principais pontos que o setor precisa debater sob a ótica especifica do Direito. Ainda não vi trabalhos que analisem cenários como o da proposta feita pelo ministro (da Saúde) Ricardo Barros, de criar planos populares, mais flexíveis.

Blog – Aproveitando o ensejo, qual sua opinião sobre a proposta do ministro?

Conde – A proposta é boa e retoma um modelo que não deveria ter sido instinto. Vou fazer uma comparação com carros para deixar o assunto bem claro. Antes, tínhamos o “plano Gol”, “plano Fiat”, “plano Corolla” e muitos outros até o “plano Ferrari”. Então foi estabelecido, pela Lei dos Planos, que todas as operadoras ofertassem a mesma cobertura mínima, o denominado "plano de referência". Só que o plano estipulado como de referência foi o “plano Ferrari”. E nem todo mundo pode ter uma Ferrari. Na prática, o que o ministro está propondo é devolver ao mercado a possibilidade de vender Gol, Fiat etc. É uma iniciativa boa e sensata. Se aprovada poderá beneficiar tanto ao SUS quanto a saúde suplementar.

Blog – Voltando ao Prêmio IESS, é esse o tipo de mudança que os trabalhos são capazes de proporcionar ao setor?

Conde – Exatamente. Os trabalhos apresentados no Prêmio IESS têm a capacidade de incentivar melhorias no setor e despertar, na ANS e nas operadoras, mudanças que melhorem tanto o mercado de saúde quanto a prestação dos serviços de saúde. 

Junho 2016
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O total de brasileiros considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9%, em 2014. E junto com a prevalência da doença, aumentou também frequência com que são realizadas cirurgias bariátricas, apesar das complicações graves (que podem inclusive levar a óbito) associadas ao procedimento. Hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.

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Os números fazem parte de dois trabalhos que publicamos hoje: o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica”.

A alta procura pelas cirurgias bariátricas preocupa, principalmente, porque não se tem respeitado todos os critérios para determinar quem pode ou não realizar o procedimento. Outro ponto importante é que, apesar de o procedimento deter pontos positivos, como toda operação cirúrgica, há riscos envolvidos que precisam ser melhor avaliados e comunicados aos pacientes e suas famílias. O mais sério deles é que 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.

 Os estudos, claro, serão mais analisados nas próximas postagens.