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Abril 2016
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Diferente do que ocorre em diversos países, a retração da economia, no Brasil, não está resultando em diminuição dos gastos assistenciais do setor de saúde. Pelo contrário: as despesas continuam expandindo o que, em termos práticos, pode significar um risco à sustentabilidade da saúde suplementar do País.

A seção especial do Boletim Conjuntura Saúde Suplementar, que produzimos, aponta que a inflação médica no Brasil, uma das maiores do mundo, é o principal fator para esse descasamento. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, a taxa de crescimento do gasto per capita com saúde recuou 3,4 pontos porcentuais (p.p.) entre 1995 e 2013, enquanto a taxa de crescimento do PIB per capita caiu 1,4p.p. Já no Brasil, entre 2001 e 2013, enquanto a taxa de crescimento do PIB per capita recuou 0,8 p.p., a dos gastos assistenciais por beneficiário avançou 2,5 p.p. 

Com esse cenário, as operadoras de planos de saúde estão desafiadas a ter ganhos de eficiência para garantir sua sustentabilidade. Atualmente, os custos médico-hospitalares subiram 8,2 pontos a mais do que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre junho de 2015 e o mesmo mês do ano anterior. O que representa uma alta de 17,1% no período. É necessário que o País repense critérios de incorporação de tecnologia, como tratamos no TD 56 (sobre ATS) e também na modernização dos modelos de pagamento de prestadores de serviços, valendo-se, por exemplo, da experiência do DRG, que apresentamos no TD 54 (Diagnosis Related Groups e seus efeitos sobre os custos e a qualidade dos serviços hospitalares).